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Angola Literatura

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Por:   •  20/11/2014  •  1.716 Palavras (7 Páginas)  •  252 Visualizações

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Trabalho de Português

Alunos: Bruno, Hugo, Leonardo, Luís Felipe e Sérgio 3º2

Professora: Marciani

Literatura de ANGOLA

História

O actual território de Angola, que pesquisas recentes de investigadores franceses comprovam ter sido habitado desde o Paleolítico Inferior, foi alvo ao longo da sua história de muita movimentação populacional, com sucessivas levas de povos bantos a empurrar para Sul os primitivos autóctones de origem não bantu, os khoi-san, hoje reduzidos a uma população de menos de dez mil pessoas. Essas migrações mantiveram-se mais ou menos regulares até pelo menos os fins do século XIX.

A chegada dos primeiros europeus data de fins do século XV, em 1482, quando o navegador português Diogo Cão aportou a foz do rio Congo ou Zaire. O padrão que ergueu então numa das suas margens em nome do rei D. João II atesta assim o primeiro reconhecimento exterior do reino do Congo. Na sua capital, a ainda hoje existente cidade de Mbanza Congo, no Norte de Angola, o rei recebeu os estrangeiros como amigos e deixou-se converter ao cristianismo, tomando o nome de Afonso I.

Em 1700, segundo os cálculos do historiador Ravenstein, os portugueses dominavam em Angola uma área de 65 mil quilómetros quadrados, a partir do litoral de Luanda e Benguela até 200 quilómetros para o respectivo interior, praticamente com o objectivo único de manter abertas as rotas dos escravos a partir do planalto. Por essa altura, de facto, já os escravos negros eram a principal mercadoria a dominar todo o comércio, sendo "exportados" para Portugal, Brasil, Antilhas e América Central.

Durante os séculos XVIII e XIX, a situação não se altera na essência de maneira significativa, aumentando apenas a área de captura dos escravos, que se estende para o planalto central, e o número dos que eram enviados para fora de Angola.

Em fins do século XVIII, sob o impulso do Marquês de Pombal, o todo-poderoso ministro do Rei de Portugal, uma tímida tentativa foi feita para a exploração de algumas das riquezas do país. Essa tentativa fracassou por falta de apoio local e da própria metrópole mais interessada no desenvolvimento do Brasil com base nos escravos angolanos. Angola teve assim de continuar a manter o seu título de "mina da escravaria" e o seu papel de fornecedora de escravos para as plantações brasileiras.

Como está amplamente demonstrado na correspondência da época entre o rei de Portugal e o rei do Congo, esse primeiro contacto realizou-se entre soberanos iguais em direitos, mostrando-se a sociedade congolesa aberta ao convívio com os recém-chegados e ao funcionamento de uma verdadeira aliança entre Estados organizados.

Só ao longo do século XVI, e depois de contínuos e complicados jogos de sedução, intrigas e traições, se começariam a acentuar os laços de dependência do reino do Congo em relação a Coroa portuguesa.

Do reino do Congo dependiam outros reinos menores mais a Sul, como o da Matamba e o do Ndongo, de cujos soberanos, os Ngola, provirá mais tarde o nome de Angola. A resistência desses três reinos a penetração colonial será praticamente esmagada na segunda metade do século XVII, no curto espaço de 20 anos: Congo (1665), Ndongo (1671) e Matamba (1681).

Contraditoriamente, ao mesmo tempo em que se multiplicam as revoltas contra o comércio de escravos por parte de alguns sobados independentes e dos estados africanos do planalto (que só serão relativamente pacificados mais de um século depois), uma elite económica de origem africana vai-se firmando com base nesse mesmo comércio.

O século XIX foi o das grandes explorações do continente africano e da partilha colonial. As explorações de Serpa Pinto, de Capelo e de Ivens permitiram precisar a cartografia de Angola. A Conferência de Berlim, em 1885, estabeleceu o direito público colonial e tratados entre Portugal, a França, o Estado Livre do Congo (Belga), a Grã-Bretanha e a Alemanha definiram as fronteiras actuais de Angola.

Para a população angolana, a abolição do tráfico da escravatura em 1836 e o fim oficial da condição de escravo em 1878 não alteraram o fundo da questão, continuando a exploração das grandes massas trabalhadoras angolanas por parte do poder colonial a ser feita sob a forma do chamado contrato. Essa situação vai agravar-se com a política colonial do regime de Salazar a partir dos anos 30 do século XX.

Muitas das grandes famílias africanas que se haviam constituído um século antes começam então a perder progressivamente o seu relativo poderio económico, e é significativo que alguns dos seus descendentes tenham sido dos primeiros a envolver-se na fase moderna das lutas de libertação, a partir dos anos 60, ocupando hoje lugares chave no sistema político e económico que se seguiu à proclamação da Independência em 11 de Novembro de 1975.

Literatura de Angola

A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o projeto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de soberania surge por volta de 1950 gerando o movimento Novos Intelectuais de Angola.1 Depois de passado a alegria dos primeiros anos da independência e depois do fracasso da experiência socialista e de guerras civis devastadoras, acontece às injustiças do presente. Tanto, porque, não havia competência para levar adiante a independência com certa modernidade.

A literatura de Angola muitas vezes traz muito realismo em suas imagem do preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do sofrimento pela morte dos entes queridos, da exclusão social.

A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do estatuto de colônia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido. O angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial européia e a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente entre os dois mundos, um com escritos na nascente da realidade dialética, o outro com traços de ruptura.

Principais escritores de Angola

Adriano Botelho de Vasconcelos (1955): Poeta, escritor e político.

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