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Monografia Sobre Mateus 28.16-20

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Por:   •  16/5/2014  •  2.778 Palavras (12 Páginas)  •  1.483 Visualizações

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GILMAR DE JESUS GONÇALVES DE PAULA

MATEUS 28.16-20

REIVINDICAÇÃO, COMISSÃO E CONFORTO DE JESUS.

Monografia apresentada para cumprir exigências da Disciplina de Hermenêutica do curso Bacharel em Teologia, ministrada pelo professor Claiton André Kunz

Faculdade Batista Pioneira

Ijuí

Novembro, 2010

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3

TEXTO BÍBLICO MAT.28:16-20...........................................................................................4

VERSÍCULO 16.........................................................................................................................5

VERSÍCULO 17.........................................................................................................................6

VERSÍCULO 18.........................................................................................................................7

VERSÍCULO 19.........................................................................................................................8

VERSÍCULO 20.......................................................................................................................10

CONCLUSÃO..........................................................................................................................12

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................13

TEXTO BÍBLICO DE MATEUS 28. 16-20

16- E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.

17- E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.

18- E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

19- Portanto,ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20- ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!

1-INTRODUÇÃO

Uma análise deste texto onde é extraído de cada verso o máximo do que eles podem informar, a partir de seu contexto, para um melhor entendimento, sendo assim, usando como base em primeiro lugar a bíblia e em seguida quatro obras que tiram de cada verso o máximo de informações que ajudam pessoas que buscam um estudo minucioso do livro de Mateus dando um respaldo ainda maior na compreensão de um texto riquíssimo em instruções, conforto e aplicações para a vida de quem já tem Jesus como seu único Senhor e Salvador.

Este texto bíblico relata a aparição de Jesus aos seus discípulos na Galiléia e para pelo menos quinhentas pessoas, suas últimas instruções antes de sua ascensão e também a promessa de um auxiliador até o fim dos tempos.

Já no início deste texto explicativo, Jesus cumpre o que já tinha prometido pois antes de morrer tinha já designado o local desta suposta aparição.

2- VERSÍCULO 16

Hendriksen traz as claras para uma compreensão melhor deste texto, o contexto

do primeiro verso, baseado no texto de (At 1.25), quando é narrado os “onze”, é porque Judas se fora para “seu próprio lugar”. Nas referências anteriores não menciona nenhum monte, o que se pode lembrar é que foi em um monte que Jesus chamara seus discípulos e algumas mulheres que por obediência a um anjo e também a Jesus deveriam ir a um monte Ele se despediria deles.

Este monte deve ter sido um cenário tranqüilo, nas proximidades das suas casas onde moravam muitos amigos e crentes, lugar longe de barulhos e tumultos. Possivelmente esta aparição de Jesus concidiu com, ou seja, parte do aparecimento a “quinhentos irmãos” (I Cor. 15.6), onde quando Paulo escreveu a maioria dos quais viviam ainda.

Pfeiffer e Harrison destacam neste verso 16 que a aparição de Jesus foi para “mais de quinhentos” (ICor 15:6) e destacam que a Galiléia era o lar da maioria doa cristãos, um lugar escolhido por Jesus por ser um lugar de paz e o mais indicado para tamanha multidão não ser perturbada pelas autoridades.

Tasker afirma em suas notas adicionais que originalmente Jesus comissionara os doze para dar instruções assim como de costume, contidas no capítulo 10. O sentido provável dado pela tradução grega de Knox seria que Jesus lhe tinha ordenado, ou, mandado, ou ainda, designado, conforme a tradução.

Allen destaca que somente Mateus relata a primeira aparição de Jesus ressurreto aos onze na Galiléia, sendo que o monte não fora identificado e nem quando foi que Jesus tinha ordenado.

3- VERSÍCULO 17

Hendriksen observa neste verso que quando Jesus aparece aos onze discípulos eles o adoraram, no caso, se prostraram diante Dele, sendo mais exato, se ajoelharam sendo isto uma prestação de culto ao seu Mestre. Os discípulos sempre tiveram dificuldades em crer que Jesus poderia ressuscitar dentre os mortos (Lc. 24.10,11), nesta ocasião, eles duvidaram e quando dez deles creram, Tomé duvidava, logo após creu também (Jo.20.24-29). Hendriksen chama a atenção que os discípulos estavam convictos que Jesus ressuscitaria a dúvida na verdade era, será este homem que apareceu aqui na Galiléia Jesus, pois os discípulos estavam enxergando Ele de longe, por isto a dúvida, então Jesus chega mais perto e finalmente dez deles ficam convictos e finalmente Tomé, também creu que aquele homem era Jesus.

Pfeiffer e Harrison destacam neste verso 17 o reconhecimento da divindade de Jesus pela maioria, também há certa dificuldade de compreender que os que duvidaram fossem mesmo os onze discípulos, depois dos aparecimentos em Jerusalém, sendo por muitos identificados entre os quinhentos que Paulo cita, sendo assim, existe um comentário surpreendente que os discípulos não eram um grupo crédulo, pois criam somente com bases em “infalíveis provas”.

Tasker menciona que se somente onze dos discípulos estavam presentes nesta ocasião, o significado de “alguns duvidaram” deve ser “alguns no princípio duvidaram, devido a não poder identificar Jesus à distância, mas os irmãos citados no verso 10, possivelmente duvidaram num sentido mais sério. Provavelmente a aparição nesta ocasião seja a mesma mencionada por Paulo onde é citado em I Cor 15:6 “mais de quinhentos irmãos de uma só vez.

Allen aborda esta questão da dúvida e destaca que a visão depende mais da fé do que a fé da visão, pois o fato do aparecimento físico de Jesus deixou alguns em dúvida. Allen ainda cita Jo. 11:40, onde é citado que se a pessoa crer vai ver e em Jo 20:29, Jesus declara que as maiores bênçãos estão sobre aqueles que “não viram e creram”.

4- VERSÍCULO 18

Hendriksen além de citar neste verso a aproximação de Jesus faz também uma observação importante, afirma que na segunda parte do versículo dezoito entende-se que é a grande reivindicação, uma introdução a grande comissão. Conforme autor Hendriksen, Jesus está aqui reivindicando todo poder e direito de exercê-lo com a expressão ao dizer: “me foi dada”, certamente interpretado como se fosse um dom recebido por toda obra completada, dias de humilhação, poder sobre todas as enfermidades, inclusive a lepra, sobre a fome, demônios, ventos e ondas, corações humanos e até mesmo sobre a morte? Claro que era diferente, sempre havia uma restrição de alguma forma, como por exemplo, proibir o leproso de dar a conhecer que ele estava curado, se absteve de anjos para socorrê-lo, tudo isso para se cumprir o plano de Deus. Na ocasião era o Cristo ressurreto que podia exercer este poder que fora dado, reivindica para si especialmente porque em poucos dias, depois de sua ascensão, poderá exercer, um galardão por seus labores. Hendriksem com base bíblica conclui que Jesus fez ser conhecida tal reivindicação para mostrar para seu discípulo que podiam contar com Ele, e que com isso possa ser reconhecido que Ele é o Senhor dos senhores e Rei dos reis por todos aqueles que viriam a segui-lo, em todas as esferas da vida.

Pfeiffer e Harrison afirmam que a comissão decorrente foi secundada pela a autoridade daquele que é Rei mediador de Deus, com poder que se estende por todos os domínios.

Tasker cita a palavra “exousia”, aqui traduzida por poder, deve ser traduzida por autoridade, conforme algumas versões atualizadas.

Allen resgata ao citar que Jesus, aquele que era a raiz de Davi, filho de Abraão e colocado em uma genealogia judaica, é declarado agora como tendo toda a autoridade no céu e na terra. Allen destaca ainda a promessa de um reino universal e eterno são cumpridas em Jesus Cristo.

5- VERSÍCULO 19

Hendriksen avalia este versículo com tamanha relevância e sugere dizer algo de cada palavra ou combinação delas. Primeiro a palavra “vão”, que antes à sua ressurreição tinha um significado mais particular e agora cede o lugar definitivo ao universalismo, não que Jesus tinha mudado sua opinião, na verdade, conforme Hendriksen, fica clara à luz da história que desde o começo quando os magos não-judeus vieram adorar o Rei recém nascido, que a evangelização do mundo estava desde o princípio inserido no propósito de Deus. Hendriksen cita ainda Jo. 3.16 e Atos 1.8 e em conexão com Mat.10.5, destaca que já estava nos planos de Deus que o evangelismo fosse difundido a partir de Jerusalém, primeiro ao judeu e também ao grego, o momento da disseminação do evangelho havia chegado. Também é observado pelo autor que não devem concentrar toda a atenção em “vir” a igreja, devem também “ir”, levando a boa mensagem do evangelho, certamente não podem “ir” se primeiramente não vierem e não podem dar, a menos que estejam dispostos a receber.

Outra palavra destacada por Hendriksen é “portanto”, uma palavra que está em conexão com a grande reivindicação, mas seu significado em poucas palavras pode ser: vão, porque Deus ordenou, porque Deus prometeu comunicar a força indispensável e por último: porque Deus é digno da homenagem, da fé e da obediência de todos os homens.

Façam discípulos, uma combinação de palavras que Hendriksen cita o seu significado no original: “Havendo ido, portanto, façam discípulos...” no caso, é um uma força imperativa, um mandamento enérgico, uma ordem. A expressão, “façam discípulos” enfatiza ganhar para Deus um rodo, a mente, o coração e a vontade, um discípulo é um aluno, um aprendiz.

Hendriksen alerta que um verdadeiro discipulado não é apenas mudar a mente de alguém, e sim a verdade aprendida deve ser praticada, sendo apropriada para a mente, o coração e pela vontade permanecendo assim na verdade, sendo assim, teremos um verdadeiro discípulo de Cristo (Jo.8.31). Uma última análise ainda por Hendriksen neste verso 19 é citado a combinação de palavras “Batizando-os no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” onde o autor destaca que os conceitos de “batizar” e “ensinar” são atividades coordenadas uma a outra, resumindo, ambas são subordinadas a “façam discípulos”, entendendo-se que se a pessoa se aproxima para ser batizada, já está disposta a apropriar-se do ensino,pois neste contexto Jesus deixa claro pois está falando de pessoas maduras e não para crianças.

Hendriksen observa que em At.2.38-41 cita que para haver o batismo precisa ter um arrependimento e tendo o batismo certamente precisa-se de uma porção de ensino. O autor ainda destaca que “sendo batizado em nome de” significa ser levado a um relacionamento vital co Deus. Hendriksem argumenta que a expressão “eu batizo em nome de” pode ser entendida: “Eu batizo sob a ordem de”, ou “na autoridade de”. Conforme autor, o ritual do batismo não significa que leve uma pessoa a uma união vital com o Pai, Filho e Espírito Santo, batismo tomou o lugar da circuncisão (Cl2. 11,12), sendo assim, considera-se um sinal do selo da justiça de Cristo aceita pela fé. Hendriksen conclui esta parte afirmando que se uma pessoa é conduzida das trevas para a luz e confessa Jesus Cristo como seu único e suficiente Senhor e Salvador e é o objetivo de sua fé, esperança e amor então o batismo é um sinal de selo de Deus onde a pessoa é adotada como filha e herdeira, sendo assim, aquele que se submete ao batismo com sinceridade, proclama que rompeu com o mundo e está se unindo com Deus a quem se compromete por toda sua vida.

Tasker afirma que Cristo não falava de um batismo de João para o arrependimento, e nem uma continuação de Seu batismo e de seus discípulos antes, em seu ministério, a essência na verdade são de um novo sacramento onde homens e mulheres deviam se submeter à influência do Trino Deus para poderem ser usados em seu serviço. Tasker cita a palavra empregada no verso 19 “matheteuo” que se deriva “mathetes,” “discípulo”, discípulo não é alguém que já aprendeu, mas que sempre está aprendendo, pois conforme Tasker, os “dias de escola” do cristão nunca se acabam.

Pfeiffer e Harrison avaliam a combinação de palavras “Fazei discípulos de todas as nações” como responsabilidade de evangelizar e alistar homens sobre a autoridade de Jesus Cristo, no caso da palavra “batizando-os”, Tasker declara que o batismo é um rito que serve para um reconhecimento público de seu entendimento a mensagem cristã.

Por último, ”em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, a forma completa a ser empregada, de caráter distinto cristão, diferentes das anteriores abluções judias.

Allen chama atenção que o verbo chave é fazer discípulos, um imperativo em grego, ide pode ter força imperativa, mas está subordinado a fazei discípulos, com isso, Allen cita “enquanto vão”, tragam todas as nações para debaixo de minha disciplina, (ensino e governo), uma missão mundial aos discípulos de Jesus. O autor Allen ainda afirma que batizar em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é imergir em água todos aqueles que tomaram uma decisão de pertencerem a Deus e serem protegidos por Deus.

Uma das formas mais antigas usada pela igreja conforme Allen tem sido “em nome do Senhor Jesus” e o autor conclui que Nome é usado, na bíblia, representando a própria pessoa.

6- VERSÍCULO 20

No versículo 20 o autor Hendriksen destaca a frase “Ensinando-os a observar tudo o que tenho ordenado”, introduz então com uma observação de que ensinar precede e também segue o batizar. Na igreja primitiva antes de alguém se tornar membro precisava dar evidência de arrependimento e ter noções básicas do cristianismo, Hendrikson ainda afirma que os primitivos se interessavam tanto pela edificação como o evangelismo, santificação, conversão, governo eclesiástico e a pregação. O autor ainda destaca que observar tudo que Jesus tenha ordenado, usando alguns exemplos tais como os maravilhosos discursos de Cristo: suas parábolas, mandamentos, promessas ou garantias específicas, lições sobre a cruz, hipocrisia, proclamação do evangelho, sendo assim, Hendrikson considera que esta ordem vem primeira para os 11 discípulos de Jesus, os mestres ordenados, mas também é para toda a igreja, todos os membros, mas alguns acreditam, de acordo com o autor que esta grande comissão não passa de um mito ou a igreja acabou se esquecendo dela, com a sustentação do livro de Atos, Epístolas e Apocalipse não tem influência dela, mas ao mesmo momento existem muitas passagens que descrevem esta grande comissão em Atos, Romanos, Gálatas, Efésios, Colossenses, I Timóteo e Apocalipse.

Finalizando, Hendriksen cita a segunda parte do versículo 20 “... e lembrem-se, eu estou com vocês dia a dia até ao fim das eras”, conforme autor é uma promessa garantida, a própria introdução enfatiza o seguinte: lembre-se ou seja, tomem nota, prestem muita atenção, vejam, e destaca-se ainda que “ninguém menos que eu, Jesus, mesmo estou com vocês, não apenas para sempre, mas todos os dias ou dia após dia. O autor conclui que apesar de todas as dificuldades e tribulações Jesus destaca que Sua Graça é suficiente, nunca nos deixará até a consumação dos século.

Tasker afirma com base bíblica e que o Cristo ressurreto garante que o que quer que o futuro lhe reserve, Ele estará presente com o Espírito que virá de Seu Pai, sempre, quando terá início a nova era, inaugurada pelo retorno do Senhor em Glória.

Pfeiffer e Harrison destacam neste segundo verso 20 que é “uma promessa bendita da presença de Cristo como também de que a sua autoridade concederá poder aos seus servos para a execução desta comissão”.

Allen enfatiza que a parte “Ensinando-os...” inclui instrução, mas não é a ênfase, a ordem é ensinar obediência, uma doutrina na obediência nas ordens de Jesus. Conforme o autor Allen, o livro de Mateus termina com uma belíssima afirmação, Estou convosco é um equivalente aproximado de Emanuel: “Deus convosco”, Allen conclui que no término do livro de Mateus o foco é Cristo e não as nações, pois na submissão à Cristo está a salvação do homem.

7- CONCLUSÃO

Conclui-se do texto de Mateus 28.16-20 e das quatro obras aqui pesquisadas, primeiramente que Jesus cumpriu com exatidão todas suas promessas, a começar pelo local onde iria dar suas últimas instruções aos seus discípulos, na Galiléia, lugar este já planejado por Ele antes de sua morte. Em segundo lugar é que neste momento Jesus está totalmente em condições de declarar sua autoridade sobre tudo e todos, não que antes não tinha autoridade, mas sim pelo fato de precisar cumprir o plano de salvação de seu Pai primeiramente, por último, por mais que há uma reivindicação e uma grande comissão por parte de Jesus o que mais se destaca é o Seu conforto final, apesar do que o futuro esteja reservado grandes limitações e dificuldades extremas, há uma promessa de Jesus estar ao lado de todos os que o buscam através de Seu Espírito Santo até o fim dos tempos, sempre.

Um ótimo texto para encorajar e animar todo aquele que pensa que está sozinho em meio a tantas tribulações vividas neste mundo.

REFERÊNCIAS

8-REFERÊNCIAS

HENDRIKSEN, William. Comentário do Novo Testamento MATEUS Vol.2. Editora Cultura Cristã, 2001, SP 720 p.

TASKER, R.V.G. MATEUS Introdução e comentário. Editora Vida Nova, 1980, SP 230p.

CHARLES, F. Pfeiffer, EVERETT, F. Harrison. Comentário Bíblico MOODY Vol.4-Os Evangelhos e Atos. Imprensa Batista Regular, 1980, SP, 304p.

ALLEN, Clifton J. Comentário Bíblico Broadman, Vol.8 - Artigos Gerais de Mateus e Marcos. Junta de Educação Religiosa e Publicações da Convenção Batista Brasileira, 1982, RJ, 488p.

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