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ANÁLISE PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO EM TEXTOS ORAIS E ESCRITOS

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Por:   •  18/6/2014  •  6.584 Palavras (27 Páginas)  •  910 Visualizações

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SE PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO EM TEXTOS ORAIS E ESCRITOS

Priscila Rose Junges

Elias Professor Elias José Mengarda

Universidade Federal de Santa Maria – UFSM

UFSM-FW

Setembro de 2012

Resumo

O objetivo desse artigo é abordar os componentes pragmáticos da comunicação de uma forma simples citando exemplos. Os linguistas Austin, Ducrot, Grice, deixaram uma grande contribuição sobre os componentes da pragmática com suas teorias da enunciação, dos atos de fala e as máximas conversacionais. Esses linguistas foram e ainda são muito estudados por outros linguistas que vão aperfeiçoando detalhes de seus estudos.

Palavras-Chave: Pragmática; Teoria da Enunciação; Atos de Fala; Máximas conversacionais.

1 INTRODUÇÃO

O objetivo desse artigo é estudar os componentes da pragmática. Austin desenvolveu um estudo sobre os atos de fala que consiste basicamente no poder de realização de um enunciado. Por exemplo: se alguém falar eu te perdoo. Esse ato de perdoar se realiza com esse enunciado, justamente porque não há uma maneira concreta de manifestar o perdão. Esse é um exemplo entre as muitas possibilidades que Austin estudou, sendo que outras serão mostradas ao longo desse artigo. O filósofo e linguista Paul Grice traz para a linguagem um caráter mais humano porque em seus estudos as pessoas são vistas como um ser psicológico, consiente e individual. Na sua concepção para se estudar verdadeiramente um enunciado deve-se levar em consideração o ambiente e as condições em que ele é produzido. Ducrot desenvolveu vários estudos sobre enunciação.

2 OBJETO DE ESTUDO DA PRAGMÁTICA DA COMUNICAÇÃO

As teorias que definem e diferem a semântica da pragmática se referem aos operadores e conectores de argumentos. Para estuda-los é necessário levar em conta as condições em que esses argumentos do discurso são produzidos, o ambiente em que ele é produzido e o uso pelos falantes de determinada língua. Essas condições são externas a linguagem.

A pragmática estuda a linguagem como ação/atividade. Ela pode aparecer em uma sequencia de duas ou mais palavras ou em uma frase de qualquer tamanho. Mas ela normalmente aparece em uma sequencia linguística maior que uma frase (texto). A pragmática tem como objetivo estudar a interação social humana através da linguagem, procurando descobrir como as pessoas interagem através da língua, de que forma, com que propósitos e com que resultados.

Existem muitas formas de abordar a pragmática. Ela assume uma forma diferente para cada auditório que se dirige. Nós fazemos coisas quando falamos, porque o que alguém fala cria e modifica as expectativas, as crenças e os desejos de quem ouve.

A performatividade é a linguagem que não representa somente a realidade. A linguagem age sobre aquilo que se fala e age sobre quem fala. Ela pode ser representada de forma verbal, gestual, pela linguagem do silêncio. A linguagem é algo simbólico que media a nossa relação com o mundo. A pragmática se preocupa com o que um enunciado causa. Esse efeito varia de acordo com a situação. Por exemplo: se um médico receitar algum remédio dizendo que aquilo vai ajudar o paciente melhorar é diferente de uma dona de casa que prepara um chá para alguém da família dizendo- lhe que ele irá melhorar. As afirmações do médico e da dona de casa não provocam o mesmo efeito pragmático, porque os dois contextos são diferente. Enquanto o médico está em seu consultório e entende os medicamentos, a dona de casa esta em sua casa e entende de chás. Além disso, o paciente vai ter uma avaliação diferente da competência desses.

A pragmática não lida com princípios absolutos de interpretação. O receptor não entende sempre exatamente o que o emissor defende. O receptor tem uma autonomia porque ele vai entender o que ouviu de acordo com seus conceitos acumulados durante a vida. Ex: O que um médico disser para seu paciente, pode ser entendido de outra forma. Outro exemplo: Especialistas da mesma área ou área parecida podem trocar conhecimentos e resolver algumas controvérsias.

Tudo o que é falado é um código que deve ser conhecido pelo locutor e pelo interlocutor. Mas o significado desse código que o emissor esta querendo passar será entendido de diferentes formas pelas pessoas que estão ouvindo. Por exemplo: o que um médico fala será entendido de formas diferentes pelas pessoas de diferentes níveis intelectuais.

No final todo discurso técnico do emissor tem que estar associado às necessidades do receptor. Ex: O médico terá que traduzir todo seu conhecimento teórico em uma explicação simples das causas dos sintomas do paciente, para que este possa entender.

2.1 TEORIA DA ENUNCIAÇÃO

Antes de entender o que é uma enunciação é necessário diferenciar o que é frase e o que é enunciado. A frase é uma sequencia linguística que precisa estar organizada de uma forma que seja gramaticamente aceita. O enunciado é uma frase junto com a situação que ela é produzida.

Exemplo de frase: O dia está bonito.

Exemplo de enunciado: O dia está bonito! Está frase foi dita por Raquel, quando ela colocou o pé fora de casa nessa manha, e ficou animada e surpresa com o dia ensolarado.

A teoria da enunciação fala sobre as condições do momento em que um enunciado é produzido, considerando tempo, lugar, imagens recíprocas, relações sociais, papeis representados pelos envolvidos, e objetivos visados com esse enunciado. Essa teoria tem como objetivo discutir que o que é dito nem sempre tem um sentido literal.

O modo como alguém profere um enunciado, pode ter diferentes significados. Quando alguém fala que “o dia está bonito”, isso pode ter vários sentidos: pode ser uma constatação; pode ser uma demonstração de surpresa; pode ser um convite ou uma sugestão para o passeio; pode ser uma ironia (quando estiver chovendo) e ainda pode ser uma ameaça (um primo que devia e em um dia que estava chovendo ele falou que não pagaria aquele dia porque o tempo estava feio. Para cobrar o primo falaria. “O dia esta bonito!”)

O precursor no estudo dessa

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