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O Teólogo Como Um Formador De Opinião Perante A Sociedade

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Por:   •  15/5/2012  •  3.278 Palavras (14 Páginas)  •  3.975 Visualizações

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RESUMO

O objetivo deste artigo é traçar o perfil do teólogo que hoje é um grande formador de opiniões junto a sociedade. Bem como o relacionamento com a sociedade, sua áreas de atuação e o crescimento nesta área tão complexa. O papel do teólogo tem mudado muito através do tempo. No início do cristianismo, cabia-lhe uma dupla função: sistematizar criticamente a doutrina e traduzi-la para os homens da cultura da época. Até ao final da Idade Média, opiniões e discussões realizam-se sob a unidade do corpus christianum. Com a Reforma, o próprio cristianismo ocidental torna-se plural. Até certo ponto, cada teólogo é portador de uma situação cultural, social e eclesial constituída por influências complexas.

Palavras-Chave: teólogo; sociedade; Deus; ciência; liderança; teologia

INTRODUÇÃO

1 - TEOLOGIA

Teologia é o estudo sobre Deus ou sobre as coisas de Deus. Fazer teologia não significa apenas o esforço da razão para desvendar o porquê das coisas à luz da palavra de Deus, ou o amor existencial a Deus que busca as marcas do amor divino em todas as coisas da natureza e da história.

A teologia, mais que conhecimento de Deus, mais que discurso sobre Deus, é também sobretudo, conhecimento e discurso a partir de Deus, possiblitado por iniciativa e desejo do próprio Deus.

Não haveria teologia se Deus não houvesse rompido o silêncio e falado sobre Si próprio. Assim como não pode haver teologia se o ser humano não se dispuser a escutar e crer que o que foi dito e está escrito é verdade. Não haverá, igualmente, teologia se a razão humana, criada e dada por Deus, não se colocar em marcha para organizar e entender o dado revelado de forma organizada e comunicável às gerações de ontem, de hoje de amanhã.

Podemos então compreender teologia como um pensar sobre Deus e expressar esse pensamento de alguma maneira.

A influência que o pensar teológico tem sobre a vida do ser humano pode ser observada no momento em que ele se conscientiza sobre a existência de um prestar contas dos seus atos, ou até mesmo quando simplesmente passa a cogitar essa idéia.

E a teologia aborda os seguintes temas: Deus, o homem, o mundo, a salvação, a escatologia. Os traços que caracterizam a teologia como ciência são a criticidade, sistematicidade e a dinamicidade.

2 - TEÓLOGO

O teólogo em seu modo de ser é uma pessoa humilde, transparente, solidário e amigo de toda a verdade, também é aquele que estuda teologia que significa o estudo de Deus, conceito criado por filósofos gregos. Porém foi no cristianismo que o assunto se transformou em objeto de estudo, sobretudo das religiões judaico-cristãs. Como não é possível estudar diretamente um objeto que não vemos e não tocamos, estuda-se Deus a partir da sua revelação.

A imagem que algumas pessoas fazem de um teólogo é de alguém que está constantemente enclausurado no último aposento de uma casa, às voltas com obras raras, escritas em dialetos desconhecidos do grande público ou com livros pesados e grossos. Algo assim como no filme o Nome da Rosa, não?

Mas, na verdade, um teólogo é uma pessoa bem mais próxima de nós do que pensamos. Ele presta serviços de consultoria a escritores, por exemplo, que estejam usando a religião para contar alguma história ou fornece orientação a grupos religiosos em geral, principalmente organizações não-governamentais.

Outra confusão que é feita com freqüência: um padre ou um pastor podem ser um teólogo mas um teólogo nem sempre é um religioso. Podemos encontrar um teólogo dando aulas em cursos universitários da área de ciências sociais, como Letras, Antropologia, Sociologia. Aliás, é cada vez maior nos meios acadêmicos a intertextualidade entre as disciplinas. E em relação à teologia isso é sentido de forma evidente. Trata-se de um fenômeno recente a redescoberta da leitura teológica do mundo nas áreas de ensino voltadas para o conhecimento do comportamento humano em geral. O dia 30 de novembro é considerado o dia do teólogo.

3 - KARL BARTH

Karl foi uns dos mais destacados teólogos protestantes que já existiu, ele celebrizou-se como criador da teologia dialética do século XX, que ressalta o sentido existencial do cristianismo e o reintegra em sua base bíblica, de doutrina da revelação e da fé. Fez estudo universitários em Berna, Berlim e Tübingen, terminando-os em Marburg. Foi editor assistente do jornal Die Christliche Welt, pároco da Igreja Reformada Alemã em Genebra e pastor em Safenwil, ainda na Suíça. Lecionou teologia nas universidades alemãs de Göttingen, de Munique e de Bona. Demitido dessa ultima em 1935 pelo governo nazista, teve seus diplomas de teologias anulados por Hitler devido a sua oposição, conforme declaração teológica do Sínodo de Barmen, à nazificação da Igreja Reformulada.

Seguindo para a Suíça, Barth organizou a resistência dos pastores ao nacional-socialismo, ingressando no Partido Social Democrata. Quando essa resistência foi aniquilada pelos nazistas, o teólogo passou dirigir outro movimento, de âmbito internacional. Atento as lutas políticas,defendeu os operários de Viena e os republicanos espanhóis. Com o fim da guerra, voltou à cátedra de Bona, depois à de Basileia, aposentando-se em 1961.

Conhecida como teologia dialética ou teologia da crise, a obra de Barth é um vigoroso protesto contra o chamado neoprotestantismo, que predominou no século XIX e até a primeira guerra mundial. É também um restabelecimento das afirmações básicas da Reforma do século XVI, especialmente pela obra Der Römerbrief (A Epístola/Carta aos romanos) de 1919, que lançou as bases para o existencialismo alemão e serviu de elo entre Kierkegaard e Heidegger. Combateu a teologia liberal, o iluminismo alemão e o moralismo que excluísse o encontro da revelação e da fé.

A teologia de Barth está sistematizada principalmente em Die Christliche Dogmatik (A dogmática cristã), monumental obra obra de 26 volumes iniciadas em 1932, cuja publicação foi concluída em 1969. Os pólos fundamentais de seu pensamento - a revelação e a fé - permeiam toda sua dogmática, que ele define como exame científico do conteúdo das palavras que a igreja pronuncia sobre Deus. Assim a fé cristã proclama falência de todas as religiões , pois afirma que é Deus quem toma iniciativa de aproxima-se com ele e salva-lo, por intermédio de Jesus Cristo. Só a graça de Deus e a sua palavra, que transcende a Bíblia, cruza o abismo dialético que separa o homem do Criador.

Barth morreu

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