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Cronica Narrativa

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Por:   •  5/9/2013  •  1.261 Palavras (6 Páginas)  •  1.148 Visualizações

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Crônica Narrativa

A crônica narrativa pode ser definida como uma história onde existem personagens, cenários e um conflito. Além disso, ela possui introdução, clímax e conclusão. São textos experimentais e pessoais, permitindo que o escritor expresse sua criatividade. A necessidade de um conflito ou enredo é essencial para que um texto seja definido como uma crônica narrativa.

Veja agora, um exemplo de uma breve narração que poderia ser escrita desta forma:

“Saí de manhã para comprar leite. Fui até a padaria e voltei para casa. Era hora de tomar o café da manhã e me preparar para sair”.

Aqui vemos uma personagem (eu) e também cenários (padaria e minha casa). No entanto, percebe-se a ausência do conflito. A narrativa não se forma porque não possui um passo seguinte a ser dado. Não há objetivos. E sem um destino, a crônica narrativa não consegue se formar.

Uma crônica pode se tratar de uma narrativa real ou fictícia. Possuindo os elementos descritos acima, é também essencial um comprometimento do escritor de se preocupar em como a crônica será escrita.

Escrevendo uma Crônica Narrativa

Antes de começar a escrever uma crônica narrativa, é importante que você faça algumas anotações e levantamentos de elementos para a escrita. Não entendeu? Calma, veja a seguir algumas dicas:

Conte alguma coisa que tenha acontecido com você ou com alguém que você conheça, fica bem mais fácil. Você pode também inventar, ou se basear em alguma notícia vista

Para se fazer uma boa narração é muito importante saber:

 O fato que será narrado (O quê?);

 O tempo em que o fato vai está (Quando?);

 O lugar onde vai ocorrer o fato (Onde?);

 Quais personagens vão fazer parte de história (Com quem?);

 Qual o motivo (por que) ocorreu tal situação (Por quê?);

 Como se deu o fato (Como?);

 E as consequências (desfecho da história).

Agora, veja algumas etapas para escrever sua crônica:

1. Escolha algum acontecimento atual que lhe chame a atenção. Você pode procurá-lo em meios como jornais, revistas e noticiários. Outra boa forma de encontrar um tema é andar, abrir a janela, conversar com as pessoas, ou seja, entrar em contato com a infinidade de coisas que acontecem ao seu redor. Tudo pode ser assunto para uma crônica.

É importante que o tema escolhido desperte o seu interesse, cause em você alguma sensação interessante: entusiasmo, horror, desânimo, indignação, felicidade... Isso pode ajudá-lo a escrever uma crônica com maior facilidade.

2. Muito bem. Agora que você já selecionou um acontecimento interessante, tente formular algumas opiniões sobre esse fato. Você pode fazer uma lista com essas ideias antes de começar a crônica propriamente dita.

Frases como as que seguem abaixo podem ser um bom começo para você fazer a sua lista:

 "Quando penso nesse fato, a primeira ideia que me vem à mente..."

 "Na minha opinião esse fato é..."

 "Se eu estivesse nessa situação, eu..."

 "Ao saber desse fato eu me senti..."

 "Sobre esse fato, as pessoas estão dizendo que..."

 "A solução para isso..."

 "Esse fato está relacionado com a minha realidade, pois..."

Como você deve ter notado, é muito importante que o seu ponto de vista, a sua forma de ver aquele fato fique evidente. Esse é um dos elementos que caracterizam a crônica: uma visão pessoal de um evento.

3. Agora que você já formou opiniões sobre o acontecimento escolhido, é hora de escrever sua crônica. Seu ponto de partida pode ser o próprio fato, mas esse também pode ser mencionado ao longo do texto.

Escreva! Pratique! E procure usar a criatividade para criar seu próprio estilo, pois é isso que faz de um escritor um bom cronista.

Exemplo de Crônica Narrativas

O Último Homem do Planeta Terra

Acostumado a acordar todos os dias com um turbilhão de buzinas, vozes e motores esfaqueando seus ouvidos, neste dia, acordou incomodado com o silêncio. Um torpor imediato. A estranheza levando-o a examinar ao redor. Aquela sensação de em que buraco me enfiei, afinal? Mas não estava em nenhum lugar estranho, estranho lugar, lugar nenhum. Era o mesmo quarto fétido de vinte e poucas primaveras. A mesma bagunça, o mesmo cheiro ácido impregnando as paredes mofadas.

Inevitável. Saltou da cama e foi até a janela. Do lado de fora do apartamento, reinava o vazio. Silêncio absoluto. Era feriado? Devia ser, droga. Mas nem domingos, nem feriados costumavam ser absurdamente quietos assim. Havia sempre malucos correndo com seus fones de ouvido, carros passeando sem uma direção definida, bêbados cambaleantes tentando achar o caminho

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