O PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) DO CURSO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Por: Gabriela Castilho • 13/9/2021 • Projeto de pesquisa • 2.501 Palavras (11 Páginas) • 284 Visualizações
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE TURISMO
PROJETO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO (TCC) DO CURSO DE TURISMO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
JUIZ DE FORA – MG
2021
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE TURISMO
GABRIELA FILGUEIRAS DE CASTILHO
TURISMO COLABORATIVO: A HOSPITALIDADE NA PLATAFORMA DIGITAL COUCHSURFING
JUIZ DE FORA – MG
2021
TÍTULO DO PROJETO: Turismo colaborativo: a hospitalidade na plataforma digital Couchsurfing
NOME DO ALUNO: Gabriela Filgueiras de Castilho
E-MAIL DO ALUNO: gabijf2005@hotmail.com
PROFESSOR ORIENTADOR: Mariana Rodrigues da Costa Neves
E-MAIL DO PROFESSOR ORIENTADOR: mariana.neves@ufjf.br
- APRESENTAÇÃO DO TEMA DE PESQUISA
TEMA: O turismo colaborativo e a hospitalidade a partir da plataforma digital Couchsurfing.
- PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA
O Turismo é um fenômeno complexo e deve ser olhado de uma maneira interdisciplinar, que desafia cada vez mais, nos dias de hoje, não somente àqueles que o têm como seu objeto de estudo, mas também às instituições, entidades, e ao mercado que o envolve. São diversas as razões que motivam um turista a se deslocar de sua casa para outro local, gerando assim, não somente uma considerável importância econômica e de “números”, mas principalmente algo além disso, o encontro com o “outro”, a oportunidade de uma vivência e de um intercâmbio cultural e social entre os que visitam e os que são visitados.
Os processos que o envolvem e o acompanham são importantes fontes que devem ser analisadas e estudadas, pois é através do conhecimento de seus aspectos subjetivos e objetivos que se poderá propiciar um desenvolvimento mais humano e sustentável do Turismo.
Essa mobilização ocasionada pelo turismo gera mudanças de comportamentos em diferentes setores, principalmente na hospedagem. Neste setor, a hospitalidade é fundamental, pois se caracteriza como ponto de entrada para volta e permanência na localidade ou no empreendimento. De acordo com Bueno (2016, p. 5):
quem recebe o outro em sua casa, em seu Estado, em seu país, em sua empresa obedece a um ritual culturalmente codificado e que vai gerar um compromisso – compromisso de retribuir, de ser grato – e é a condução correta desse ritual que vai redirecionar a relação (2016, p.5).
Nesse sentido, o vínculo realizado ao receber um hóspede em sua casa, - no qual os gestos de receber, contribuir, trocar apresentam-se -, assemelha-se na hotelaria, em que o cliente deve se sentir acolhido e confortável.
Plataformas de consumo colaborativo, que facilitam essas movimentações de pessoas, diminuindo a burocracia nas hospedagens e possibilitando novas conexões sociais vêm se destacado no cenário contemporâneo, com caráter inovador permitindo uma proximidade entre hóspedes e anfitriões. Ressalta-se, contudo, que essas questões sugerem mais estudos sobre o tema, no sentido de analisar e descobrir a segurança e insegurança dos usuários em relação as plataformas e às hospedagens.
Nessa perspectiva, procuramos estabelecer uma relação entre o turismo colaborativo e a hospitalidade através da análise do aplicativo Couchsurfing. Esse aplicativo é um serviço de hospitalidade com base na Internet, ou seja, não possui estrutura física fixa, criado em 2004 por Daniel Hoffer, Casey Fenton, Sebastian Le Tuan e Leonardo Bassani da Silveira, o site conta hoje com mais de 14 milhões de membros em 200 mil cidades do mundo. (COUCHSURFING, 2017)
O objetivo do aplicativo é o intercâmbio cultural, baseado na noção de hospitalidade, propondo alterar a forma de relacionamento entre turistas e comunidade local. Ele oferece a possibilidade do turista se hospedar na residência de um habitante local, proporcionando a expansão de conhecimentos gerados no intercâmbio cultural, logo que incluiria a vivência cotidiana. O anfitrião, nesse sentido, poderia levar o hóspede a lugares mais frequentados pelos moradores da cidade, como restaurantes e praças, propiciando um melhor conhecimento dos hábitos da comunidade, fazendo com que a viagem do turista não se restrinja a visitas apenas aos locais turísticos.
Ressalta-se, contudo, que
De acordo com Dutra a rede social vem crescendo aceleradamente, com mais de 10 mil novos registros por semana, sugerindo mais estudos sobre o tema, justamente por ser um fenômeno relativamente recente, gera curiosidade acerca da prática. A literatura sobre o assunto ainda é escassa, o que mostra a importância da realização de mais pesquisas, a fim de disponibilizar mais material para consulta.
Diante desse contexto nos questionamos:
- De que maneira o aplicativo tem contribuído para o turismo colaborativo?
- O Aplicativo é realmente uma plataforma “hospitaleira”?
- Quais os riscos à segurança pessoal os hóspedes e os anfitriões poderiam encontrar?
- OBJETIVO GERAL
Este trabalho tem como objetivo compreender o turismo colaborativo e a hospitalidade, enquanto facilitadores de novas conexões sociais, através do Aplicativo Couchsurfing.
- OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Debater a relação entre turismo colaborativo e hospitalidade;
- Identificar o sistema de possíveis trocas (materiais e imateriais) realizadas entre hóspedes e anfitriões do Couchsurfing;
- Identificar possíveis falhas de segurança do aplicativo;
- REFERENCIAL TEÓRICO
A palavra hospitalidade provém do Latim “hospitium” que significa o ato de receber e hospedar o estrangeiro, e a ideia de hospitalidade, de acordo com Walker (2002, p. 4), é tão antiga quanto à própria civilização. A hospitalidade teve seu início na Grécia e Roma, por volta de 1.700 a.C, onde as pessoas viajavam para ver os Jogos Olímpicos a cada 4 anos e consequentemente das longas viagens que isso ocasionou.
O aumento das viagens e das trocas comerciais estimulou o surgimento de acomodações para pernoite. Não apenas Olímpia, mas em vários pontos do percurso foram criados pontos de alojamento alimentação e transporte para esses primeiros turistas a lazer.
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