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NAMORO EM NOSSOS DIAS

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Por:   •  29/5/2014  •  Tese  •  1.357 Palavras (6 Páginas)  •  269 Visualizações

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O NAMORO EM NOSSOS DIAS

Há uns 19 anos atrás, mais ou menos, escrevi a apostila “Namoro no Plano de Deus”, dirigida aos jovens e adolescentes –e que foi traduzida em espanhol, por um pastor e amigo pessoal, numa Escola Bíblica Dominical na Bolívia. Tanto lá como aqui, houve um impacto muito positivo na juventude, porque havia um interesse muito grande nos jovens cristãos em aprender como namorar dentro de princípios do Reino de Deus. Ao reeditá-la em 2011, o palco encontrado foi outro, porque os tempos mudaram, as pessoas e os seus valores também.

Você já observou como nas igrejas evangélicas, quase sem exceção, o namoro em nada difere do namoro dos nãos cristãos? Encontros em locais escuros e sozinhos, relação sexual antes do casamento, e gravidez com casamento ou não. Onde está nosso erro? O apóstolo Paulo nos orienta: “Quanto aos moços, de igual modo, exorta-os para que, em todas as coisas sejam criteriosos (Tito 2:6). “Criteriosos” em grego é sophroneo, e significa “que freia os próprios desejos e impulsos (as próprias paixões); exercer autocontrole”. Porque a maioria dos nossos jovens não é tão criteriosa no namoro? O apóstolo João esclarece: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno”. (1Jo 2:14c). Isso é fruto de discipulado. E na falta do discipulado (porque muitos entendem que ele não é necessário), os eventos grandes e de massas das igrejas só conseguem fazer com que “cada um fazia o que achava mais reto”. (Jz 21:25b). Os namorados quase não oram juntos.

A TRISTE REALIDADE DOS NAMOROS ATUAIS

Em 2011, cerca 1,1 milhão de adolescentes engravidavam por ano no Brasil e o número continuou crescendo. O índice de adolescentes e jovens grávidas no Brasil é hoje 2% maior do que na última década; as meninas de 10 a 20 anos respondem por 25% dos partos feitos no país, segundo o Ministério da Saúde. Alguns especialistas afirmam que quando as escolas promovem explicações e ações na formação sexual, há baixa probabilidade de gravidez precoce e um pequeno índice de doenças sexualmente transmissíveis. E o que dizer do papel da Igreja do Senhor, que tem de ser o sal da terra, e temperar essa sociedade decadente? Agora temos o embate com a vacina contra o HPV (É a sigla em inglês para papiloma vírus humano. Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 100 tipos diferentes de HPV, sendo que cerca de 40 tipos podem infectar o trato ano-genital, e 13 tipos podem causar câncer, conforme site do Ministério da Saúde), em que alguns pais evangélicos que não querem que suas filhas sejam vacinadas. Não se cria resistência à falta de orientação sexual e bíblica aos jovens, mas contra a vacina que só faz proteger as meninas. Como disse o Senhor Jesus, “nós coamos um mosquito e engolimos um camelo”.

Namoro vem da expressão espanhola “estar em amor”, que acabou formando o verbo “enamorar”, que originou o nosso “namoro”, do italiano “inamorare”, e é “um compromisso de relacionamento, onde exista a corrente de sentimentos, de ternura e carinho espontâneo entre duas pessoas de sexos diferentes”. Porque o namoro é o ponto de partida para se formar um lar no casamento. Infelizmente, uma praga que infectou nossa sociedade, é o “ficar”. O “ficar” é um relacionamento informal, rápido e descomprometido entre um rapaz e uma moça, durante o qual eles trocam carícias de intimidades variadas, chegando eventualmente ao ato sexual”. Até 1999 no Brasil de cada 100 partos, 27 eram de adolescentes: São 700 mil meninas sendo mães todo ano, e pelo menos 2% têm entre 10 e 14 anos. De cada 100 rapazes entre 15 e 24 anos, 17 já engravidaram uma moça. E as evangélicas fazem parte destas estatísticas também.

Um forte aliado desse sexo liberado e sem compromisso, era um mito que se propagava na mídia, que ter relação sexual antes do casamento é bem melhor, porque o casal passa a se conhecer muito bem. Mas pesquisas provaram o contrário. Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology (Revista de Psicologia da Família), da Associação Americana de Psicologia. O sexo antes do casamento quebra todo o encanto e brilho de conquista de uma moça. Quebra os sonhos de se casar com pureza na Igreja, de branco e véu.

Tenho visto nestes quase 28 anos de ministério de aconselhamento e orientação, que muitos namoros levam a casamentos fracassados por um simples motivo. Durante todo o período do namoro, os dois olharam na direção errada. Olharam para si mesmos, procuraram satisfazer seus desejos carnais, não procuraram orientações pastorais, viveram isolados num “mundinho só seu”. Não entenderam o real valor do namoro e nem qual o papel de cada um devia desempenhar nele.

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