Casas Bahia

2.1 HISTÓRIA CASAS BAHIA

O grupo Casas Bahia que hoje é o fenômeno do varejo nacional, teve como criador Samuel Klein. Que por sua vez teve uma infância humilde e marcada pela segunda guerra mundial, presenciando fome, maus-tratos, mortes e famílias destruídas. Dos 3,5 milhões de habitantes da Polônia somente 100 mil sobreviverão e Klein foi um desses.

Então em 1951 resolveu se aventurar pela America do Sul, chegando em 1952 ao Brasil. No mesmo tempo em que as automobilísticas multinacionais estavam se instalando em São Paulo e contratando mão de obra do Norte e Nordeste, regiões conhecidas pelo clima muito quente. Foi então que Klein viu uma oportunidade de negócios, já que os novos funcionários teriam dificuldades para se adequar a terra da garoa e suas baixas temperaturas. Então a idéia foi vender cobertores para essa população de baixa renda.

Klein vendia seus produtos de porta em porta e quando alguém não tinha condições de pagar dava a eles a opção de ficar com o produto e pagar no crediário parcelado. E assim em 1957 Samuel comprou sua primeira loja no centro de São Caetano que chamou de “Casas Bahia” em homenagem aos imigrantes nordestinos que haviam se mudado para a região em busca de trabalho e eram seus principais clientes.

Com passar do tempo seus clientes iam a loja para pagar suas prestações e fazer nossas compras, Klein inseriu novos produtos a loja como móveis colchões e entre outros. Esse foi o início de um império, as lojas seguintes foram abertas nas cidades de Santo André e Mauá. Em 1970 adquiriu o controle de uma financeira, com isso iria financiar seus fregueses e dar impulso a abertura de novas filiais. Michael e Saul Klein seus filhos começaram a trabalhar na sede da empresa na década de 80, período que já esta sendo inaugurada a 100ª loja.

Samuel Klein sempre a frente de seus negócios comandava em ritmo acelerado e não seguia a tendências e modismo. As Casas Bahia adotou como slogan a frase “Dedicação Total a Você” a qual se aplica aos dois lados: clientes e colaboradores, Klein é considerado como um “pai” pelos seus colaborados, a quem chama de “filhos”, considerado como um exemplo a ser seguido. Outro lema da rede é oportunizar aqueles que realmente têm vontade de crescer profissionalmente.

As Casas Bahia é uma empresa especialista em lidar com as classes C e D do Brasil, tem habilidades para entender as necessidades emocionais e os hábitos de compra dos clientes de baixa renda. O carro chefe das Casas Bahia são as mercadorias simples, familiares a seu tipo de público. Fazendo assim uma parte de seus clientes serem trabalhadores sem carteira assinada, jovens recém-casados e donas de casas sem renda própria.

A rede consegue seu lucro cobrando juros sobre as vendas em inúmeras parcelas, de maneira a tornar acessível à compra do produto pelas classes mais humildes, que não tem como pagar a vista. Lembrando que para abrir um crediário é simples e fácil.

As Casas Bahia têm um modelo de gestão sofisticado, sustentado por três pilares: enorme poder de compra, gestão financeira impecável e publicidade massiva e permanente, são os que mais investem em propagada no Brasil até nos lugares aonde a rede ainda não chegou existe comercial da empresa e que acaba se tornando um eficiente meio de preparar uma possível chegada.

Samuel Klein é um homem vitorioso e um empresário de sucesso. Com tudo isso - e talvez por isso - nunca perdeu sua simplicidade. O maior comerciante do país é um sujeito simples no falar e trajar. A arte de negociar, se relacionar, vender e comprar, acreditar, lutar e saber esperar por melhores oportunidades fizeram a diferença para sobreviver, vencer e hoje ser dono do “Império Casas Bahia”. (Mariana Melo / www.casosdesucesso.com)

2.1.1 PROCESSO DE FUSÃO CASAS BAHIA E PÃO DE AÇÚCAR

Após um grande processo a compra das Casas Bahia pelo grupo Pão de Açúcar foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) e formou-se o grupo Via Varejo. Essa fusão foi decisiva para as duas empresas envolvidas, pois se trata de transformar o setor de eletroeletrônicos do país.

Quando o empresário Abílio Diniz, fundador do Pão de Açúcar, procurou Michael Klein, o dono das Casas Bahia, para propor negócio, já tinha como plano formar uma parceria para chegar ao topo do setor de eletroeletrônicos, já que por sua vez era especializada em trabalhar com as tão almejadas classes C, D e E, por conta disso era uma empresa que ele tinha dificuldade em competir.

A empresa de Klein sofreu momentos difíceis na gestão. Essas mudanças atingem no país uma das artérias centrais das Casas Bahia: a concentração de crédito. Até então o braço financeiro das Casas Bahia era umas das principais fontes de empréstimos para a clientela de baixa renda. Hoje as fontes de credito aumentaram os bancos já se mostram mais receptivos a esse público. Gerando linhas próprias para atender a essas classes.

“Nossas margens nesse mercado estão diminuindo” diz o próprio Michael Klein.

Ele reconhece que sua empresa tem algo a aprender com o Pão de Açúcar no campo da gestão de negócios.

“Ainda somo muito ligados