A poesia de Drummond
Seminário: A poesia de Drummond. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Lo.trab • 29/4/2014 • Seminário • 507 Palavras (3 Páginas) • 354 Visualizações
A poesia de Drummond
1ª pessoa:
Quando se diz que Drummond foi o primeiro grande poeta a se afirmar depois das estreias modernistas, não se está querendo dizer que Drummond seja um modernista. De fato herda a liberdade linguística, o verso livre, o metro livre, as temáticas cotidianas. Mas vai além. "A obra de Drummond alcança um coeficiente de solidão, que o desprende do próprio solo da História, levando o leitor a uma atitude livre de referências, ou de marcas ideológicas, ou prospectivas". Carlos Drummond a partir da dialética "eu x mundo", desdobrando-se em três atitudes:
* Eu maior que o mundo — marcada pela poesia irônica
* Eu menor que o mundo — marcada pela poesia social
* Eu igual ao mundo — abrange a poesia metafísica No final da década de 1980, o erotismo ganha espaço na sua poesia até seu último livro.
Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Morte: 17/08/1987
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros deDrummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.
O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.
1987 - No 31 de janeiro escreve seu último poema, "Elegia a um tucano morto" que passa a integrar "Farewell", último livro organizado pelo poeta.
2º Pessoa:
Livro: O avesso das coisas
* Nossa capacidade de amar é limitada, e o amor infinito; este é o drama.
* Ao contrário do amor, o amor-próprio não acaba nunca.
* Se há dois Testamentos, o Antigo e o Novo, conviria instituir um terceiro, para acabar com as contradições entre eles.
* O Brasil é um país novo que se imagina velho, e um país velho que se supõe novo.
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