O Canon No Antigo Testamento - O Canon No Novo Testamento
Ensaios: O Canon No Antigo Testamento - O Canon No Novo Testamento. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nolmair • 27/3/2015 • 1.840 Palavras (8 Páginas) • 916 Visualizações
CURSO
LICENCIATURA PLENA
EM
CIÊNCIAS DA RELIGIÃO
Matéria
PROPEDÊUTICA BÍBLICA
Professor: Pr Gilberto
TRABALHO
O CÂNON NO ANTIGO TESTAMENTO
O CÂNON NO NOVO TESTAMENTO
Aluno: Nolmair Pereira Assunção
A FORMAÇÃO DO CÂNON SAGRADO
A palavra cânon, desde a sua etimologia, até o atual sentido de conjunto de livros da Bíblia, conserva o sentido de medida diretiva ordenadora. O termo grego "Cânon" é de origem semítica, pois em hebraico "ganeh", significa regra, régua para medir, varinha direita.
O grego clássico acentua o sentido figurado da palavra e cânon designa a vara, o nível, o esquadro, o braço da balança, norma, padrão, depois a meta a ser atingida, a medida infalível. Aristóteles chama o homem bom de cânon ou métron da verdade. Em português o termo é usado também no sentido de norma, como nesta frase de Aquilino Ribeiro. "Havendo fugido ao cânon da beleza consagrada." Os cristãos do II século denominavam os ensinos sagrados da seguinte maneira: "o cânon (regra) da Igreja", "o cânon da fé", "o cânon da verdade." Estas expressões nos fazem compreender porque os Pais da Igreja utilizaram a palavra para designar tudo quanto serve de fundamento à religião, regra da fé e da verdade e por fim o livro que contém as normas diretivas para uma correta vida cristã. Em meados do quarto século toda a coleção dos livros sagrados passou a ser designada como o cânon. Foi Atanásio quem lhe deu, pela primeira vez, este nome. A princípio a palavra cânon designava apenas a lista dos livros sagrados, mas depois passou a designar os próprios escritos, indicando assim que as Escrituras são a regra de ação investida com autoridade divina.
ORDEM CRONOLÓGICA DOS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO
Segundo as autoridades mais dignas de confiança, é geralmente aceito que o livro de Jó seja o mais antigo do Velho Testamento, escrito por volta do ano 1600 A.C.; e Malaquias, o último dos profetas do Velho Testamento a escrever, ao passo que Neemias provavelmente escreveu bem pouco antes de Malaquias – mais ou menos em 400 A.C: JÓ, PENTATEUCO, JOSUÉ, JUÍZES, RUTE, I e II SAMUEL, I e II REIS, I e II CRÔNICAS, SALMOS, CANTARES DE SALOMÃO, PROVÉRBIOS, ECLESIASTES, JONAS, JOEL, AMÓS, OSÉIAS, ISAÍAS, MIQUÉIAS, NAUM, SOFONIAS, JEREMIAS, LAMENTAÇÕES, HABACUQUE, EZEQUIEL, DANIEL, OBADIAS, ESDRAS, AGEU, ZACARIAS, ESTER, NEEMIAS, MALAQUIAS.
01) Cânon do Velho Testamento
Foi um processo de acrescentamento gradual. E a divisão em Lei, Profetas e Escritos confirma esta afirmação. Foi o resultado do trabalho de um conjunto de pessoas. Não foi a autoridade eclesiástica que o criou, esta apenas sancionou e fixou a coleção de escritos que vinham sendo reconhecidos como divinos. Muitos livros fazem referências à "A Grande Sinagoga" um Conselho, do qual Esdras era o presidente, e que incluía entre os seus 120 membros, Neemias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Daniel e Simão o Justo. Embora o Talmude atribua a ratificação do cânon hebraico aos membros desta sinagoga, alguns eruditos afirmam que a Grande Sinagoga não passa de uma lenda que surgiu no século XVI, sendo ela o produto de uma ficção rabínica.
Quase todos os estudiosos deste assunto concluem que Esdras e Neemias colecionaram os livros sagrados do Velho Testamento e fecharam o cânon, entre os anos 430 e 420 a.C. Alguns autores mais precisos fixam a data em 432 a.C. Isto é evidente das seguintes conclusões: Os livros históricos da Bíblia registram acontecimentos que se realizaram até o sexto e quinto séculos a.C. e não mais tarde; O historiador Flávio Josefo (70 S.D.) em sua catilinária Contra Ápion 1: 8 nos afirma que os judeus no tempo de Cristo estavam convictos de que o cânon tinha sido fixado no tempo de Esdras e Neemias. Os judeus haviam estabelecido outros princípios para os livros do Velho Testamento figurarem ou não no cânon, e estes eram: Estar em conformidade com a Lei; Ter sido escrito na Palestina; Redigido na língua hebraica.
Alguns estranham que Flávio Josefo fale em 22 livros e não em 24 como normalmente são citados para o cânon do Velho Testamento. O cânon apresentado por Josefo divide os livros do Antigo Testamento em três partes: 5 livros de Moisés, 13 livros dos profetas e 4 livros contendo hinos e regras de vida. Origenes também fala em 22 livros. O próprio Jerônimo também se refere a 22 livros, mas conhece o arranjo que leva a 24 livros. A divisão que temos hoje de 39 livros tem sua origem na Septuaginta, tradução do hebraico para o grego. Os judeus dividiam os 24 livros em seções: A Lei (Torah), contendo os primeiros cinco livros, que os Setenta chamaram de Pentateuco: a) Gênesis, b) Êxodo, c) Levítico, d) Números, e) Deuteronômio. Os Profetas (Nebilim), num total de oito livros, subdivididos em: Quatro antigos ou anteriores – Josué, Juízes, Samuel e Reis; Quatro posteriores – Isaías, Jeremias, Ezequiel e os doze profetas menores num só livro.
Os Escritos (Ketubim), chamados no texto grego "hagiógrafos" (escritos sagrados) são formados de três grupos, num total de 11 livros: Livros Poéticos – Salmos, Provérbios e Jó; Os Cinco Megilotes (rolos) – Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester; Os outros livros – sem uma nomenclatura específica – Daniel, Esdras e Neemias, Crônicas. A divisão em três partes não visa indicar três fases da canonização, mas antes a posição oficial ou a ocupação de seus autores, 1ª) A parte inicial é obra do grande legislador do povo de Israel. 2ª) A segunda parte foi redigida por pessoas escolhidas por Deus para o sublime trabalho de profetizar. 3ª) A terceira parte foi produzida por homens privilegiados com o dom profético, mas que se dedicavam a outros trabalhos, como Davi, Salomão, Esdras, Neemias e Daniel. A divisão do Antigo Testamento em três partes foi confirmada pelo próprio Cristo...
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