O PASTOR E A OVELHA
Casos: O PASTOR E A OVELHA. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: feje1983 • 8/8/2014 • 6.107 Palavras (25 Páginas) • 313 Visualizações
INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR
COSTUMES E CULTURAS
EVANGELIZAÇÃO
FABIANO EUSTÁQUIO DE JESUS FERREIRA – 1° ANO
02/04/2011
PROFESSORA: PASTORA TEREZA
CULTURAS E COSTUMES
1.0 - INTRODUÇÃO
Observando as diversas culturas do mundo, vemos que cada povo tem sua própria idéia a respeito de um assunto qualquer. Cada povo considera sua idéia como universal e a única correta. Tomemos como exemplo a maneira de se vestir. Muitas vezes uma determinada vestimenta que, para um povo, encaixa-se totalmente nos seus conceitos de modéstia, para outro povo é totalmente escandalosa. Seria uma coisa rara ver uma mulher sem meia fina num culto de qualquer igreja nos Estados Unidos. Mas, aqui no Brasil, isso não é necessário. Por outro lado, nós, como brasileiros, acharíamos muito estranho alguém participar de um culto usando chapéu, o que no Haiti é um costume absolutamente normal. No Zaire, África, entre a tribo dos ngbakas, os presbíteros da igreja se recusaram a aceitar a exigência dos missionários de que as suas esposas usassem blusas na igreja. Algum tempo depois, os missionários descobriram que naquela aldeia somente as prostitutas usavam blusas, pois só elas tinham dinheiro para comprar roupas melhores.Outro exemplo: — e há muitos — na ilha de Yap, os chefes da aldeia exigiram que as mulheres usassem saias até aos pés. Para eles, é chocante uma mulher mostrar qualquer parte das pernas, e uma brasileira que lá fosse com sua saia só até o joelho causaria muitos comentários!
Há muitas diferenças também nas atitudes dos povos em relação ao ato de amamentar os nenês. No Brasil, é aceitável a mãe descobrir o peito e dar de mamar em quase qualquer lugar. Nos Estados Unidos, isso não é aceitável. Em outros lugares, isso não é uma preocupação, porque as mulheres nunca cobrem o peito, e cada nenê tem fácil e imediato acesso às suas "refeições"!
Além da maneira de se vestir, há muitos outros costumes que variam de povo para povo. Um missionário nas Filipinas ficou zangado quando, ao receber algumas visitas, estas limparam, com os seus lenços, as cadeiras onde iam se sentar. Depois, à mesa, fizeram a mesma coisa com os pratos e os talheres. Para o missionário, aquilo era um grande insulto à capacidade da sua esposa de limpar a casa e lavar as louças! Mas, na realidade, a reação do missionário foi errada, pois aquelas atitudes demonstravam boas maneiras, segundo o costume daquele povo.
Nós pensamos que nossos costumes é que são certos, e rimo-nos dos costumes dos outros.
2.0 – EXEMPLOS DE CULTURAS E COSTUMES PELO MUNDO
É esquisito ver um chefe africano vestido orgulhosamente duma capa de frio que ganhou, onde o clima é sempre quente. Mas não achamos esquisito quando, num dia de muito calor, um pastor prega numa de nossas igrejas vestido de paletó e gravata — e suando muito!
Nossos costumes em outras partes do mundo podem ser considerados ridículos e engraçados. Certa vez, um casal de missionários estava trabalhando com uma tribo de índios que costumavam pintar seus corpos e não usavam nenhuma roupa. Mesmo assim, a esposa do missionário achava que as bermudas do marido eram curtas demais. Imediatamente, emendou nelas três dedos de renda cor-de-rosa para cobrir-lhe os joelhos expostos.
Certa missionária recebeu uma carta de sua irmã que morava nos Estados Unidos, perguntando-lhe: "Você tem ensinado a doutrina das roupas santificadas?" A missionária respondeu: "Minha querida irmã, teremos sorte, se, pelo menos, o povo daqui usar alguma roupa!"
Se não entendermos as razões de determinados costumes, não poderemos apreciá-los e muito menos aceitá-los. Por exemplo, na Tailândia, as mulheres não podem ocupar quartos do primeiro andar do hospital e os homens do térreo; isso significaria que as mulheres são superiores aos homens — coisa inaceitável naquela cultura. Também naquele país não se pode cruzar as pernas e mostrar a planta do pé para alguém; isso seria um grande insulto. Engraçado? Não! Apenas diferente para nós, mas com significado para eles.
Diferenças assim podem causar sérias dificuldades. No Japão, é ética social curvar-se diante de uma pessoa para cumprimentá-la. Algumas vezes, missionários que foram ao Japão em campanhas evangelísticas pensaram que muitos japoneses estavam aceitando Cristo, quando na realidade, devido ao seu modo de cumprimentar, estavam apenas sendo corteses para com eles.
Outro exemplo que mostra o quanto é difícil entender certas atitudes, quando não se compreendem as suas razões básicas, foi o que ocorreu nas ilhas Marshall, do Pacífico. Os missionários dali recebiam cartas apenas uma vez por ano, por ocasião da chegada de um navio. Certa vez, o navio chegou adiantado, e os missionários não estavam em casa. O capitão do navio deixou as cartas com o povo da ilha e foi-se embora. Eles ficaram muito contentes por terem em suas mãos aquilo de que os missionários gostavam tanto. Começaram, então, a examinar as cartas para descobrirem por que eram motivo de tanta alegria para os missionários. Não achando nada de especial, rasgaram, cozinharam e comeram as cartas. Ainda assim, não descobriram o seu segredo. Quando os missionários voltaram e viram o mingau de suas cartas, o povo não pôde entender a reação deles. Você ficaria bravo se alguém fizesse um cozido de sua correspondência, recebida apenas uma vez por ano, simplesmente por querer descobrir por que ela é causadora de tanta alegria?
Na China, as pessoas pensavam que os missionários louvavam as cadeiras, porque oravam ajoelhados de frente para elas. Da mesma forma, os índios navajos, dos Estados Unidos, pensavam que os missionários louvavam o pinheiro de Natal por se preocuparem tanto em enfeitá-lo.
Muitas vezes saímos da nossa terra pensando que somos os melhores, que os nossos costumes é que são corretos. Julgamos as atividades dos outros, sem entender por que aquele povo está agindo daquela forma, e agimos conforme os nossos costumes, sem perceber como estamos sendo analisados por eles.
Os norte-americanos decepcionam os brasileiros porque, no cumprimentar, os homens americanos não apertam as mãos de todos, e as suas mulheres não abraçam e beijam
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