Perispírito E Obsessão
Exames: Perispírito E Obsessão. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: padilhatst • 22/4/2014 • 4.191 Palavras (17 Páginas) • 348 Visualizações
PERISPÍRITO E O B S E S S Ã O
A obsessão constitui um dos capítulos mais importantes do Espiritismo, pois, como se sabe, inscreve-se no rol das experiências mais dolorosas do ser humano.
Consiste, genericamente, na atuação ou domínio de um ou mais Espíritos sobre outro(s), provocando sofrimentos mentais e, de consequência, perturbações físicas.
Suas causas são sempre de ordem moral e embora, às vezes, se nos escapem a uma melhor compreensão, seus perigosos efeitos já são bem conhecidos.
Relaciona-se, comumente, com os desejos de vingança, mas pode ligar-se, também, à simples vontade de prejudicar ou a outros motivos ou circunstâncias. Impõe-se lembrar, também, o aviso de ANDRÉ LUIZ, de que "toda obsessão tem alicerces na reciprocidade." (“Nos Domínios da Mediunidade”.).
Allan KARDEC. Examinando seus efeitos na prática mediúnica, constatou a existência de três tipos básicos de ocorrência: obsessão simples, fascinação e subjugação.
OBSESSÃO SIMPLES: “quando um Espírito malfazejo se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos que são evocados”.
A FASCINAÇÃO, muito mais grave, é caracterizada por KARDEC como “uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações”.
Se na obsessão simples, o obsessor não passa, seguidamente, de um inoportuno, na fascinação o Espírito mostra-se perigosamente ardiloso, “porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude”.
“O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente”.
Quanto à SUBJUGAÇÃO, KARDEC a define como “um verdadeiro jugo" a que fica submetido o paciente, ao contrário do que ocorre na fascinação, em que é menor o domínio do obsessor. "
A subjugação é uma constrição que paralisa a vontade daquele que a sofre e o faz agir a seu mau grado", esclarece o Codificador, entendendo, ainda, que pode ela ser moral ou corporal.
subjugação Moral: subjugado é constrangido a tomar resoluções muitas vezes absurdas e comprometedoras que, por uma espécie de ilusão, ele julga sensatas.
subjugação Corporal: O Espírito atua sobre os órgãos materiais e provoca movimentos involuntários (livro dos médiuns)
CAUSAS DA OBSESSÃO –
que sempre acontece como resultado da sintonia mental que se estabelece entre agente(s) e paciente(s), ditada, sobretudo, pela afinidade moral existente entre os partícipes do processo – podem ser Remotas (cármicas) ou Atuais.
CAUSAS REMOTAS (CÁRMICAS)
As causas remotas - admitidas, muitas, como cármicas -, guardam relação com as vidas pregressas e dizem, principalmente, com os vínculos de ódio e desejos de vingança resultantes de relacionamentos pretéritos.
Como anota o Espírito ODILON FERNANDES, "não somos poucos os que padecemos obsessões cármicas, alimentadas pelo ódio secular dos que magoamos em outras existências, plantando em suas almas os espinhos com que agora nos ferem." (V. BACELLLi, CARLOS A. ODILON FERNANDES, Espírito. “Mediunidade e Obsessão”.).
CAUSAS ATUAIS-
Relacionam-se, principalmente, com os prejuízos que, inadvertidamente, em pensamento e atos, causamos aos nossos semelhantes, no dia a dia de nossa existência atual, atraindo merecidas perturbações e sofrimentos, e, de resto, com muitas de nossas atitudes mentais (orgulho, luxúria, etc.), com as quais oferecemos condições para que nossos afins espirituais instalem-se confortavelmente em nossas mentes, contaminando-nos com seus potenciais deletérios.
Como leciona ANDRÉ LUIZ, hábitos menos dignos funcionam quais entidades vivas "oferecendo elementos de ligação com os infelizes que se encontram em nível inferior." (XAVIER, ANDRÉ LUIZ, “Missionários da Luz”). Ou seja, a invigilância que leva a atitudes irreverentes, maledicentes, hipócritas, egoístas, desonestas, agressivas, e, até, espoliadoras de vidas e bens, acaba comprometendo a própria harmonia mental, abrindo brechas perispiríticas, que, seguidamente, podem comparecer como canais propícios às mais sérias obsessões.
Marlene NOBRE, Presidente da Associação Médico-Espírita de SP, constrói, de sua vez, quadro dos mais abrangentes. Segundo a festejada autora, as obsessões podem ser de Natureza Anímica ou de Natureza Espirítica.
Anímica: é de Efeitos Inteligentes ou de Efeitos Físicos. Definem-se como de Efeitos Inteligentes, as ocorrências: (1) Obsessão Telepática; (2) Auto-Obsessão; (3) Personalidade Antiga Cristalizada (Fixação Mental); (4) Possessão Partilhada (Parceiros no Vício). Já as de Efeitos Físicos dizem respeito aos casos de Poltergeist.
Espirítica: Também, como: Efeitos Inteligentes, as obsessões ligadas às causas ou situações: (1) Simbioses em Graus Diversos; (2) Parasitose Mental ou Vampirismo Espiritual: Infecções Fluídicas, Fixação Mental, Patologias do Corpo Espiritual (Parasitas Ovóides, Deformações e Zoantropia), Vampirismo com Repercussões Orgânicas (Possessão, Epilepsias, Neuroses, etc); (3) Sintonia - Prevalência do Mecanismo Hipnótico: Fascinação, Canalização com Dominação Telepática; Obsessão Oculta; Obsessão durante o Sono Físico; Obsessão Coletiva; (4) Pensamentos Sonorizados; (5) Processo Alérgico. Efeitos Físicos, como anteriormente, guardam relação com os casos de Poltergeist. (NOBRE Marlene. "A Obsessão e Suas Máscaras".).
Com relação às Formas de Ocorrência do processo obsessivo, constata-se que elas acontecem tanto entre Desencarnados e Encarnados (pacientes, estes), como entre Encarnados e Desencarnados (agentes, aqueles), ou entre Desencarnados e Encarnados entre si.
ENTRE DESENCARNADOS E ENCARNADOS (Pacientes)
A atuação de agentes desencarnados sobre pacientes encarnados marca o fenômeno obsessivo, propriamente. Com efeito, segundo o conceito kardeciano
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