Como Elaborar Um Trabalho De Investigação
Casos: Como Elaborar Um Trabalho De Investigação. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: DenyseCleidy • 15/10/2012 • 1.801 Palavras (8 Páginas) • 1.156 Visualizações
Regras para um trabalho de investigação.
1) Introdução
Serve para situar a questão no seu ambiente próprio, determinar bem o seu sentido e fornecer os elementos fundamentais para a compreensão da obra. Deste modo, o leitor começará a leitura do corpo do trabalho mais interessado e na posse dos elementos essenciais para a sua intelecção. Poderá con¬vir apresentar um resumo do estado actual da ciência a esse respeito; indicar o que se pretende mais para além; chamar a atenção para pontos fundamentais do trabalho e para o processo do seu desenvolvimento. Se for preciso, também nela se indicam e discutem as fontes e a maneira como delas se fez uso ([1]).
A introdução inclui, pela ordem julgada mais conveniente, os elementos de apresentação do tema e do trabalho de investiga¬ção. Entre esses elementos contam-se os seguintes:
- interesse do tema;
- enquadramento teórico dos assuntos tratados;
- definição do problema;
- referência geral ao objectivo do trabalho;
- história do problema e revisão conceptual da respectiva literatura;
- pressupostos das posições assumidas e sua fundamentação lógica;
- indicação precisa dos objectivos e enumeração das hipóte¬ses ou questões a que se pretende responder;
- explicitação da planificação global dos conteúdos das di¬versas partes do trabalho ([2]).
2) Corpo do trabalho — Nele desenvolve-se o assunto da elaboração científica.
3) Conclusão — Nela resume-se o conteúdo da obra, sintetizando-se principalmente os aspectos a que se chegou. Muitas vezes, é também na conclusão que se inserem algu¬mas observações críticas, julgadas necessárias ou convenientes. Se é preciso orientar o leitor para a possibilidade de ulte¬riores investigações, vem também muito a propósito salientá-lo nesta parte final. Às vezes, é útil incluir algumas « conclu¬sões» parciais, para terminar um capítulo ou uma Parte. No entanto, não convém multiplicar demasiado as conclu¬sões, dum modo explícito. Não raro, a própria conclusão final substitui-se por um último capítulo.
Bibliografia e citações.
Há diferentes normas utilizadas nacional e internacionalmente. Na bibliografia devem ser referenciadas as obras citadas e consultadas. Em Portugal, para a citação de livros, em História e noutras Ciências Sociais, usam-se geralmente as seguintes regras:
Deve indicar-se o nome do autor ou autores, começando pelo apelido (em maiúsculas), seguido do primeiro e/ou restantes nomes separados por uma vírgula; o título (em itálico), o lugar de edição; a editora e a data ([3]).
Exemplo:
CUTILEIRO, José, Ricos e pobres no Alentejo, Lisboa, Sá da Costa, 1977.
As citações devem ser sempre referenciadas. A forma mais fácil para o leitor são as notas de rodapé, mas também podem ser efectuadas notas no fim de cada capítulo ou no final do trabalho. Quando se usa o a norma autor/data podem ser inscritas na própria página do texto. Por exemplo: Piaget (1983, pp. 111). Geralmente faz-se conforme o seguinte exemplo:
Exemplo Lugar na página
Mais do que se poderá supor, a grande maioria das mulheres campónias, necessitadas, empregam-se, o melhor do ano, nos trabalhos agrícolas das herdades, de que são cooperadoras valiosas e imprescindíveis
... As apanhas da azeitona e da bolota, a espalhação de estrumes e adubos, as mondas, as sachas e colheita de legumes, a remoção de pedras miúdas e as ceifas de somenos importância não contratadas pelos ratinhos, são as lidas em que se ocupam centenas e centenas de braços da população feminina do concelho [4][4].
Na página, destacado, em corpo mais pequeno (11). Se se tratar apenas de uma frase, escreve-se entre aspas, inserido no próprio texto.
[1][1] José da Silva Picão, Através dos Campos, Lisboa, D. Quixote, 1993, p. 111 Em rodapé
O Índice (tábua de matérias) vem geralmente no início. Deve ter uma sequência lógica. Os capítulos são numerados (I, II, III ..) e os subcapítulos também (1.1. 1.2. 2.1)
Nota: programas como o word podem actualizar automaticamente os índices, com as respectivas páginas, bem como os números das citações.
RECOMENDAÇÕES GERAIS SOBRE
TRABALHOS ESCRITOS
A escrita constitui uma forma de conhecimento prático ou procedimental. Por isso, para aprender a escrever, não basta aprender regras. Aprende-se a escrever, escrevendo; não se aprende a escre¬ver, lendo apenas. Os seguintes pontos destinam-se a ajudar a vencer algumas dificuldades mais frequentes dos estudantes [5].
1. Se não escreve com facilidade (como acontece com a maio¬ria de nós), escreva primeiramente um rascunho sem preocupa¬ções de correcção e vá melhorando o seu trabalho em uma ou várias versões posteriores: um processador de texto num compu¬tador permite cortar e colar partes do rascunho sem grandes perdas de tempo.
2.Procure exprimir o seu pensamento com clareza e habitue-se a utilizar a palavra que traduz o seu pensamento com mais propriedade. Se for possível, dê o seu trabalho a ler a um amigo e oiça os seus comentários.
3. A preocupação de clareza é mais premente se usa períodos longos com várias proposições.
4.Use os advérbios com parcimónia. Os estudantes mais jovens (e não só) tendem a abusar dos advérbios com intenção
5. Não muite, isto é, não use o advérbio muito ou os indefini¬dos muito ou muitos sem rigor. Não existe diferença demonstrá¬vel entre «importante» e «muitoimportante».
6. Facilite a leitura do seu trabalho, esforçando-se por reduzir ao indispensável o número de páginas escritas, sem prejuízo da clareza. Procure
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