Resenha do filme: Deus não está morto
Por: Estefane Fiuza • 12/7/2018 • Resenha • 974 Palavras (4 Páginas) • 402 Visualizações
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA[pic 1]
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
EDU643 – PRÁTICA DE ENSINO EM DIVERSIDADE BIOLÓGICA
ESTEFANE DE JESUS FIUZA
Resenha do filme: Deus não está morto
Deus Não Está Morto (no original em inglês: God's Not Dead) é um filme de drama da indústria cinematográfica cristã de 2014, dirigido por Harold Cronk e estrelado por Kevin Sorbo, Shane Harper, David A. R. White e Dean Cain. Foi lançado nos cinemas norte-americanos em 21 de março de 2014 pela Pure Flix Entertainment e, em 21 de agosto do mesmo ano, nos circuitos brasileiros pela Graça Filmes.
A trama gira em torno de um calouro universitário de Direito que logo no primeiro dia no campus tem sua fé confrontada: seu professor de filosofia, um ateu inveterado, exige que toda a classe escreva em um papel a declaração “Deus está morto”. Negando-se a fazer tal afirmação, o jovem aceita o desafio proposto pelo docente de provar a existência de Deus em três aulas, em uma série de debates com o professor. Se falhar nesta tentativa, o aluno corre o risco de perder o semestre letivo e, consequentemente, afundar toda sua carreira. O filme também conta, paralelamente ao tema principal, a conversão de outros personagens ao cristianismo: um aluno oriundo da China - país comunista, em que o ateísmo faz parte de sua ideologia política; uma aluna cuja família pertence ao Islamismo.
Os produtores do filme afirma que o intuito da obra é defender todos aqueles que sofrem perseguições em instituições acadêmicas, não se pode negar que tal repressão existe, não apenas em meios acadêmicos como também nas instituições básicas de ensino, que vão desde a intolerância entre professor e aluno como entre os próprios alunos, valendo a discussão do tema. Porém o filme alimenta a ideia de que ciência e fé são rivais, assim como cristãos e ateus são contendedores e adversários.
O filme deixa explicito que todo ateu é alguém que se decepcionou ou desencantou com Deus, contradizendo o real significado do termo, que é usado para descrever pessoas que não acreditam na existência de nenhuma divindade ou em coisas espirituais. Como o caso do professor que se dizia “ateu”, contudo era apenas uma pessoa frustrada com um trauma de infância, quando sua mãe adoeceu de câncer e Deus não a livrou da morte, culpando a Deus por tal fatalidade. Mas o que é interessante destacar desse confronto entre o professor e o aluno, são os fatos reais que acontecem no dia-a-dia nas salas de aula, nas quais muitas vezes não há uma relação respeitosa, resultando na exposição de sentimentos pessoas que acabam afetando a maneira como o conhecimento é conduzido, tendo como consequência aulas em que conceitos são distorcidos, tanto do grupo que está ensinando quanto do que está aprendendo.
O professor como mediador do conhecimento, tem que considerar que conflitos existem e que muitas vezes são inevitáveis, contudo ele tem que ter prudência e conhecimento epistemológico para não reproduzir locuções inadequadas, incorretas e intolerantes, conduzindo o aluno ao mesmo. Isto é visível no filme, quando o jovem se sente pressionado e desafiado, remetendo-se a uma busca incessante de informações, muitas sem fundamentos e com erros conceituais, na qual é possível perceber na discussão do universitário Josh Wheaton: “...os darwinistas têm vindo a dizer que Deus é desnecessário para explicar a existência do homem e que a evolução substitui Deus, ... Darwin afirmou que a ascendência de todos os seres vivos que vieram de um único organismo simples que reproduziu e foi lentamente modificada ao longo do tempo para as formas de vida complexas que vemos hoje...”. Erros conceituais como esses teriam sidos substituídos se o professor desse mais importância a função dele como educador, ao invés de preferir impor os seus desejos e frustações.
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