Comunicação E Expressão

Carlos é profissional de uma empresa que atende muitas pessoas todos os dias. Em seu local de trabalho, há pessoas de diferentes níveis sociais, econômicos e escolares. Na sala de café reservada aos gerentes, duas funcionárias que servem os lanches e cuidam da limpeza costumam fazer seus trabalhos de acordo com o esperado. Carlos, no entanto, não gosta da forma como elas se expressam às vezes. Em uma das ocasiões que lhe chamou a atenção, uma delas disse a outra que “não tinha probrema, que ela ia resolver”, referindo-se a um copo que havia sido derrubado no chão. Ele acredita que elas devam ser dispensadas do emprego.

Tendo em vista a situação acima descrita e as discussões sobre variedades linguísticas desenvolvidas, escreva uma análise, entre cinco e dez linhas, sobre o posicionamento de Carlos diante das funcionárias, a partir da seguinte pergunta: a postura dele pode ser compreendida como preconceito linguístico?

Temos por habito julgar que nosso modo de falar é o correto, desconsiderando sempre as diversas variações lingüísticas que existem. Sendo assim, podemos considerar que a atitude do Carlos é um preconceito lingüístico, até mesmo porque, não podemos dizer que existem formas certas ou erradas de falar, mas sim, formas mais adequadas para determinadas situações.

Outro ponto importante a ser ressaltado é que a variação da fala se dá por motivos diferentes. Normalmente, os intelectuais tendem a classificar a norma culta como a correta, desconsiderando as variações que acontecem de acordo com o espaço físico, grupos profissionais e até mesmo a norma coloquial.

Tendo todas essas informações em vista, podemos dizer que, se a pessoa que disse "probrema" fosse um dos gerentes que frequenta a sala, de fato seria inadequado, mas não é o caso. Além disso, o trabalho para o qual a funcionária foi contrata esta sendo executado de "acordo com o esperado", e não requer uso da norma culta da língua.