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O CONCEITO DE JESUS HISTÓRICO

Por:   •  14/10/2015  •  Monografia  •  6.373 Palavras (26 Páginas)  •  312 Visualizações

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SETAD - SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS, SÃO PAULO - SP

CURSO MODULAR DE BACHAREL EM TEOLOGIA, NÚCLEO DE MARINGÁ - PR

MONOGRAFIA DE CRISTOLOGIA

PROFESSOR: Expedito Nogueira Marinho, Pr.

ALUNO: Robson José Brito, Ev.

SUMÁRIO

I. O JESUS HISTÓRICO

1. CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO” 3

2. A OBJEÇÃO DA IGREJA CRISTÃ AO CHAMADO “JESUS HISTÓRICO” 3

3. A PESQUISA EM BUSCA DO JESUS HISTÓRICO E O FRACASSO DELA 5

3.1 A crítica histórica parecia haver destruído a própria fé. 5

3.2 O fracasso foi motivado pela natureza das fontes de pesquisa. 6

3.3 O Cristianismo se baseia no testemunho a respeito do caráter messiânico de Jesus. 8

3.4 Os ensinos e as mensagens de Jesus Cristo. 9

3.5 A confusão semântica em torno da expressão “Jesus Histórico”. 10

II. A COMPLETA CRISTIFICAÇÃO DE JESUS 10

1. CONCEITO DE CRISTIFICAÇÃO. 10

2. SER FILHO DO HOMEM: REQUISITO PARA SER CRISTIFICADO. 11

3. JESUS DE NAZARÉ PÔDE SER CRISTIFICADO PORQUE TAMBÉM É O FILHO DE DEUS. 11

III. O TIPO DE FECUNDAÇÃO QUE FORMOU O CORPO DO SENHOR JESUS CRISTO 12

1. GERAÇÃO NATURAL - HUMANA, A NOSSA 12

2. GERAÇÃO SOBRENATURAL - DIVINA, A DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. 13

B I B L I O G R A F I A 16

C R I S T O L O G I A

I. O JESUS HISTÓRICO

1. CONCEITO DE “JESUS HISTÓRICO”

No período compreendido entre 1774 a 1778, foi iniciada a procura do Jesus Histórico. Lessing publicou pós morte as anotações de Hermann Samuel Reimarus. Esse estudioso questionava a tradicional forma de apresentar Jesus na Igreja e no Novo Testamento. Para ele Jesus nunca fizera uma reivindicação messiânica, nunca institui qualquer sacramento, nunca predisse a sua morte e nem ressuscitou dentre os mortos. Dizia que Jesus era um engodo. Essa atitude instigou a busca do Jesus “verdadeiro”. A metodologia racionalista foi a predominante como método de pesquisa dessa busca, peculiar a primeira parte do século XIX. A polêmica desses estudos foi um terreno fértil para nascerem obras pró e contra Jesus.

O interregno entre a Primeira e a Segunda Grande Guerra Mundial foi a ocasião em que a busca do Jesus histórico foi abandonada, em função da falta de interesse pela procura e pelas dúvidas quanto a sua possibilidade. Entretanto, três fatores foram fundamentais para essa desistência: primeiro - a obra de Albert Schweitzer que revelou a idéia de que o Jesus liberal nunca existiu, pois ele foi criado e baseado nos desejos de liberais, não em fatos verídicos; segundo - a partir da obra de William Wrede e dos críticos da forma, houve o reconhecimento de que os evangelhos não eram meramente biografias objetivas que facilmente poderiam ser pesquisadas à procura de informações historicistas; por fim - Martin Kähler influenciou os estudiosos a reconhecerem que o objeto da fé da igreja no decurso de todos os séculos nunca tinha sido o Jesus histórico do liberalismo teológico, mas o cristo da fé, ou seja, o Cristo sobrenatural proclamado nas Sagradas Letras.

Ernst käsemann, em 1953, reacendeu as chamas da busca do Jesus da história, propalando seu receio de que a lacuna entre o Jesus da história e o Cristo da fé era muito semelhante à heresia docética, que negava a humanidade do Filho de Deus. Como era de se esperar Käsemann decepcionou-se em seus intentos.

O avanço da ciência histórica não tem modificado a opinião universal a cerca do Senhor Jesus. Prova disso é que, desde o mundo antigo à contemporaneidade, encontramos mesmo que em forma diversificada a historicidade da pessoa bendita de Jesus de Nazaré.

2. A OBJEÇÃO DA IGREJA CRISTÃ AO CHAMADO “JESUS HISTÓRICO”

A igreja cristã ri do fascínio dos liberais pela busca do que eles chamam de “Jesus Histórico”. Isso se justifica pelo fato de que o Cristianismo é o que é, através da afirmação de que o homem Jesus de Nazaré, que foi chamado “o Cristo”, é de fato o Cristo, a saber, o Messias, o Ungido. Toda vez que é sustentada a asserção de que Jesus é o Cristo, ali existe a mensagem cristã; onde quer que essa asserção seja negada, é negada igualmente a mensagem cristã.

A religião cristã nasceu não quando nasceu o homem chamado “Jesus”, mas sim, no momento que um de seus seguidores foi levado a dizer-lhe: “Tu é o Cristo”. E o Cristianismo ficará vivo enquanto existirem pessoas que repitam essa afirmação. Isso porque o evento sobre o qual o Cristianismo se baseia apresenta dois lados: o fato que é chamado “Jesus de Nazaré” e a recepção deste fato por aqueles que O receberam como o Cristo. Interessante que no momento que os discípulos O aceitam como o Cristo é também o momento que Ele é rejeitado pelos poderes da história. Então, Aquele que é o Cristo deve morrer

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