A Importância Da Leitura

Segundo Weil (2003), a todo instante falamos, gesticulamos ou fazemos mímicas e assim estabelecemos a comunicação entre os indivíduos.

A boa comunicação, aquela em que a mensagem é compreendida tal como fora enviada, depende do conhecimento do mecanismo de uma comunicação, que é composta pelo emissor (quem envia a mensagem), pelo receptor (a quem a mensagem se destina), pelo canal (o percurso que a mensagem faz do seu emissor até o seu receptor) e pela própria mensagem.

Para Rector e Trinta (1999), nosso corpo confirma, enfatiza, complementa e até mesmo contradiz o que queremos comunicar verbalmente. A comunicação verbal é consciente, ou seja, pensamos antes de falar, escolhemos palavras adequadas para cada situação e avaliarmos os efeitos que elas podem causar.

Ao contrário, a linguagem corporal é inconsciente. O corpo demonstra sentimentos por meio das reações corporais. Isso significa que por mais que afirmemos gostar de alguma coisa, se na verdade não gostarmos, o corpo demonstra. A linguagem corporal permite, assim, a identificação de algo que se pretende esconder. Um observador ciente de que o corpo fala pode identificar com facilidade as mensagens enviadas via movimentos corporais e decifrá-las, precisando se estamos à vontade durante o discurso ou não, pois o corpo não consegue contradizer o que sente, ao contrário da mente que é capaz de escolher palavras convenientes ao que deseja falar.

A criança, antes de aprender o uso da palavra, recorre, constantemente, à comunicação por meio do corpo, por meio de movimentos que demonstram suas necessidades fisiológicas e afetivas. Assim, ao adquirir a linguagem oral, aqueles que a cercam costumam dar menos importância às manifestações do corpo, como se a linguagem corporal chegasse ao fim, o que é um equívoco. A linguagem corporal ocorre durante toda a vida.

Para Gallardo (2008), a linguagem corporal é responsável por 60% de toda nossa comunicação, o que faz da percepção um sentido tão importante quanto a audição. Isto implica dizer que, no diálogo, identificar o que o outro comunica por meio do corpo é tão significativo quanto ouvir o que ele diz.

Ferreira (2001) afirma que a linguagem corporal indica intenções que não são conscientemente expressas por palavras. Em determinadas situações, expressar algum sentimento é mais simples a partir de um sorriso ou um silêncio. Para ele, as reações corporais são um complemento à comunicação verbal e têm como função o auxílio na comunicação do ser humano, podendo ser definida como principal meio de expressão e comunicação dos aspectos emocionais. A comunicação verbal e a não verbal caminham de mãos dadas e se completam em todas as mensagens. Ferreira (2001) lembra que “nenhum movimento ou expressão corporal é destituído de significado no contexto em que se apresenta e, por conseguinte, estão sujeitos a uma análise sistemática”. Ainda destaca o contato visual, os gestos, as expressões faciais, a postura e os movimentos da cabeça como áreas de estudo da linguagem corporal.

Os professores podem descobrir muito sobre seus alunos a partir da linguagem corporal, haja vista que seus corpos exalam informações a todo o momento. Estejam eles brincando no recreio ou sentados em suas carteiras obedecendo à disciplina exigida em sala de aula, seus corpos falam. Falam da vontade ou não de estarem ali e falam da compreensão das informações prestadas pelo professor por meio dos conteúdos.

Por meio da linguagem corporal, o professor pode obter relevantes informações,