Análise Sintática

Sintaxe - parte da gramática que se ocupa das “relações que as palavras contraem na frase”

Análise sintática - descreve a estrutura do período e das orações, decompõe o período em suas orações e cada oração em seus elementos (termos), identificando as funções em jogo.

Frase - é qualquer enunciado com sentido próprio, marcado por uma linha completa de entoação e terminado por uma pausa bem definida, o ponto final, ponto de exclamação, interrogação, reticências e até dois pontos.

Período - é o nome gramatical de toda frase que tem pelo menos uma oração, e portanto um verbo.

Oração - é a unidade que se caracteriza pela presença de um predicado, de um verbo. Não há oração sem predicado, e onde não houver predicado não há oração.

Termo - é a palavra ou locução considerada como elementos funcionais da oração. Palavra ou grupo de palavras que participam da estrutura de uma oração, como um de seus constituintes.

Há três termos da oração: essenciais, integrantes e acessórios.

Termos essenciais – sujeito e predicado

Núcleo – é a palavra central, mais importante num todo complexo, em torno da qual giram as outras, que a ela se subordinam. (obs: não é apenas o sujeito que tem núcleo, cada função o tem)

Ex.: As noites de inverno são longas e frias.

Sujeito simples: as noites de inverno.

Núcleo do sujeito: noites

Predicado: são longas e frias

Núcleo: longas e frias

a) O sujeito

Ser de quem se diz alguma coisa (O homem chegou. O povo elegeu-o deputado. Pedro e Paulo são irmãos.) – tem por núcleo um substantivo (nome ou pronome) ou palavra substantivada, ou é uma oração (subordinada substantiva subjetiva (??))

TIPOS DE SUJEITO

a) Simples – quando tem um só núcleo (substantivo: nome ou pronome). O vento assobia lá fora. Ninguém escuta o que tu dizes. Tu és minha melhor verdade. (obs: a posição usual do sujeito é antes do verbo. Por isso se diz que, nessa posição, a frase está em ordem direta. Diz-se que a frase está em ordem inversa quando o sujeito vai proposto ao verbo (Depois do assombro veio a desilusão. Circulam inverdades por toda parte.)

b) Composto – quando tem mais de um núcleo (dois ou mais substantivos: nomes ou pronomes), o que repercute na concordância verbal. A saúva e a seca são prejudiciais à plantação. Ela e eu saímos.

c) Desinencial, elíptico ou oculto – o sujeito não aparece, mas pode ser determinado pela desinência número-pessoal do verbo. Não acredito em promessas de políticos. Fomos à praia ontem.

d) Indeterminado – aquele que implica um agente humano (singular ou plural) que não se anuncia, por não querer, por ignorar-se quem seja, ou por não ser necessário. Há duas maneiras de indeterminar o sujeito: A) colocando-se o verbo na terceira pessoa do plural, sem referência a nenhum antecedente. Dizem maravilhas sobre o RJ. (obs: quando o verbo está na terceira pessoa do plural e faz referência a elementos antecedentes, o sujeito é oculto. Os turistas estrangeiros sempre voltam entusiasmados do Brasil. Dizem maravilhas sobre o RJ. Nesse caso, o sujeito de dizem é eles (os turistas). B) justapondo-se o pronome se – índice de indeterminação do sujeito – ao verbo na terceira pessoa do singular. Precisa-se de profissionais autônomos. (obs: para ser sujeito indeterminado, não é possível transformar em voz passiva. Discutiu-se o fato. Foi discutido do fato. <sujeito não é indeterminado quando acontecer isso> se é partícula apassivadora quando isso acontece.. estrutura: a) verbo na 3ª pessoa b) pronome se c) um substantivo não precedido de preposição d) é possível a transformação na voz passiva com o verbo ser

e) Inexistente (oração sem sujeito) – ocorre quando não existe elemento ao qual o predicado se refere. Trovejou a noite inteira. Faz calor. É primavera. Nevou durante a madrugada. O verbo que não tem sujeito chama-se impessoal e os verbos impessoais mais comuns são os seguintes: haver – no sentido de existir, acontecer e na indicação de tempo passado. (Houve poucas desistências. Há alguns dias, ele passou por aqui.), fazer – na indicação de tempo passado e de fenômenos da natureza. (Faz dois meses que não te vejo. Faz noites frias naquele mês.), ser – na indicação de tempo e distância. (É noite. São três quilômetros daqui até lá.) e todos os verbos que indicam fenômenos da natureza. (Trovejou durante o dia. Nevou no Rio Grande.)

b) O predicado

É aquilo que se afirma do sujeito, quando este existe. Caso contrário, é o enunciado puro de um fato qualquer (Chove. Era tarde.)

Predicado é o verbo com seus anexos (complementos ou adjuntos), tudo o que na oração não é sujeito ou não está no sujeito.

Pode o predicado ter como núcleo um nome ou um verbo, de onde vem a divisão: predicado nominal, predicado verbal. Será predicado verbo-nominal se tiver dois núcleos – verbo e nome.

TIPOS DE PREDICADO

a) Predicado nominal – tem como núcleo um nome.

Pode-se definir o predicado nominal