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Resenha Manual Pastoral de Discipulado

Por:   •  8/8/2019  •  Resenha  •  3.861 Palavras (16 Páginas)  •  812 Visualizações

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BAXTER, Richard. Manual pastoral de discipulado.

Richard Baxter nasceu em 12 de novembro de 1615, se destacou em sua vida por seus inúmeros escritos práticos e devocionais. Como pastor ele era incomparável, seus efeitos em Kidderminster foram notáveis, o vilarejo possua mais ou menos 800 famílias, era um povo ignorante, rude e dado à bagunça. Quando Baxter deixou o vilarejo, quase todos haviam se convertido ao cristianismo. Excelente professor priorizava o ensino. Algumas de suas obras são: O descanso eterno dos santos (1650), um chamado aos não convertidos (1658) e Calendário Cristão (1673). Creio que o objetivo de Richard Baxter neste livro é apresentar a nós, as importantes facetas do caráter pastoral e impulsioná-lo a mudar de atitude caso nossos ministérios não esteja seguindo determinados padrões. Fazendo uma análise da seriedade que é ser vocacionado por Deus. Somos incentivados a fazer a obra com o maior zelo possível. No capítulo intitulado “A natureza do cuidado” o autor trata sobre a importância de o pastor ser plenamente regenerado antes de assumir o ministério de ensino, visto que ao final dos tempos o Senhor cobrará os frutos do seu trabalho. Alguns enfatizam tanto os estudos teológicos, suas pregações são fenomenais, mas esquecem do principal, que é viver um evangelho intenso. Richard Baxter defende o ensino com uma visão teológica sobre a filosófica e não ao contrário, para ele devemos aproveitar a juventude dos alunos, para lhes ensinar a verdade a respeito Deus. O estudo da palavra deve ser prioridade na vida de todo cristão, o pastor que prega é não vive o que prega está fadado ao fracasso. As exortações feitas à igreja devem primeiro impactar o coração do ministro e causar transformações no seu caráter. No primeiro capitulo é tratado os conceitos de integridade e excelência para o pastor do século 21. Excelência é o grau de possuir boas qualidades em um grau eminente; e denominamos integridade como qualidade daquele que nada falta; puro, inocente, honesto. Aquele chamado ao ministério pastoral precisa que a integridade e excelência caminhem juntas. Precisa ser integro na vida pessoal. Buscar de Deus a vontade para o seu ministério. Ser integro com sua família, com o seu ministério e na conduta de sua fé. É necessário que aqueles que são chamados ao ministério da palavra possam ter um mentor, ou seja aquele que divide experiências; que já passou por diversas dificuldades do ministério e pode compartilhar experiências. O mentor ensina, portanto, através de seu exemplo e seus valores, tendo como modelo a sua própria vida. O bom mentor é aquele que tem um bom caráter, maturidade, aptidão, conhecimento de Deus, amor as pessoas qualidades visíveis. Os ministros que se preparam para atuarem além de obter experiência dos seus mentores, precisam também possuir a autoridade para que seu ministério possua excelência. O pastor tem autoridade na pregação da palavra, no ensino da palavra e confrontar o mundo, o pecado, a violência e as injustiças desde que fiel à revelação bíblica. O pastor precisa exercer autoridade sobre a igreja corpo de Cristo como ministro do evangelho. Aquele cuja Deus chamou para exercer o ministério é muito mais visto tanto pelas pessoas como para o maligno em organizar suas astucias para com ele. É necessário que o pastor seja coberto por orações pois de todas as formas o inimigo deseja trazer a vergonha e a dor para derrubar o líder espiritual da igreja. As tentações existem e é necessário que esses servos enfrentem as tentações que sobre eles venham e isso só acontecerá se este for coberto pelo poder do Espirito Santo. São incontáveis o número de pastores que tem perdido seu ministério por não conseguirem passar pela tentação e vence-las. Aqui não estamos falando apenas da tentação espiritual, mas, a tentação da ambição, do orgulho espiritual, da preguiça e desânimo e o ativismo. É necessário que esses homens ministros da palavra sejam revestidos a cada dia da armadura de Cristo. O ministério pastoral as vezes é considerado como algo sem importância porém, precisamos nos atentar para a necessidade de homens que preguem a palavra e se tornem instrumentos para o crescimento do reino. Pastores são homens que passam por diversas crises em seu ministério. Muitos são sempre questionados sobre sua identidade vocacional; quem sou? Sou fiel a minha vocação? Porque sou pastor evangélico batista? Entre outras perguntas que surgem. É necessário que esses homens tenham acompanhamento de um profissional, no caso um psicólogo pois quem irá apoiar e abraçar esse pastor nesses momentos de crise? 

A família precisa estar preparada para apoiar e caminhar junto com esses homens separados para o reino. A igreja precisa amar o seu líder religioso, interceder e ama-lo. Muitas vezes o pastor chega à conclusão de que seu ministério não vai bem, menos pela falta de cooperação e apoio de seu povo, e mais pela qualidade de sua vida espiritual, de sua relação intima com Deus. Ao passar por essas crises o pastor sai ferido, abatido e desanimado com seu ministério. Há pastores feridos no púlpito, há pastores feridos no convívio de sua família, há pastores feridos nos postos executivos denominacionais. Essas feridas são causadas pela ingratidão da igreja, o desprezo dos colegas, separação de amigos. As feridas podem ser causadas pelo excesso de zelo, intenso desejo de perfeição na busca pelo melhor, competição ministerial, ativismo do pastor e etc.

No capítulo intitulado “Os motivos do cuidado” o autor trata a respeito da salvação, o ministro deve cuidar para que ele e sua casa estejam plenamente salvos, seria contraditório demais os pastores pregarem a respeito da salvação e não serem salvos. Alerta com relação a nossa natureza caída e nos faz repensar o fato de sermos pessoas falíveis e sujeito a todos os tipos de pecado. Devemos ter a compreensão de que o inimigo nos tentará muito, para que nossa vida seja um fracasso, visto que as pessoas estão de olho no seu ministério, prontos para atirar a primeira pedra se você falhar. Desta forma até nossos pecados se tornam mais agravantes, por induzirem os outros ao erro. O pastor deve ter uma vida quebrantada e consagrada, na presença de Deus, clamando todos os dias pela sua graça que nos capacita a viver piedosamente, mesmo diante de tantas lutas e aflições. Honrando a Deus enquanto trilha os seus caminhos, tendo plena consciência da responsabilidade que pesa sobre os nossos ombros. No capítulo intitulado “O cuidado com o rebanho” Baxter aborda que, como pastores, devemos usar estratégias que nos façam alcançar todo o rebanho. Este rebanho é formado pela igreja em geral, mas também pela individualidade de cada um. Não podemos abordar um em detrimento do outro. A igreja ainda é formada por grupos e devemos dar atenção específica a cada um deles. Os não convertidos, os cheios de dúvidas e os verdadeiramente convertidos. Precisamos contar com o apoio dos presbíteros e capacitá-los ao acompanhamento de alguns membros. De certa forma temos variados grupos, aqueles que vivem na corrupção, sempre trazendo problemas, aqueles que caíram em pecados escandalosos, o importante é ter estrutura para abordar e acompanhar cada um desses grupos. Uma característica importante do autor era o acompanhamento familiar, ele via cada família como uma oportunidade de instrução coletiva e mudança da sociedade. Por isso fazia visitas semanalmente com objetivo de averiguar e ensinar. O autor incentiva a disciplina eclesiástica e demonstra grande preocupação com a depravação moral da igreja. A disciplina e exortação pública visam o arrependimento e o não endurecimento dos corações, acompanhada de intercessão da igreja.

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