Atividade Complementar
Dissertações: Atividade Complementar. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Amanda01Nunes • 22/9/2014 • 1.192 Palavras (5 Páginas) • 761 Visualizações
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Aula-tema 05: A literatura infantil: gênero ou forma?
A literatura infantil é composta por diferentes gêneros literários, que, por sua vez, dividem-se em alguns subgêneros.
A poesia, a ficção e o teatro compõem os gêneros ou formas geradoras, e expressam a experiência humana caracterizada de forma universal. Na poesia, é evidenciada a vivência lírica; na prosa e na ficção, a vivência épica; no teatro, por meio do diálogo, a vivência dramática. Todas essas formas de representação básica foram consolidadas pela humanidade ao longo dos tempos por meio de produções artísticas e literárias.
A partir dessas classificações, os gêneros literários se dividem em subgêneros ou formas básicas. A poesia incorpora a elegia, o soneto, a ode, o hino, o madrigal, entre outros. A ficção é representada pelo conto, o romance, a novela, a literatura infantil. E a farsa, a tragédia, a ópera, a comédia constituem o teatro.
Entretanto, essas mesmas formas básicas também se dividem em diferentes categorias devido à natureza de seu tema, da situação problemática, da intriga ou mesmo da intencionalidade, entre outros aspectos da matéria literária. É dessa forma que o gênero ficção é composto por formas simples de narrativas, como a fábula, o apólogo, a parábola, os contos de fadas e maravilhosos, entre outros, os quais representam a tradição popular de contar histórias transmitidas de geração a geração.
A autora Nelly Novaes Coelho (2000, p. 164) salienta que a literatura infantil pertence ao gênero ficção, o qual é constituído de toda e qualquer prosa narrativa que significa a "linguagem artística, construída pelo pensamento criador, lógico-poético".
A literatura infantil se reveste de significados pelo caráter pedagógico e também lúdico e representa o gênero ficção por ser destinada aos pequenos leitores, considerados como seres em formação.
A autora Nelly Novaes Coelho apresenta as definições de algumas formas simples como a fábula, cujas histórias apresentam uma narrativa curta de natureza simbólica que utiliza os animais como personagens, trazendo, ao final do texto, uma linha moral. O francês Jean de La Fontaine é um dos representantes desse estilo de narrativa, e sua fábula clássica mais conhecida é "A Cigarra e a Formiga".
O apólogo é um tipo de narrativa breve, cujos personagens são seres inanimados, ou seja, sem vida humana ou animal, que vivenciam situações exemplares aos homens.
A parábola é um tipo de narrativa também breve como o apólogo, cuja característica é a comparação. Expressa situações vividas por seres humanos ou animais com ênfase em algum ensinamento moral ou espiritual. Essa forma de narrativa é bastante explorada na Bíblia.
La Fontaine também escreveu várias obras contemplando o apólogo, como "O Sol e o Vento" e "O homem e a cobra", a parábola, além de "A morte e o Lenhador", que é umaalegoria, cuja expressão de ideias se faz por meio de imagens. Essa narrativa pode ser apresentada em prosa ou em verso e contempla a presença de entes sobrenaturais, míticos e lendários.
O mito, por sua vez, é um tipo de narrativa antiga e apresenta a presença de deuses, duendes, heróis fabulosos ou situações em que persevera o sobrenatural.
Assim como o mito, outro tipo de narrativa muito antiga e breve é caracterizada pela lenda, geralmente apresentada em verso ou prosa, cujo argumento é tirado da tradição oral e conservado por ela. Algumas das lendas brasileiras folclóricas mais conhecidas são: a "Mula sem cabeça", "Curupira", entre outras.
Outros gêneros, como o conto, se diferenciam entre Contos maravilhosos, Contos de Fadas, Contos exemplares, Contos Jocosos, Facécias, Contos religiosos, Contos etiológicos e Contos acumulativos.
O conto maravilhoso representa personagens que possuem poderes sobrenaturais, como a possibilidade de se deslocar sem a lei da gravidade, de sofrer metamorfoses em que forças do Bem e do Mal são colocadas em evidência, de ser acometidas por profecias ou por milagres, entre outras situações maravilhosas. A origem dos contos maravilhosos é oriental, mas eles foram difundidos pelos árabes, cujas histórias são representadas, por exemplo, por "As Mil e Uma Noites", "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa", entre outras.
O conto de fadas teve origem entre os celtas, com heróis e heroínas ligados a histórias e aventuras sobrenaturais e misteriosas que visavam a realização interior. Por essa razão há a presença da fada, contemplada de forma a tornar possível a realização de sonhos e ideais próprios ao ser humano. Muitas vezes as fadas atuam nos contos como uma ajuda mágica que auxilia as personagens.
Quanto a esse aspecto, a autora Nelly Novaes Coelho (2000, p. 174) esclarece que:
Segundo a Tradição, as fadas são seres imaginários, dotados de virtudes positivas e poderes sobrenaturais, que interferem na vida dos
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