Trabalho dos saduceus
Tese: Trabalho dos saduceus. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 21/9/2014 • Tese • 1.117 Palavras (5 Páginas) • 209 Visualizações
Trabalho dos Saduceus
Sabemos que existiram nos últimos dois séculos do Segundo Templo, em completa discórdia com os fariseus. O nome parece proceder de Sadoc hierarca da família sacerdotal dos filhos de Sadoc, que segundo o programa ideal da constituição de Ezequiel devia ser a única família a exercer o Sacerdocio na nova Judeia. De modo que, dizer saduceus era como dizer "pertencentes ao partido da estirpe sacerdotal dominante". Diferiam dos fariseus por não aceitarem a tradição oral. Na realidade, parece que a controvérsia entre eles foi uma continuação dessa hostilidade que havia começado no templo dos macabeus, entre os helenizantes e os ortodoxos. Com efeito, os saduceus, pertencendo à classe dominadora, tendo a miudo contato com ambientes helenizados, estavam inclinados a algumas modificações ou helenizações. O conflito entre estes dois partidos foi o desastre dos últimos anos da Jerusalém judia.
Suas doutrinas são: Quase desconhecidas, não havendo ficado nada de seus escritos. A Bíblia afirma que eles não criam na ressurreição, tendo até tentado enlaçar Jesus com uma pergunta ardilosa sobre esse conceito. Com muita probabilidade, ainda que rechaçando a tradição farisaica, possuiram uma doutrina relativa à interpretação e à aplicação da lei biblica. O único que nos oferece alguns dados sobre suas doutrinas é Flavio Josefo que, por ser fariseu e por haver escrito para o público greco-romano, não é digno de muita confiança.Parece provável que as divergências entre saduceus e fariseus foram mais que dogmáticas, foram jurídicas e rituais. Com a queda de Jerusalém, a seita dos saduceus extinguiu-se. Ficaram, porém suas marcas em todas as tendências anti-rabínicas dos primeiros séculos (D.C.) e da época medieval.
"Quem eram os saduceus?”
A Bíblia menciona frequentemente os saduceus, especialmente no Novo Testamento, já que Jesus estava em constante conflito com eles. Os saduceus formavam a classe espiritual dominante de Israel. Há muitas semelhanças entre os dois grupos, assim como diferenças importantes.
Os saduceus - Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, aqueles que eram saduceus eram aristocratas. Eles tinham a tendência de ser ricos e de ocupar cargos poderosos, incluindo o cargo de primeiro sacerdote e de sumo sacerdote. Eles também ocupavam a maioria dos 70 lugares do conselho regente chamado de Sinédrio. Eles trabalhavam muito duro para manter a paz através de sempre seguir as decisões de Roma, Israel nesta época estava sob o controle romano e, na realidade, pareciam estar mais preocupados com a política do que com o religioso. Porque eles estavam sempre tentando acomodar os gostos de Roma, e porque eles eram ricos e da classe alta, eles não se relacionavam bem com o homem comum nem o homem comum os enxergava com alta estima. O homem comum se relacionava melhor com aqueles que pertenciam ao grupo dos fariseus. Embora os saduceus ocupassem a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que a maior parte do tempo eles tinham que concordar com as ideias da minoria farisaica, já que os fariseus eram os mais populares com o povo.
Religiosamente, os saduceus eram mais conservadores na área de doutrina do que os fariseus. Os fariseus enxergavam a tradição oral como tendo autoridade igual à Palavra escrita de Deus, enquanto os saduceus consideravam apenas a Palavra Escrita como sendo de Deus. Os saduceus trabalhavam arduamente para preservar a autoridade da Palavra escrita de Deus, especialmente os livros de Moisés (Gênesis até Deuteronômio). Enquanto eles poderiam ser elogiados por isso, eles definitivamente não foram perfeitos em suas opiniões doutrinárias. Segue-se uma breve lista de suas crenças que contradizem as Escritura:
Eles eram extremamente auto-suficientes, ao ponto de negar o envolvimento de Deus na vida quotidiana.
Eles negaram qualquer ressurreição dos mortos (Mateus 22:23; Marcos 12:18-27). Vida depois da morte, defendendo a crença de que a alma perecia com a morte; eles acreditavam que não há qualquer penalidade ou recompensa depois da vida terrena.
Eles negaram a existência de um mundo espiritual, ou seja, anjos e demônios (Atos 23:8).
Porque os saduceus estavam mais preocupados com a política do que com a religião, eles não se preocuparam com Jesus até quando as coisas chegaram ao ponto de que Jesus iria chamar a atenção indesejada de Roma. Foi a esta altura que os fariseus e saduceus se uniram e planejaram que Cristo fosse morto (João 11:48-50; Marcos 14:53; Marcos 15:1). Outras passagens que mencionam os saduceus são Atos 4:1, Atos 5:17, e os saduceus foram implicados na morte de Tiago pelo historiador Flávio Josefo (Atos 12:1-2).
Sua Existência
Os saduceus deixaram de existir em 70 D.C. Já que este grupo existia por causa de seus laços políticos e sacerdotais, quando Roma destruiu Jerusalém e o Templo em 70 D.C., os saduceus também foram destruídos.
Religião e tradição
Religiosamente, eles enxergavam a Palavra Escrita como inspirada por Deus. Na época do ministério terreno de Cristo, a Palavra Escrita teria sido o que é agora o nosso Antigo Testamento. No entanto, eles também enxergavam a tradição oral com a mesma autoridade e tentaram defender sua posição ao argumentar que estas tradições podiam ser traçadas de volta para Moisés. Isso era nada menos do que legalismo. Estas tradições tinha evoluído ao longo dos séculos, acrescentando à Palavra de Deus, e isso era proibido (Deuteronômio 4:2; Apocalipse 22:18-19).. importantes.
Embora os saduceus tenham deixado de existir após a destruição de Jerusalém e do Templo por serem um grupo em grande parte de natureza política, os fariseus, os quais estavam muito mais preocupados com o estado religioso de Israel, continuaram a existir muito além da destruição de Jerusalém. Na verdade, os fariseus eram contra a rebelião que causou a destruição de Jerusalém em 70 D.C, e foram os primeiros a fazer a paz com os romanos depois.
Tanto os fariseus quanto os saduceus foram muito censurados por Jesus. Talvez a melhor lição que podemos aprender com os fariseus e saduceus é a de não ser como eles. Ao contrário dos saduceus, devemos acreditar em tudo o que a Bíblia diz, incluindo no supernatural e em vida após a morte. Ao contrário dos fariseus, não devemos tratar tradições como tendo igual autoridade com a Escritura, e não devemos permitir que o nosso relacionamento com Deus seja reduzido a uma lista legalista de regras e rituais.
Quase da mesma época dos fariseus, os saduceus eram membros de um partido religioso ou seita judaica, recrutados entre as famílias sacerdotais. Negavam a ressurreição e a existência de anjos e espíritos. Foram censurados publicamente por João Batista e por Jesus: "Cuidado, acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus" (Mt 3.7; 16.6). Fariseus e saduceus nutriam grande ódio a Jesus e estavam sempre tramando algo para incriminá-lO e levá-lO à morte (Lc 19.47).
Referencias Bibliográficas
DOUGLAS J.D. O NOVO DICIONÁRIO DA BIBLIA. SÃO PAULO: EDITORA VIDA, 1995.
The New Lion Handbook to the Bible. 978-85-311-1118-1
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