Trabalho Dissertativo

CARLOS ALBERTO PEREITA DOS SANTOS

A IMPORTÂNCIA DAS ORDENS MENDICANTES NA RENOVAÇÃO DO QUADRO RELIGIOSO DO SÉCULO XIII

Trabalho acadêmico de Dissertação, com vistas à aprovação em disciplina História do Pensamento Cristão, para obtenção de pontuação, a ser apresentado ao Prof. Douglas Nassif, Turma 2014.1, 4ºPeríodo, do [Curso de Graduação em Teologia da — Universidade Metodista de São Paulo- FATEO.

Universidade Metodista de São Paulo

São Bernardo do Campo — Março de 2014

A importância das ordens mendicantes na renovação do quadro religioso do século XIII

Introdução:

As ordens medicantes tiveram um influencia notória na renovação religiosa no século XIII, Introduzindo novas formas de exercício do ministério. Surgiram na alta idade media no período em que as cidades voltaram a crescer e a população urbana voltou a se expandir. Houve uma maior necessidade ordens religiosas mais abertas, que pudessem conviver e pregar para a comunidade na área urbana, coisa que os monges tradicionais mais enclausurados.

O século XIII foi marcado por um novo estilo de vida ascética diferenciando-se do monasticismo que se retirou dos grandes centros urbanos para se devotar a contemplação mística. Isso se deve as ordens medicantes que foram à resposta do cristianismo ocidental aos desafios do século presente, especialmente ao combate das heresias dos albigenses, movimento que precisou contraditar suas heresias com habilidade intelectual e santidade de vida.

Duas foram às ordens mais importantes: Dominicana e Franciscana.

Dominique com o seu bispo Diego Azevedo, foram enviados por Alfonso III a uma missão diplomática no extremo sul da França. Lá encontraram alguns albigenses e tentaram convence-los de suas heresias. Diego e Dominique pediu autorização ao papa irem como missionários aos bárbaros. Mas tarde Diego retornou a sua diocese e Dominique permaneceu, considerando que se fazia necessário uma nova ordem com retorno ao monasticismo devotado a refutar as heresias por meios intelectuais.

Em 1215 d.C pediu permissão ao papa para organizar a nova ordem, mas o quarto Concílio de Latrão não aprovou as novas regras monásticas. Dominique e seus seguidores passaram a adorar as regras de Santo Agostinho. Desde então a vida monástica seguiu com estudos, oração e cuidado com as almas. A identidade espiritual da Ordem teve, desde o início, dois fundamentos. O primeiro, na pessoa de Santo Agostinho, de quem recebeu o ideal sobre a vida religiosa, especialmente a importância da busca interior de Deus, da vida comum e da disponibilidade em servir a Igreja. O segundo foi o Movimento Mendicante, pelo qual a Ordem de Santo Agostinho transformou-se numa "fraternidade apostólica", ou seja, conservando a sua dimensão contemplativa, orientou-se para o serviço da Igreja, através de múltiplos apostolados.

uma só alma e um só coração orientados para Deus - tem suas raízes na própria vida de Deus, a Trindade, cujo "amor foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" O "amor da unidade e a unidade do amor" constituem o sentido mesmo da Igreja missionária, unida à sua Cabeça, da qual provêm todos os bens - o Cristo Total.

Mais tarde ocuparam cadeiras das principais universidades como Paris e Oxford. Em Oxford foi fundado o primeiro monastério e em Paris eles tiveram seu próprio centro de estudo. Com a desintegração as Universidade em 1229 dC., estudantes seculares são admitidos