A Síndrome Metabólica
Por: Jéssica Almeida • 25/5/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 1.422 Palavras (6 Páginas) • 225 Visualizações
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CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA
FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO I
Benefícios dos exercícios físicos para síndrome metabólica
Professor da Disciplina:
Profº.Gustavo Dias F.
Acadêmica do Curso de Licenciatura em Educação Física:
Jéssica Almeida Isbarrola
Uruguaiana
2015
Atividade física e síndrome metabólica
Nos últimos anos a “moda” é praticar exercícios. O aumento do incentivo deu-se pelo fato da sociedade estar muito sedentária e com hábitos alimentares nada saudáveis, e com esses fatores houve um aumento nas patologias. Sabe-se hoje, que exercitar-se provoca bem estar mental e fisiológico. A atividade física ajuda a melhorar diversas doenças e, principalmente, as relacionadas à síndrome metabólica.
A síndrome metabólica é o agrupamento de fatores de riscos, na sua maioria modificáveis, precursores principalmente do diabetes tipo 2, da doença coronariana, da obesidade abdominal, dos elevados níveis de triglicerídeos e baixos níveis de HDL-colesterol, da hipertensão arterial e interligando-se a estas alterações metabólicas está a resistência à insulina.
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EXERCÍCIO E OBESIDADE
A obesidade pode ser conceituada como o acúmulo excessivo de gordura, provocando prejuízos à saúde do indivíduo e a sua vida social. Ela envolve fatores genéticos, nutricionais, inatividade física, disfunção endócrina e hipotalâmica, utilização de medicamentos e na grande maioria das vezes, se dá pela inadequação alimentar e o sedentarismo.
Conforme WILMORE, “A obesidade possui uma origem complexa e suas causas específicas indubitavelmente diferem de uma pessoa à outra.” (WILMORE; COSTIL, 2001).
Os benefícios que os exercícios trazem são: aumento do gasto calórico, diminuição da perda de tecido magro, elevação do metabolismo, perda de peso, melhor distribuição do tecido adiposo, melhora do perfil lipoprotéico, redução da pressão arterial, melhora o desempenho aeróbico, melhora o processo oxidativo, utilização do lipídio como fonte de energia na contração muscular etc.
Para se ter bons resultados, a atividade física tem que estar associada a uma reeducação alimentar. Quando se trata apenas de dieta, perde-se massa magra, o que não é muito satisfatório.
Em circunstâncias normais, a atividade física é responsável por entre 15 e 30% do gasto energético.
Gasto energético aproximado por hora de uma pessoa (45, 68 e 90kg) fazendo atividade física | |||
Atividade | 45kg | 68kg | 90kg |
Pedalar 10km/h Caminhar 3,2km/h Caminhar 4,8km/h Caminhar 7,2km/h Trotar 11km/h Correr 16km/h Nadar | 160 160 210 295 610 850 185 | 240 240 320 440 920 1.280 275 | 312 312 416 572 1.230 1.660 385 |
EXERCÍCIO E RESISTÊNCIA À INSULINA
A insulina é um hormônio peptídico secretada no sangue pelas células β das Ilhotas de Langherans do pâncreas. A liberação do hormônio é estimulada pelo aumento dos níveis de glicose, ácidos graxos e aminoácidos. A resistência à ação da insulina no músculo esquelético é uma das principais características em indivíduos diabéticos, ela pode estar associada a uma resposta pequena durante o processo de fosforilação e ativação dos transportadores de glicose pela insulina. Devido a baixa atividade mitocondrial e do aumento na produção reativas de oxigênio, os quais induzem estresse oxidativo.
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“Benefício do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina é demonstrado tanto com o exercício aeróbio como com exercício resistido. O mecanismo pelo qual essas modalidades de exercício melhoram a sensibilidade à insulina parece ser diferente, o que sugere que a combinação das duas modalidades de exercício pode ser aditiva.” (CIOLAC, Emmanuel Gomes; GUIMARÃES, Guilherme Veiga. Exercício físico e síndrome metabólica. Pág. 320)
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EXERCÍCIO E DIABETES DO TIPO 2
O diabetes Tipo II é uma doença crônica que afeta o metabolismo da glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes pode ter uma resistência a insulina ou não produzir insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. É caracterizada por alimentação inapropriada e sedentarismo, o diabetes Tipo II é cada vez mais frequente na nossa rotina. Qualquer pessoa pode ter diabetes Tipo II, mas há alguns fatores que aumentam o risco:
- Idade acima de 45 anos
- Obesidade e sobrepeso
- Diabetes gestacional anterior
- Histórico familiar de Diabetes Tipo II
- Pré-diabetes
- Sedentarismo
- Baixos níveis de colesterol HDL
- Triglicerídeos elevados
- Hipertensão
- Consumo elevado de álcool.
O exercício físico regular é capaz de aumentar a expressão de um receptor chamado GLUT4 nas células dos músculos, responsável por introduzir a glicose nas células. Com aumento de GLUT4, a insulina funciona melhor, e a glicose baixa no sangue.
Além do benefício sobre a glicose, os exercícios físicos são capazes de reduzir o peso e a gordura abdominal, melhora colesterol, normaliza a pressão arterial, reduz a chance de problemas cardiovasculares. Os benefícios podem ser classificados em:
- Curto prazo: metabólicos, aumento da ação da insulina, aumento da captação de glicose, a diminuição da glicose sanguínea.
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