Terapia Social E Psicologia Espírita
Casos: Terapia Social E Psicologia Espírita. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: denissmith • 2/9/2013 • 3.169 Palavras (13 Páginas) • 603 Visualizações
Terapia Social e Psicologia Espírita
(Expansões em Psicodiagnóstico, Psicoterapia Breve e Psicoterapia de Grupo)
O objetivo dessa resenha é transmitir alguns conceitos técnicos, bem como
debater alguns aspectos concretos que tenho vivenciado na prática de uma modalidade
de trabalho psicológico possível de ser realizada na área clínica, denominada
psicoterapia breve.
Procurei direcionar a minha linha de reflexão para as necessidades específicas da
ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas), e em especial para o trabalho
denominado “Terapia Social”, realizado pela instituição. O serviço designado de
Terapia Social, como sabemos, é um trabalho desenvolvido pela ABRAPE em Centros
Espíritas, e outras instituições interessadas, que consiste na disponibilização de serviços
gratuitos (portanto, de caráter social) de atendimento psicológico, tanto em âmbito
clínico quanto institucional. Os serviços podem variar, desde a realização de trabalhos
de psicoterapia breve e aconselhamento (atendimentos clínicos) até serviços amplos de
consultoria e assessoria institucional, segundo as necessidades de cada instituição.
Atualmente o principal Trabalho Social oferecido pela ABRAPE às Casas
Espíritas tem sido a Psicoterapia Breve, e isso porque de fato esse é um serviço que
historicamente surgiu na psicoterapia, entre outros motivos, com o objetivo de atender a
demanda de serviços de atendimento clínico em psicologia para populações de
instituições públicas, filantrópicas e comunidades carentes – é uma tentativa de
disponibilizar o serviço psicológico para grandes populações, aliando eficiência, custos
mais baixos de operacionalização, economia de tempo, etc.
Sabe-se que, além da Psicoterapia Breve, outras modalidades de trabalho que
possuem o mesmo objetivo são o Psicodiagnóstico e a Psicoterapia de Grupo. Essas
duas modalidades de trabalho na clínica psicológica também foram criadas com o
objetivo de oferecer à comunidade mais amplas opções de atendimento, englobando um
número maior de pessoas a serem beneficiadas em menos tempo e com menor custo.
Assim, do ponto de vista técnico, aliadas o Psicodiagnóstico, a Psicoterapia
Breve e a Psicoterapia de Grupo, os resultados em termos de disponibilidade, eficiência,
tempo, espaço, número de pessoas atendidas, etc., são maximizados exponencialmente.
Para isso, porém, há necessidade de investirmos em pesquisa científica e humana,
quanto às variáveis técnicas e práticas atuantes nessas modalidades de trabalho clínico.
Há inclusive, um razoável investimento em termos de esforços administrativos para
operacionalizar um projeto ou trabalho desse porte.
Essa resenha é uma contribuição específica ao trabalho de compreensão dos
fundamentos teóricos e técnicos da psicoterapia breve. Foi utilizado para tanto amplos
referenciais científicos e filosóficos, especialmente das duas principais escolas de
psicologia profunda – a Psicanálise e a Psicologia Junguiana - bem como da Psicologia
Espírita. Do ponto de vista filosófico e epistemológico, esse trabalho se fundamenta
numa abordagem holística que procura abordar o ser humano integral bio-psico-sócioespiritual,
a partir de uma concepção sistêmica de saúde. As considerações teóricas e
práticas dessa proposta são relacionadas a seguir.
Capítulo 1 - Algumas considerações sobre o conceito de Psicoterapia
Capítulo 2 - Psicoterapia Breve – Conceito e Fundamentação
Capítulo 3 - O manejo técnico do enquadre psicoterápico
Capítulo 4 – Histórico da Psicoterapia Breve, seus progressos científicos e suas
especificidades
Conclusão - Palavras Finais
Capítulo 2 - Psicoterapia Breve – Conceito e Fundamentação
A bibliografia especializada em psicoterapia breve é bastante numerosa na
literatura de orientação psicanalítica, embora evidentemente a psicanálise não seja a
única abordagem teórica a fundamentar um trabalho de psicoterapia breve.
No âmbito da contribuição psicanalítica, podemos salientar o trabalho de
Lowenkron (1993), sobre Psicanálise Breve. Esse autor traz o conceito de “Psicoterapia
Psicanalítica de Tempo Delimitado”, definida como um tratamento cujo prazo de
duração é ajustado previamente entre o psicoterapeuta (ou analista) e o sujeito que
busca ajuda para dar conta de um “problema específico” ou seja, os efeitos de um
sofrimento psíquico que se manifesta em uma área demarcável da vida do sujeito e cuja
origem possa ser atribuída a um conflito inconsciente.
Segundo o autor, é a concordância entre paciente e terapeuta em torno da
compreensão da possível origem inconsciente do problema que dá suporte à decisão de
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