A PSICANALISE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Por: Deborah Rodrigues • 15/11/2017 • Trabalho acadêmico • 544 Palavras (3 Páginas) • 162 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS – UNIFAL
ALUNA: DÉBORA APARECIDA RODRIGUES
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO III
A PSICANALISE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES ( REFLEXOES )
A relação entre psicanálise e educação vem de longa data, quando Freud se interessou pela pedagogia na intenção de possibilitar melhor compreensão por parte dos educadores sobre o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
O professor exerce grande influencia nos alunos e no seu desenvolvimento, pois até irem para a escola, a relação efetiva que as crianças têm e dirigida ao pai, e á partir da escola ela é transferida também ao professor. Dessa maneira o professor é um objeto de transferência e está intimamente ligado á imagem não somente mais do pai, mais também da mãe, do irmão, avô, etc., ou seja, pessoas por ele respeitadas.
A finalidade da educação é instaurar o principio de realidade, ou seja, permitir ao individuo passar da pura satisfação, para o universo simbólico. E essa entrada se dá pela linguagem.
A psicanálise, ao colocar a linguagem como marca do tempo, possibilita uma aproximação com a educação, principalmente a respeito do professor, da sua importância quanto àquilo que diz a criança, o que é dito para ela.
Sendo assim não basta a criança possuir inteligência satisfatória para se desenvolver, é necessário também uma educação efetiva que lhe permita desenvolver sensibilidade relacional com os outros. A escola é um meio importante para o desenvolvimento das relações efetivas da criança com os adultos, assim como também com as crianças da mesma idade.
A criança chega à escola trazendo consigo experiências vividas com a família, com suas frustrações e recalcamentos de seu dilema interior, com suas historias e desejos. A escola deve então oferecer a criança através de múltiplas situações e em forma de atividades, um meio de verbalizar suas ações. Então é dessa maneira que a psicanálise ajuda o educador a compreensão profunda do sujeito, não mantendo o aluno numa relação de submissão e autoridade ao professor. Assim o professor resolve suas próprias dificuldades e ajuda o aluno a resolver as dele.
O lugar da sala de aula constitui num encontro de vários sujeitos, com múltiplas transferências. É, portanto necessário construir espaços de escuta que possibilitem o desenvolvimento do inconsciente dos sujeitos envolvidos na relação professor – aluno. Por isso é necessário desenvolver subsídios para uma formação de professores que permitam criar praticas pedagógicas que atendam suas próprias necessidade e as dos alunos em desenvolvimento.
O educador tem que renunciar atividades excessivamente programadas, obsessivamente controladas. O professor não deve de maneira alguma se anular como sujeito desejante ou impedir aquilo que o aluno deseja. O conhecimento mútuo é o que permitirá ao professor, ensinar verdadeiramente, e ao aluno, desejar aprender e construir o saber.
A psicanálise privilegia então a escuta da palavra e da relação do sujeito com o saber, tem em comum com a educação a preocupação da pessoa na sua singularidade, uma vez que provoca investimentos e emoções que permitem analises. Torna-se mais fácil quando ao professor compreender sua pratica, quando esta é escutada por alguém de fora da instituição de ensino. A psicanálise é então um método de trabalho que nos inspira a nós mesmo.
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