Lições De Sabedoria
Casos: Lições De Sabedoria. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danica • 21/8/2013 • 2.545 Palavras (11 Páginas) • 614 Visualizações
Apresentação
Este é o segundo volume da Coletânea Folha Espírita. Trata-se de um livro
especial, indispensável à História do Espiritismo. Nele, estão enfeixadas todas
as entrevistas concedidas ao nosso jornal, ao longo dos seus 23 anos de
existência (abril de 1974 e março de 1997), pelo médium Francisco Cândido
Xavier.
As lições de sabedoria deste homem simples das Minas Gerais foram
catalogadas por assuntos e refletem, por si mesmas, a importância do autor,
seu bom senso, sua bondade, seu conhecimento inato reintegrado a sua
personalidade, ao longo do exercício da mediunidade.
Chico Xavier é um homem talhado para a nossa época. Ele faz o firme e
sereno contraponto a vivência materialista, à competição agressiva, à busca do
efêmero e transitório, valores tão estimados pela sociedade atual, firmando-se
como o símbolo da paz, da humildade e do desapego aos bens terrenos.
O século 20 está profundamente marcado por um fato novo: a incrível
aceleração histórica que tornou realidade as revolucionárias descobertas da
moderna tecnologia: o automóvel, o cinema, o avião, os eletrodomésticos, o
rádio, a televisão, o fax, as fibras sintéticas, os computadores, as naves
espaciais etc. Em aproximadamente oitocentas gerações — 50 mil anos de
vida gregária — foi apenas na última delas, precisamente em nosso século,
que as transformações se verificaram de forma vertiginosa. A velocidade com
que nos locomovemos no Planeta retrata essa realidade. Em 1600 a.C., o
homem movia-se a uma velocidade máxima de 30km horários; no século
passado, na década de 80, a locomotiva a vapor atingiu 160km; já em 1938, o
avião desenvolvia 640km e, finalmente, com as espaçonaves o homem
circundou a Terra em vertiginosos 29 mil quilômetros horários.
No plano das comunicações não tem sido diferente. Tomemos por base os
dados existentes em todo o mundo e constataremos a mesma escalada
vertiginosa: em 1854, a rede telegráfica se estendia por 37 mil quilômetros; em
1879, existiam 25 mil telefones; em 1949, um milhão de americanos assistiam
tevê; já em 1980, 1.300.000.000 de aparelhos de rádio estavam funcionando;
em 1985, 407 milhões de linhas telefônicas foram instaladas; em 1991, já
funcionavam 810 milhões de aparelhos de tevê; em 1992, 25 milhões de fax;
em 1993, 175 milhões de computadores e, em 1995, 30 milhões já faziam uso
da Internet, a rede mundial de computação. Sem dúvida, um passo gigantesco.
Há, todavia, um fato alarmante em meio a tantas transformações: as relações
humanas, no plano do sentimento, continuam praticamente as mesmas da
época tribal, permeadas de hostilidade, inveja, ambição e ódio.
Apesar de viajar a cerca de 30 mil quilômetros horários, alargando sua
abertura para o Cosmos, o homem permanece egoísta, com dificuldades
enormes no relacionamento interpessoal. Ainda que as sondas espaciais
viajem levando sons e articulações humanas a departamentos longínquos do
universo, em busca de contato extraterrestre, o ser humano continua incapaz
de se relacionar, maduramente, com o seu semelhante — o vizinho da porta ao
lado ou o desafeto familiar.
O egoísmo feroz tem determinado preconceitos e violências de toda ordem,
inclusive foi neste século que se conheceu as guerras mais sangrentas e no
seu bojo as mais cruéis torturas e flagelações. A vivência materialista tem
gerado distorções das leis naturais, entre outras, o aumento de suicídios, 9
sobretudo através do uso de drogas, a aplicação da pena de morte, a
instituição do aborto delituoso e da eutanásia. Embora os meios de
comunicação tenham se tornado extremamente rápidos, paradoxalmente, o
gosto pelo isolamento tem se acentuado. O homem debruçado no trabalho
solitário do computador é o mesmo que pode se comunicar, através dele, com
uma rede de 30 milhões de pessoas. É sempre o velho dualismo: a busca do
isolamento fustigado pelo chamamento daquilo que se passa além das
fronteiras estreitas do individualismo.
As doenças, os desajustes familiares, as lutas morais, as mortes prematuras,
as obsessões, neuroses e psicoses, os problemas do sexo, a carência de
afeto, o alcoolismo, as drogas etc. continuam a desafiar o homem deste século,
despreparado para o cultivo dos valores espirituais. E sem amor, alimento
básico da alma, seu elemento primordial, nenhuma solução será definitiva.
A vida e a obra de Chico Xavier têm sido dedicadas ao homem angustiado
do século XX. A ênfase dada por ele e pelos Espíritos Superiores,
responsáveis
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