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Terapia Social E Psicologia Espírita

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Por:   •  2/9/2013  •  3.169 Palavras (13 Páginas)  •  598 Visualizações

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Terapia Social e Psicologia Espírita

(Expansões em Psicodiagnóstico, Psicoterapia Breve e Psicoterapia de Grupo)

O objetivo dessa resenha é transmitir alguns conceitos técnicos, bem como

debater alguns aspectos concretos que tenho vivenciado na prática de uma modalidade

de trabalho psicológico possível de ser realizada na área clínica, denominada

psicoterapia breve.

Procurei direcionar a minha linha de reflexão para as necessidades específicas da

ABRAPE (Associação Brasileira de Psicólogos Espíritas), e em especial para o trabalho

denominado “Terapia Social”, realizado pela instituição. O serviço designado de

Terapia Social, como sabemos, é um trabalho desenvolvido pela ABRAPE em Centros

Espíritas, e outras instituições interessadas, que consiste na disponibilização de serviços

gratuitos (portanto, de caráter social) de atendimento psicológico, tanto em âmbito

clínico quanto institucional. Os serviços podem variar, desde a realização de trabalhos

de psicoterapia breve e aconselhamento (atendimentos clínicos) até serviços amplos de

consultoria e assessoria institucional, segundo as necessidades de cada instituição.

Atualmente o principal Trabalho Social oferecido pela ABRAPE às Casas

Espíritas tem sido a Psicoterapia Breve, e isso porque de fato esse é um serviço que

historicamente surgiu na psicoterapia, entre outros motivos, com o objetivo de atender a

demanda de serviços de atendimento clínico em psicologia para populações de

instituições públicas, filantrópicas e comunidades carentes – é uma tentativa de

disponibilizar o serviço psicológico para grandes populações, aliando eficiência, custos

mais baixos de operacionalização, economia de tempo, etc.

Sabe-se que, além da Psicoterapia Breve, outras modalidades de trabalho que

possuem o mesmo objetivo são o Psicodiagnóstico e a Psicoterapia de Grupo. Essas

duas modalidades de trabalho na clínica psicológica também foram criadas com o

objetivo de oferecer à comunidade mais amplas opções de atendimento, englobando um

número maior de pessoas a serem beneficiadas em menos tempo e com menor custo.

Assim, do ponto de vista técnico, aliadas o Psicodiagnóstico, a Psicoterapia

Breve e a Psicoterapia de Grupo, os resultados em termos de disponibilidade, eficiência,

tempo, espaço, número de pessoas atendidas, etc., são maximizados exponencialmente.

Para isso, porém, há necessidade de investirmos em pesquisa científica e humana,

quanto às variáveis técnicas e práticas atuantes nessas modalidades de trabalho clínico.

Há inclusive, um razoável investimento em termos de esforços administrativos para

operacionalizar um projeto ou trabalho desse porte.

Essa resenha é uma contribuição específica ao trabalho de compreensão dos

fundamentos teóricos e técnicos da psicoterapia breve. Foi utilizado para tanto amplos

referenciais científicos e filosóficos, especialmente das duas principais escolas de

psicologia profunda – a Psicanálise e a Psicologia Junguiana - bem como da Psicologia

Espírita. Do ponto de vista filosófico e epistemológico, esse trabalho se fundamenta

numa abordagem holística que procura abordar o ser humano integral bio-psico-sócioespiritual,

a partir de uma concepção sistêmica de saúde. As considerações teóricas e

práticas dessa proposta são relacionadas a seguir.

Capítulo 1 - Algumas considerações sobre o conceito de Psicoterapia

Capítulo 2 - Psicoterapia Breve – Conceito e Fundamentação

Capítulo 3 - O manejo técnico do enquadre psicoterápico

Capítulo 4 – Histórico da Psicoterapia Breve, seus progressos científicos e suas

especificidades

Conclusão - Palavras Finais

Capítulo 2 - Psicoterapia Breve – Conceito e Fundamentação

A bibliografia especializada em psicoterapia breve é bastante numerosa na

literatura de orientação psicanalítica, embora evidentemente a psicanálise não seja a

única abordagem teórica a fundamentar um trabalho de psicoterapia breve.

No âmbito da contribuição psicanalítica, podemos salientar o trabalho de

Lowenkron (1993), sobre Psicanálise Breve. Esse autor traz o conceito de “Psicoterapia

Psicanalítica de Tempo Delimitado”, definida como um tratamento cujo prazo de

duração é ajustado previamente entre o psicoterapeuta (ou analista) e o sujeito que

busca ajuda para dar conta de um “problema específico” ou seja, os efeitos de um

sofrimento psíquico que se manifesta em uma área demarcável da vida do sujeito e cuja

origem possa ser atribuída a um conflito inconsciente.

Segundo o autor, é a concordância entre paciente e terapeuta em torno da

compreensão da possível origem inconsciente do problema que dá suporte à decisão de

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