O Contexto Histórico do Julgamento de Jesus
Por: Bruno Barbosa • 3/5/2020 • Trabalho acadêmico • 762 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
Jesus de Nazaré, nome atribuído a pessoa histórica conhecida no cristianismo como Jesus Cristo, foi um judeu nascido em Belém, na província romana da Judeia. O domínio romano sobre Jerusalém começou em 63 a. C., quando Pompeu Magno adentrou a cidade com seu exército e sitiou o Templo, centro de comércio para toda Judeia, a principal estação financeira e seu maior banco.
Situada no planalto sul montanhoso da Judeia, no canto mais distante do poderoso Império Romano, estava Jerusalém. No momento da invasão romana, sua população era de cerca de cem mil pessoas. Apesar de não haver tanta importância comercial e política para os romanos, por não se tratar de uma cidade bélica e tampouco com muitos recursos naturais, Jerusalém era, para os judeus, a cidade mais original, mais santa e mais venerada em todo mundo. Com o domínio romano em Judeia, fez-se necessário um acordo entre o poder político e o poder religioso para que mantivesse sua vigilância sobre o culto judaico e, em particular, sobre o Sumo Sacerdote. A conquista romana não foi aceita, principalmente pelas divergências religiosas existentes entre o Império Romano e os Judeus.
Esta figura do Sumo Sacerdote possuía prestígio político como religioso e poder, como autoridade dos judeus, para decidir sobre todas as questões religiosas, de fazer cumprir a lei de Deus e até mesmo de efetuar prisões. Para ter o controle sobre os judeus, os romanos tinham que controlar o Templo, e, consequentemente, o Sumo Sacerdote. Assim, depois de tomar o controle da Judeia, Roma tomou para si a responsabilidade de nomear e destituir o ocupante deste cargo, para que os interesses religiosos locais não fossem tão distantes dos interesses do império.
O Sumo Sacerdote na época do julgamento de Jesus era o Caifás. O cargo atribuía-lhe o dever de vigiar e primar pelo cumprimento reto da Lei, tanto a da ordem social e política, como a da ordem religiosa. Na época da morte de Jesus Cristo, Tibério era o Imperador de Roma. A população romana era calculada entre 50 e 80 milhões de habitantes, dividido entre cidadãos e estrangeiros. Os primeiros tinham privilégios, os segundo dependiam da etnia para obter respaldos. Os escravos não eram considerados como pessoas do povo romano, não havendo existência jurídica e humana para eles. Roma ocupou a região da Judeia em 63 a. C. O aspecto religioso judaico era altamente respeitado pelo poder romano. Os romanos eram politeístas e creditavam ao Imperador o título de Deus. Como cita o pesquisador COHN1: A província da Judeia em geral e a cidade de Jerusalém em particular eram notórias em Roma como focos de insurreição e revolta. Provavelmente não havia outro lugar no vasto império onde os romanos fossem tão profundamente odiados e tão implacavelmente desprezados quanto em Jerusalém. Foi corretamente observado que esses sentimentos não se fundavam apenas em motivação patriótica: suas raízes verdadeiras eram religiosas. Para os judeus, aquela era a terra santa, e Jerusalém ainda mais santa, e o Templo de Jerusalém o que havia de mais sagrado.
O poder jurídico era celebrado ao Governador por transmissão do Imperador, o que possuía o chamado ius gladii, que seria o poder da vida e da morte. Pôncio Pilatos era o governador no período de Jesus, nomeado pelo imperador Tibério. Governou a Judeia de 26 a 36 d. C. Existiam, lado a lado, dois sistemas:
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