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Comunicação E Expressão EAD Anhembi

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Por:   •  9/5/2014  •  2.803 Palavras (12 Páginas)  •  403 Visualizações

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A guerra na época de Sun Tzu[editar | editar código-fonte]

Só poderemos apreciar a originalidade do pensamento de Sun Tzu se dispusermos de uma noção das diferenças qualitativas entre as artes de guerrear nos séculos IV e V e as de períodos anteriores. Até 500 a.C., a guerra era, de certo modo, ritual. Efetuavam-se campanhas sazonais, em conformidade com um código mais ou menos estabelecido. Estavam proibidas as hostilidades durante os meses das sementeiras e das colheitas, enquanto no inverno os camponeses semi-hibernavam nas suas cabanas de tijolos, sendo o frio demasiado para se poder combater. Também no verão era quente demais. Teoricamente, pelo menos, as guerras eram interrompidas durante os meses de nojo que se seguiam à morte de um senhor feudal. Em combate, não era correto bater em homens velhos ou aplicar qualquer golpe a quem já estivesse ferido. O governante de boa índole não "massacrava cidades", não "emboscava exércitos adversários", nem levava a guerra para além da estação própria, e nenhum príncipe que se prezasse se baixava a qualquer dissimulação ou aproveitaria qualquer oportunidade desleal.

Quando o rei Chuang, de Ch'u, cercava a capital de Sung, em 594 a.C., a certa altura os mantimentos começaram a escassear, tendo o seu ministro da Guerra observado: "Se os mantimentos nos acabam antes de subjugarmos a cidade, teremos de voltar para casa".

O rei mandou que Tzu-fan subisse a rampa encostada à muralha da cidade para apreciar os sitiados.

O príncipe de Sung enviou o seu ministro, Hua-Yuan, à muralha para o interceptar, tendo entre os dois ocorrido a seguinte troca de impressões:

Tzu-fan: "Como vão as coisas por aí?"

Hua-Yuan: "Estamos exaustos. Trocamos as crianças e comemo-las; partimo-lhes os ossos e os chupamos".

Tzu-fan: "Céus! Estão mesmo apertados! No entanto, tinham me dito que nas cidades cercadas era costume amordaçar os cavalos, quando lhes davam de comer, e enviar somente os ainda gordos ao encontro do inimigo. Como poderá o senhor ser tão franco?".

Hua-Yuan: "Consta-me que um homem superior sente compaixão quando vê outro sofrer e que o homem inferior se regozija com o sofrimento de outrem. Por isso fui franco".

Tzu-fan: "Assim é. O nosso exército tem rações para apenas sete dias".

Tzu-fan informou o rei Chuang da conversa, e este perguntou-lhe: "Como estão eles?"

Tzu-fan: "Exaustos. Trocam as crianças, comem-nas e partem-lhes os ossos para os chuparem".

Rei Chuang: "Céus! Estão mesmo apertados! Resta-nos vencê-los e regressarmos".

Tzu-fan: "É impossível. Já lhes disse que o nosso exército só tem rações para apenas sete dias".

Rei Chuang, zangado: "Mandei-te observá-los. Por que lhes disseste isso?".

Tzu-fan: "Se um Estado tão pequeno como Sung ainda dispõe de um súdito incapaz de mentir, como poderá Ch'u não ter um também? Foi por isso que lhe falei a verdade".

Rei Chuang: "Mesmo assim vamos vencê-los e regressar".

Tzu-fan: "Fique Vossa Majestade aqui. Eu, se mo permitirdes, voltarei para casa".

Rei Chuang: "Se fores para casa., deixando-me, com quem ficarei eu? Regressarei, como desejas".

E assim fez, acompanhando-o o Exército.

Os homens superiores apreciam fazer as pazes. Hua-Yuan contara a verdade a Tzu-fan, conseguindo que o cerco fosse levantado, mantendo-se intacta a integridade dos dois Estados.

Os filósofos e os reis faziam distinção entre guerras corretas e guerras incorretas. Era moralmente correio a qualquer príncipe esclarecido atacar "uma nação rústica e obscura", civilizar os bárbaros, punir aqueles que voluntariamente desejavam manter-se na cegueira, ou sumariamente arrumar um Estado em degradação. Tais castigos, em perfeito acordo com a vontade do Céu, eram executados pelo próprio governante ou por um ministro por ele delegado. Os comandantes das diferentes colunas eram elementos da aristocracia hereditária, refletindo a graduação na hierarquia militar a posição na sociedade feudal. Maspero ilustrou essa questão num interessante estudo, onde demonstrou ter o comando dos exércitos do Centro de Chin sido, durante um século, a partir de 573 a.C., monopólio de algumas poucas famílias.

Os exércitos da China antiga eram particulares, tal como as levas feudais europeias o foram. A pedido do soberano, esperava-se que os elementos da nobreza concorressem com determinado número de carros, cavalos, carroças, bois, peões, cozinheiros e carregadores. O tamanho e o gênero desses contingentes variavam de conformidade com a importância dos feudos, que, oscilando entre poucas vintenas e muitos milhares de famílias, faziam com que os grupos, ao apresentar-se nos pontos de reunião fossem, por certo, extremamente variados.

Como um aldeão valia muito menos do que um boi ou um cavalo, o seu bem-estar não era motivo de grande preocupação. Os servos, analfabetos e dóceis, tinham lugar de pouca importância nas batalhas do tempo, onde o papel principal pertencia aos carros, quadrigas, equipadas com cocheiro, um lanceiro e um arqueiro nobre. Os dispensáveis aldeões, geralmente protegidos por jaquetas estofadas, agrupavam-se em torno dos carros. Um pequeno grupo de alguns selecionados entre eles dispunha de escudos de bambu entrançado ou, às vezes, de altamente incómodo e rudemente curtido couro de boi ou de rinoceronte. O seu armamento consistia em adagas ou espadas curtas, lanças de ponta de bronze e ganchos e lâminas cortantes atados com tiras de couro a varas de madeira. O arco era arma só para nobres.

O terreno apropriado aos carros ditava e restringia o decorrer da luta, limitando simultaneamente os elementos táticos. A estrutura feudal não admitia a existência de oficiais não originários da nobreza.

As batalhas na China de antanho eram primitivas refregas, que a nada conduziam na maior parte dos casos. Usualmente, os opositores assentavam arraiais frente a frente, assim se conservando durante vários dias,

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