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Por:   •  23/3/2015  •  4.780 Palavras (20 Páginas)  •  212 Visualizações

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Deus

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Este artigo é sobre Deus de uma perspectiva monoteísta. Veja divindade para informações do ponto de vista não-monoteísta. Veja também o artigo deidade. Para outros significados da palavra, veja Deus (desambiguação).

Parte de uma série sobre

Deus

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Conceitos gerais[Expandir]

Concepções específicas[Expandir]

Concepções religiosas[Expandir]

Termos relacionados[Expandir]

Experiências e práticas[Expandir]

Tópicos relacionados[Expandir]

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Os Elementos: Terra, Ar, Água e Fogo.

Deus é desde suas origens a divindade central nas religiões abraâmicas, preponderantes na cultura ocidental e na lusófona, da qual derivam-se, entre outras, três das mais influentes religiões da atualidade, explicitamente o cristianismo, o judaísmo e o islã. Deus é notoriamente definido em modernidade segundo as perspectivas de tais religiões monoteístas, sobretudo no ocidente.

Contudo, nas religiões não abraâmicas, com destaque nas religiões orientais, a ideia de existência; as definições e formas de compreensão dos deuses - deus em uma perspectiva monoteísta quando presente - por vezes assumem formas significativamente distintas; encontrando-se tais distinções também em praticamente todas sociedades e grupos pré-abraâmicos já existentes bem como em grupos contemporâneos contudo daquele isolados; variando desde as primitivas formas de crença pré-clássicas provenientes das tribos da Antiguidade ou das formas oriundas de culturas ameríndias pré-colombianas até os dogmas de várias religiões modernas menos expressivas contudo igualmente difundidas.

Segundo as perspectivas abraâmicas, as doravante enfocadas1 , Deus é muitas vezes expressado como o Criador e Senhor do Universo. Teólogos têm relacionado uma variedade de atributos utilizados para estabelecer as várias concepções de Deus. Os mais comuns entre essas incluem onisciência, onipotência, onipresença, benevolência ou bondade perfeita, simplicidade divina, zelo, sobrenaturalidade, transcendentalidade, eternidade e existência necessária.

Deus também tem sido compreendido como sendo incorpóreo, um ser intangível com personalidade divina e justa; a fonte de toda a obrigação moral; em suma, o "maior existente".2

Tais atributos foram todos anteriormente defendidos e suportados em diferentes graus pelos filósofos teológicos judeus, cristãos e muçulmanos, incluindo-se entre eles Rambam,3 Agostinho de Hipona3 e Al-Ghazali,4 respectivamente. Muitos filósofos medievais notáveis desenvolveram argumentos para a existência de Deus,4 intencionando entre outros elucidar as "aparentes" contradições decorrentes de muitos destes atributos quando justapostos.

Índice [esconder]

1 Etimologia e uso

2 Nome

3 A existência de Deus

4 Concepções de Deus

5 Abordagens teológicas

5.1 Teísmo e deísmo

6 Posições científicas e críticas a respeito da ideia de Deus

6.1 Antropomorfismo

7 Referências

8 Ver também

Etimologia e uso

Ver artigo principal: Deus (palavra)

Tanto a forma capitalizada do termo Deus quanto seu diminutivo - que simboliza divindades, deidades em geral - têm origem no termo latino "deus", significando divindade ou deidade. O português é a única língua românica neolatina que manteve o termo em sua forma nominativa original, com o final do substantivo em "us", diferenciando-se assim do espanhol dios, francês dieu, italiano dio, e da língua romena, onde se distingue o criador monoteísta, Dumnezeu, de zeu, um ser idolatrado.

Os termos latinos Deus e divus, assim como o grego διϝος = "divino", descendem do Proto-Indo-Europeu *deiwos = "brilhante/celeste", termo esse encerrando a mesma raiz que Dyēus, a divindade principal do panteão indo-europeu, igualmente cognato do grego Ζευς (Zeus).

Na era clássica o vocábulo em latim era uma referência generalizante a qualquer figura endeusada e adorada pelos pagãos. Em um mundo dominado pelas religiões abraâmicas, com destaque para o cristianismo, o termo é usada hodiernamente com sentido mais restrito - designando uma e a única deidade - em frases e slogans religiosos tais como: Deus sit vobiscum, variação de Dominus sit vobiscum, "o Senhor esteja convosco"; no título do hino litúrgico católico Te Deum, proveniente de Te Deum Laudamus, "A Vós, ó Deus, louvamos". Mesmo na expressão que advém da tragédia grega Deus ex machina, de Públio Virgílio, Dabit deus his quoque finem, que pode ser traduzida como "Deus trará um fim à isto", e no grito de guerra utilizado no Império Romano Tardio e no Império Bizantino, nobiscum deus, "Deus está conosco", assim como o grito das cruzadas Deus vult, que em português traduz-se por "assim quer Deus", ou "esta é a vontade de Deus", verifica-se tal sentido restrito.

Em latim existiam as expressões interjectivas "O Deus meus" e "Mi Deus", delas derivando as expressões portuguesas "(Oh) meu Deus!", "(Ah) meu Deus!" e "Deus meu!".

Dei é uma das formas flexionadas ou declinadas de "Deus" no latim. É usada em expressões utilizadas pelo Vaticano, como as organizações católicas apostólicas romanas Opus Dei (Obra de Deus, sendo obra oriunda de opera), Agnus Dei (Cordeiro de Deus) e Dei Gratia (Pela Graça de Deus). Geralmente trata-se do caso genitivo ("de Deus"), mas é também a forma plural primária adicionada à variante di. Existe o outro plural, dii, e a forma feminina deae ("deusas").

A palavra Deus, através da forma declinada Dei, é a raiz de deísmo, panteísmo, panenteísmo, e politeísmo, e ironicamente referem-se

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