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FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL E QUESTÕES INDÍGENAS NOS CONTEÚDOS CURRICULARES DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO DE IMPERATRIZ

Por:   •  7/3/2019  •  Artigo  •  2.480 Palavras (10 Páginas)  •  220 Visualizações

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FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL E QUESTÕES INDÍGENAS NOS CONTEÚDOS CURRICULARES DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO DE IMPERATRIZ

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira - UFMA

Francisco Hudson Coelho Frota - UFMA

Brauliene Araújo Neves - UFMA

RESUMO

Estudo sobre a Formação para a educação das relações étnico-raciais e questões indígenas no curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão de Imperatriz. Diante das poucas abordagens sobre as questões étnico-raciais e indígenas vivenciadas no curso, surgiu curiosidade de saber qual a proposta do curso para o processo de formação para a educação dos alunos em relação a estas questões. Objetivou-se conhecer a proposta do curso para estas questões e identificar em quais conteúdos disciplinares está evidente estas abordagens. Fez-se um Estudo documental, a partir do Projeto Político Pedagógico do curso com análise das ementas e formam a estrutura curricular. Analisado os conteúdos curriculares do curso e as ementas das disciplinas que abordam sobre relações étnico-raciais e questões indígenas. Dos 37 conteúdos disciplinares, conforme a estrutura Curricular do Projeto Político Pedagógico do Curso, três disciplinas aborda esta questão, contudo, como estratégias de ensino se limitam à discutir sobre como se dá a compreensão da identidade étnico-racial e questões indígenas apenas em sala de aula, sem vivência mais interativa e prática. Concluiu-se que embora exista a preocupação do curso em abordar o aspecto étnico-racial e indígena de forma mais significativa com os alunos, há necessidade de maior ênfase com vivência, discussão e incentivo para a produção científica, o que além de atender as Diretrizes Curriculares Nacionais de Licenciatura em Pedagogia, estaria pontualmente difundindo o conhecimento, o respeito, os direitos e as diversidades sociais e culturais para além da sala de aula, seja com práticas e vivências com as comunidades negras e indígenas.

Palavras-Chave: Pedagogia. Étnico-raciais. Indígenas.

FORMAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO ÉTNICO-RACIAL E QUESTÕES INDÍGENAS NOS CONTEÚDOS CURRICULARES DO CURSO DE PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO DE IMPERATRIZ

Cecilma Miranda de Sousa Teixeira - UFMA

Francisco Hudson Coelho Frota - UFMA

Brauliene Araújo Neves - UFMA

1 INTRODUÇÃO

O Curso de Pedagogia do Centro de Ciências Sociais Saúde e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão, na sua estruturação, funciona no turno noturno, sendo os estágios diurno, regime seriado semestral, com entrada de 50 alunos por semestre, tempo de integralização regulamentar de 9 semestres. Foi implantado a partir das políticas educacionais de interiorização do ensino superior nas universidades públicas, segundo proposta do MEC em 1979 e a primeira turma ingressou no primeiro semestre de 1980.

No que tange aos conteúdos referentes aos povos indígenas e quilombolas, Passos (2014) ressalta que o avanço político e pedagógico ocorre como resultado de lutas sociais, porém com necessidade de contextualizar os cenários políticos.

Neste sentido, segundo Brasil (2006) as Diretrizes Curriculares do Curso de Licenciatura em Pedagogia, destaca que os pedagogos devem atuar como agentes interculturais, com vistas à valorização e o estudo de temas indígenas relevantes.

Com isto, acredita-se ser importante que as Universidades ao formarem pedagogos, direcionem um olhar crítico, reflexivo para que eles sejam capazes de estabelecer relações de respeito pelo diferente.

Nesta ótica questionou-se: que estratégias o Curso de Pedagogia da UFMA de Imperatriz, tem adotado para a formação educativa dos alunos do curso em relação às questões étnico-raciais e as questões indígenas?

Tem-se como hipótese que estas abordagens, não são suficientes para promover uma formação dos alunos do curso em relação às questões étnico-raciais e as questões indígenas.

Partindo da premissa que muito se tem discutido sobre as questões de diferenças igualdades, desigualdades, percebe-se um desencontro entre o discurso e a realidade. Ademais a região a qual está inserido o município de Imperatriz, existe diversas etnias indígenas, o que justifica este estudo, principalmente, por se almejar conhecer a proposta de abordagem do curso em relação a estes aspectos.

E para tanto, objetivou-se conhecer a proposta do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Maranhão de Imperatriz para estas questões e identificar em quais conteúdos disciplinares estão evidentes as abordagens sobre as relações étnico-raciais, considerando os povos indígenas.

2 EDUCAÇÃO ETNICO-RACIAL NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO

A formação do profissional Pedagogo, segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), vislumbra um sentido ampliado, não se restringindo a ministrar aulas. Desta forma, busca articular o trabalho pedagógico que tem em sua essência a docência, com o ensino a ser desenvolvido em espaços escolares e extraescolares, como cita o parecer CNE/CP n. 05/2005. A docência deve ser compreendida como uma ação educativa enquanto que o processo pedagógico deve ser entendido como um aspecto metódico e intencional, a partir da sua construção com base nas relações sociais, étnico-raciais e produtivas, que por sua vez influenciam conceitos, princípios e objetivos da pedagogia (BRASIL, 2006).

Educar para as relações étnico-raciais, apesar do estabelecimento de leis, observa-se que existe necessidade de ir além, devendo considerar o diálogo entre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas e religiosas próprias à cultura do povo indígena, sobretudo, na formação de profissionais. Neste sentido, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, que foram instituídas pela RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, de15 de maio de 2006, em seu Art. 5º - Refere que o egresso do curso de Pedagogia deverá estar apto a:

XVI - estudar, aplicar criticamente as diretrizes curriculares e outras determinações legais que lhe caiba implantar, executar, avaliar e encaminhar o resultado de sua avaliação às instâncias competentes. § 1º No caso dos professores indígenas e de professores que venham a atuar em escolas indígenas, dada a particularidade das populações com que trabalham e das situações em que atuam, sem excluir o acima explicitado, deverão: I - promover diálogo entre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas e religiosas próprias à cultura do povo indígena junto a quem atuam e os provenientes da sociedade majoritária; II - atuar como agentes interculturais, com vistas à valorização e o estudo de temas indígenas relevantes (BRASIL, 2006, p. 3).

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