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Revolução Dos Macabeus

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Por:   •  12/3/2014  •  677 Palavras (3 Páginas)  •  629 Visualizações

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A Revolta dos Macabeus e a ideologia do poder

Quando Antíoco III, o Grande, vence os exércitos dos

Ptolomeus, os judeus de Jerusalém o apoiam nesta luta,

segundo Flávio Josefo1. O partido selêucida em Jerusalém

está mais forte do que o ptolomaico. Por isso, Jerusalém é

contemplada com um decreto de Antíoco III, em 197 a.C., que

contém as seguintes especificações:

1. Que seja dada uma contribuição real para os

sacrifícios, em animais, vinho, óleo, incenso, flor de

farinha, trigo e sal;

2. A madeira retirada da Judéia e do Líbano para os

trabalhos de construção do Templo e dos pórticos está

isenta de taxas;

3. Todos os membros do povo judeu devem viver segundo

as leis de seus pais;

4. O senado (gerousia), os sacerdotes, os escribas do

Templo e os cantores do Templo, ficam isentos da

capitação, do imposto coronário e da taxa sobre o

sal;isenção de impostos durante;

5. Três anos para os atuais habitantes da cidade e para

aqueles que vierem nela morar até determinada data,

para que a cidade seja repovoada mais depressa.

É interessante observarmos as medidas de Antíoco III

sobre os impostos. A madeira para a restauração do Templo

está isenta do imposto alfandegário, que incide sobre todas

as mercadorias em circulação. O senado e os funcionários do

Templo ficam isentos da capitação, imposto pessoal

recolhido dos adultos. Ficam isentos também do imposto

1 Josefo. Antigüidades judaicas (AJ) 12.456.

PEJ - LHIA 2004 - Rosana Marins dos Santos Silva

4

coronário: a coroa de folhas é, para os gregos, o símbolo

da vitória, concedida aos vencedores dos jogos ou a um rei

vitorioso. Com o tempo, as cidades começam a oferecer aos

seus reis coroas de ouro ou uma soma equivalente em

dinheiro. O que antes era espontâneo acaba

institucionalizado e tornado obrigatório, podendo somente o

rei conceder a isenção. Ainda: o senado e o Templo ficam

isentos da taxa sobre o sal. Esta taxa é conhecida na

Palestina e na Babilônia. Provavelmente paga-se determinado

valor ao governo, ou talvez, na Palestina, que tem boas

salinas, se aceite o produto “in natura”.

Os habitantes da cidade, finalmente, são isentos

durante 3 anos do phóros, o tributo, em prata ou em

produtos, exigido de uma província, de um templo, de um

éthnos ou de uma cidade, este último sendo o caso de

Jerusalém.

Deve-se observar que, com este decreto, Antíoco III

reforça o papel da aristocracia, associada há muito ao

poder através da gerousia e que, sob outro aspecto, liga o

destino do ethnos (nação) judeu às decisões reais. Pois as

leis dos antepassados (a Torá) devem ser obedecidas não

porque assim o decidem os judeus, mas porque o quer o

governo selêucida2.

Apesar de parecerem benevolentes, estas medidas não

devem, entretanto, nos enganar, pois não superam as

decisões comuns tomadas em relação a outras cidades,

naquela época.

Quanto

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