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História da Bíblia

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Por:   •  13/10/2014  •  Tese  •  670 Palavras (3 Páginas)  •  252 Visualizações

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A história da Bíblia É de ensino da Igreja Católica que as Sagradas Escrituras foram ditadas pelo próprio Deus como parte da Revelação, e escritas por homens sob Sua inspiração. Cabe, no entanto, uma pergunta interessante: a Bíblia, com seus 72 livros, sempre existiu por sua suficiência, ou foi preciso uma autoridade para promulgá-la? Em primeiro lugar, é preciso lembrar que nos primeiros séculos a Bíblia como hoje é conhecida não existia ainda. Alguns anos após a morte dos evangelistas, circulavam diversas versões dos textos do Novo Testamento, e havia realmente um grande problema: como saber quais eram os livros inspirados? Em outras palavras, como transformar o conjunto de livros escritos no periodo no cânon atualmente conhecido? Cabe perguntar, ainda, quem seria o responsável por tomar tal decisão. Esse questionamento era muito relevante na época, porque os bispos já começavam a combater as heresias surgidas da má interpretação das Escrituras, ou fundamentadas em textos de origem duvidosa. Quanto ao Antigo Testamento, não houve dúvidas: a Igreja, desde o começo, adotou o cânon da Septuaginta, que é uma tradução para o grego dos originais hebraicos feita no século III a.C. Esse conjunto, composto por 45 livros, foi utilizado pelos Apóstolos tanto em pregações orais quanto escritas, e por isso é de origem comprovada e confiável. Quanto ao Novo Testamento, em particular, é patente o papel da tradição apostólica. Segundo a Igreja, fatos e doutrinas transmitidos oralmente de um para outro, sob a inspiração do Espírito Santo, deram origem aos livros da Escritura, anos mais tarde. Em outros termos, antes de existir a Bíblia, existiu a Tradição que a formou, de origem apostólica. Efetivamente, em termos históricos e doutrinais, a Bíblia é a Tradição escrita. Bíblia e Tradição, portanto, precisam ter um valor equivalente, já que a primeira teve origem, em última instância, na segunda. Resta, no entanto, esclarecer o critério pelo qual se decidiu quais dos diversos livros existentes nos primeiros séculos eram inspirados, ou seja, quais dos livros disponíveis de fato refletiam o ensino de Cristo transmitido pelos apóstolos.

Como nenhum homem individual poderia ser capaz dessa tarefa sem errar ou introduzir elementos estranhos, era evidente que apenas uma verdadeira autoridade poderia decidir o assunto. Deus se revelou, e como não pode Se enganar e nem nos enganar, deixou a Igreja Católica como guardiã e legítima intérprete das Sagradas Escrituras e do Depósito da Tradição. Coube à Igreja, então, avaliar cuidadosamente os textos e aplicar alguns critérios na escolha dos livros verdadeiramente inspirados. Um desses critérios era a integridade da doutrina transmitida. Isso, certamente, só poderia ser avaliado comparando os textos em questao à Tradição oral transmitida pelos sucessores dos apóstolos, os bispos. Em outras palavras, o Sagrado Magistério da Igreja foi o responsável por organizar a Bíblia, tendo como base a Sagrada Tradição apostólica. Foi apenas no século IV que a questão se resolveu definitivamente: no ano 367, Santo Atanásio escreveu a conhecida ‘Carta Pascal’, que já listava os 27 livros do Novo Testamento. Em 382, o Papa São Dâmaso confirmou a lista do Antigo e Novo Testamentos, e essa mesma lista foi confirmada nos Concílios de Hipona (393) e de Cartago (397), além de reafirmada em outros importantes Concílios, como

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