Conversa De Boi-literatura
Casos: Conversa De Boi-literatura. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marybt1 • 31/3/2014 • 765 Palavras (4 Páginas) • 601 Visualizações
Conversa de bois (Conto de Sagarana), de Guimarães Rosa
Conversa de Bois é um conto, no qual toda uma problemática da relação Homem - Natureza - Animal está presente, com a “filosofia animal” e a “bestialidade humana” trabalhadas conjuntamente.
As reflexões sobre o poder e a fraqueza centralizam-se em Conversa de Bois, conto narrado em terceira pessoa, narrado por Manuel Timborna, que é entrevistado pelo autor, que pede para recriar a história:
- Só se eu tiver licença de recontar diferente, enfeitado e acrescentado ponto e pouco...
- Feito! Eu acho que assim até fica mais merecido, que não seja”.
Manuel Tiborna diz que sim, que inclusive poderia contar um caso de que sabia. O narrador diz que ouvirá a história, mas desde que possa contá-la depois modificando e acrescentando detalhes, com o que Tiborna concorda.
E então Manuel Timborna começa a “contar um caso acontecido que se deu”, procurando demonstrar que “boi fala o tempo todo”. Ele fala de um tempo em que os animais conversavam entre si e imagina se isto até hoje acontece, se transformam em heróis, questionando o saber dos homens com o seu suposto não saber.
A marca Roseana de contador de "causos" aparece logo no primeiro parágrafo: Que já houve um tempo em que eles conversavam, entre si e com os homens, é certo e discutível, pois que bem comprovado nos livros das fadas carochas (...).
Neste conto, os bois e os homens cruzam-se como num contraste que se prolonga até o fim. Guimarães Rosa apresenta alternadamente os diálogos dos homens e os “diálogos” dos bois, revelando-se aqui uma espécie de “filosofia bovina”, uma síntese do que “pensam” sobre a vida e sobre os homens.
Em Conversa de bois, o boi não é apenas ícone da natureza, ele torna-se personagem ativo. E passa nesse momento, a formar com o menino Tiãozinho um só personagem, metade humano metade animal. A parte homem do ser antropomórfico e hibrido, o menino “humano”, não possui o dom da palavra. A palavra surge na consciência dos bois. Ao menino, cabe apenas o desejo de vingança e a vergonha imposta pela atitude pecaminosa da mãe.
Personagens:
Tiãozinho - Menino-guia. Odiava o Agenor carreiro, pois o malvado vivia fazendo carinho na mãe de Tiãozinho, mesmo quando o pai do menino ainda estava vivo, entrevado em cima de um jirau.
Agenor Soronho - Carreiro. Mandava em Tiãozinho como se fosse pai dele.
Januário - Pai de Tiãozinho.
Buscapé, Namorado, Capitão, Brabagato, Dansador, Brilhante, Realejo e Canindé - protagonistas bovinos da história, que vão na sua marcha lenta, carregando “o peso pesado” do carro-de-bois, carregado de rapaduras e um defunto.
O cenário do conto é uma estrada do interior de Minas Gerais.
Resumo do conto
O autor produz uma história valorizando quatro elementos importantes da paisagem do interior de Minas. O carro, puxado por bois, vai cortando o sertão, levando rapadura e um defunto – o pai de Tiãozinho (cego e entrevado, já de anos, no jirau) para o arraial. Os bois,
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