Autores E Obras Do Modernismo No Brasil
Artigo: Autores E Obras Do Modernismo No Brasil. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Isabelle2 • 18/11/2013 • 1.325 Palavras (6 Páginas) • 608 Visualizações
Alcântara Machado (1901-1935)
Alcântara Machado (1901-1935) foi um jornalista, político e escritor brasileiro. Foi um dos mais importantes escritores do primeiro tempo modernista. O mundo do imigrante italiano e seus esforços de integração a São Paulo deram a Alcântara Machado, modernista de primeira hora, a temática e o estilo no qual ele escreveu seus contos. Formado em direito, começou ainda estudante a trabalhar como jornalista. Após uma temporada na Europa, impregnou-se das idéias de vanguarda e assumiu ostensiva posição de combate pela renovação literária, ao lado de Oswald de Andrade, como redator da Revista de Antropofagia. Publicou Pathé-baby (1926), suas impressões de viagem, e em seguida os dois livros de contos pelos quais se tornaria lembrado como expoente do gênero: Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928).
Cassiano Ricardo (1895-1974)
Participou do movimento modernista e de grupos que se lhe sucederam, Cassiano Ricardo soube aproveitar como poucos o Indianismo, uma das influências do momento, tomando-o como base de uma autenticidade americana. ‘Martim Cererê’, seu livro mais conhecido, traduzido para muitos idiomas e ilustrado por Di Cavalcanti, se fundamenta no mito tupi do Saci-Pererê, manifestando uma conciliação das três raças formadoras da cultura nacional, a indígena, a africana e a portuguesa. Mesclando essas três fontes lingüísticas, ele elabora o que foi chamado de "mito do Brasil - menino". Modernista e primitiva a um só tempo, brasileira sem ser nacionalista, sua estrutura lembra alguns elementos da história em quadrinho e dos filmes de animação, prenunciando a pop art. Além de ter escrito esse livro clássico da literatura brasileira, Cassiano Ricardo manteve, até o fim de sua vida, uma pesquisa poética experimental e independente, acompanhando de perto os novos movimentos de vanguarda, sobre os quais escreveu. Seu último livro, 50 anos após o de estréia, exemplifica essa constante inquietação.
Obras
Dentro da Noite (1915).
Vamos Caçar Papagaios (1926).
Borrões de Verde e Amarelo (1926).
Martim Cererê (1928).
O Sangue das Horas (1943).
Um Dia Depois do Outro (1947).
Poemas Murais (1950).
A Face Perdida (1950).
O Arranha-Céu de Vidro (1956).
Poesias Completas (1957).
22 e A Poesia de Hoje (1962).
Algumas Reflexões sobre Poética de Vanguarda (1964).
Jeremias Sem-Chorar (1964).
Guilherme de Almeida (1890-1969)
Guilherme de Andrade e Almeida Poeta, ensaísta, tradutor e jornalista. Forma-se em direito pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1912. Publica seu primeiro livro, Nós, em 1917. No ano de 1922, participa da Semana de Arte Moderna e da fundação da revista modernista Klaxon. Entra, em 1928, para a Academia Paulista de Letras e, dois anos depois, é eleito para a Academia Brasileira de Letras - ABL. Em 1931, torna-se co-proprietário dos jornais paulistas Folha da Noite e Folha da Manhã, em que mantém a coluna Sombra Amiga até 1945. Participa da Revolução Constitucionalista de 1932, o que o leva a se exilar por oito meses em Portugal.
Depois de ser apresentado, em São Paulo, ao cônsul japonês Kozo Ichige, Almeida conhece o haicai (forma clássica de poesia japonesa) e começa a utilizar essa estrutura em suas criações, desenvolvendo uma fórmula própria na língua portuguesa e a inclui em seu artigo Meus Haicais, de 1937. Em 1949, ao lado do produtor de teatro Franco Zampari (1898 - 1966), é um dos fundadores do Teatro Brasileiro de Comédia - TBC. Distingue-se também como heraldista - especialista no estudo de brasões -, o que lhe rende convites e o leva a produzir, entre outros, o brasão de armas da cidade de São Paulo. Sua obra é de tendência classicista, e mesmo nos momentos em que está mais próximo dos adeptos do modernismo, jamais adere inteiramente aos preceitos dessa escola. Algum tempo após os eventos da Semana de 22, retoma os aspectos e formas originais de sua lírica, ligados aos modelos exaltados na poesia simbolista e parnasiana. Como tradutor, verte para o português obras do escritor, poeta e músico indiano Rabindranath Tagore (1861 - 1941), dos escritores franceses Charles Baudelaire (1821 - 1867), Paul Verlaine (1844 - 1896) e Jean-Paul Sartre (1905 - 1980).
Manuel Bandeira (1886-1968)
Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho
Aos 18 anos, estudou arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, descobriu que tinha tuberculose, então incurável. Ele abandonou o curso e procurou se tratar em várias serras brasileiras. Em 1913, foi para o sanatório de Clavel, na Suíça, onde fez amizade com o poeta francês Paul Élvard.
Um ano depois, por causa do início da Primeira Guerra Mundial, Bandeira retornou ao Brasil. Antes, porém, seu médico lhe disse que tinha lesões teoricamente incompatíveis com a vida, mas que os sintomas não correspondiam às lesões. Por isso, ele poderia viver cinco, dez, quinze anos...
"Continuei esperando a morte para qualquer momento, vivendo sempre como que provisoriamente".
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