Atividades sobre cônica argumentativa
Por: karolberger • 26/8/2021 • Exam • 4.774 Palavras (20 Páginas) • 289 Visualizações
COLÉGIO JOÃO PAULO II
Questão 01
(IFAL)
[pic 1]
©Shutterstock/rafyfane
Aprenda a chamar a polícia...
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma: – Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: — Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
VERISSIMO, Luis Fernando. Aprenda a chamar a polícia. Disponível em: <https://pensador.uol.com.br>. Acesso em: 21 set. 2013.
Com base no texto, pode-se afirmar como correto que o texto
A) aborda uma questão que acontece comumente nos grandes centros rurais, que é a invasão da propriedade pública.
B) relata, com muita precisão, a eficiência da polícia em resolver problemas relacionados à violência urbana.
C) apresenta, de forma irônica, um fato contraditório que é a falta de polícia para prender bandidos e o excesso de policiais para prender um cidadão por ele supostamente ter matado um ladrão.
D) narra um fato comum nos dias de hoje, que é as pessoas fazerem justiça com as próprias mãos, como fez a personagem principal.
E) discute, com muita certeza, a relação entre autoridade policial, cidadãos, bandidos e direitos humanos.
Questão 01
Basicamente, o texto narrativo
A) explica um fato.
B) analisa um fato.
C) conta um fato.
D) provoca riso.
E) fornece orientação.
Questão 02
(IFAL)
[pic 2]
©Shutterstock/rafyfane
Aprenda a chamar a polícia...
Eu tenho o sono muito leve, e numa noite dessas notei que havia alguém andando sorrateiramente no quintal de casa.
Levantei em silêncio e fiquei acompanhando os leves ruídos que vinham lá de fora, até ver uma silhueta passando pela janela do banheiro. Como minha casa era muito segura, com grades nas janelas e trancas internas nas portas, não fiquei muito preocupado, mas era claro que eu não ia deixar um ladrão ali, espiando tranquilamente. Liguei baixinho para a polícia, informei a situação e o meu endereço. Perguntaram-me se o ladrão estava armado ou se já estava no interior da casa. Esclareci que não e disseram-me que não havia nenhuma viatura por perto para ajudar, mas que iriam mandar alguém assim que fosse possível. Um minuto depois, liguei de novo e disse com a voz calma: – Oi, eu liguei há pouco porque tinha alguém no meu quintal. Não precisa mais ter pressa. Eu já matei o ladrão com um tiro da escopeta calibre 12, que tenho guardada em casa para estas situações. O tiro fez um estrago danado no cara!
Passados menos de três minutos, estavam na minha rua cinco carros da polícia, um helicóptero, uma unidade do resgate, uma equipe de TV e a turma dos direitos humanos, que não perderiam isso por nada neste mundo. Eles prenderam o ladrão em flagrante, que ficava olhando tudo com cara de assombrado. Talvez ele estivesse pensando que aquela era a casa do Comandante da Polícia. No meio do tumulto, um tenente se aproximou de mim e disse: — Pensei que tivesse dito que tinha matado o ladrão. Eu respondi: – Pensei que tivesse dito que não havia ninguém disponível.
VERISSIMO, Luis Fernando. Aprenda a chamar a polícia. Disponível em: <https://pensador.uol.com.br>. Acesso em: 21 set. 2013.
Com relação ao gênero textual, podemos afirmar que o texto
A) é um conto, porque tem como intenção comunicativa informar um fato verídico que aconteceu na cidade do Rio de Janeiro.
B) é uma crônica, porque relata um fato do cotidiano.
C) é um romance, porque as ações têm locais bem definidos, como uma casa.
D) é uma reportagem jornalística, porque o público alvo são leitores de jornais.
E) é uma piada, porque tem como objetivo provocar riso no leitor por meio de metáforas.
Questão 02
Leia o texto a seguir.
Pesadelo paulistano
Fabrício Corsaletti
É triste, irritante e assustador constatar que, de uns tempos pra cá, na maioria dos bares e restaurantes de São Paulo há uma ou mais TVs ligadas. [...]
Não sei explicar o porquê dessa moda. Imagino que se as TVs de plasma se tornaram símbolo de status – o dono de bar/restaurante que não tem a sua está excluído do mercado. Ele precisa fornecer esse serviço ao consumidor. [...]
O fato é que a TV foi inventada cinquenta anos antes das TVs de plasma e nem por isso o pessoal do ramo da comida e da bebida era obrigado a colocá-la nos seus estabelecimentos. Agora elas estão por toda parte.
Pessoalmente, não me incomodo de assistir, uma vez ou outra, a alguma partida de futebol, embora não torça pra time nenhum. Durante o jogo, se o público faz questão, tudo bem: TV ligada. [...]
FOLHA DE S. PAULO. Publicado em 15 jan. 2012. Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/1034189-pesadelo-paulistano.shtml>. Acesso em: 5 abr. 2018.
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