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DISLEXIA – GRAVE DOENÇA QUE TEM SOLUÇÃO

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Por:   •  24/8/2013  •  Tese  •  768 Palavras (4 Páginas)  •  483 Visualizações

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DISLEXIA – GRAVE DOENÇA QUE TEM SOLUÇÃO

Muitas crianças vão mal na escola, parecem desatentas e preguiçosas, confundem letras, lêem mal, têm dificuldades na escrita de números e na solução de problemas. Tudo isso pode ser resultado de uma doença grave denominada dislexia.

O termo dislexia se refere a um distúrbio de aprendizagem de escrita, leitura, ortografia e redação. Alguns especialistas ainda incluem, como resultados da doença, as di-ficuldades na escrita de números, não causada por deficiência mental ou sensorial, mas por um atraso na maturação de determinadas áreas do cérebro. Como essas áreas são responsáveis pelo desenvol¬vimento da leitura e da escrita, a criança não conse¬gue decifrar signos que lê e ouve, não compreende perfeitamente o que está lendo e, ainda, confunde letras e sons.

Temos, assim, uma criança com nível mental normal, com saúde, com os órgãos sensoriais perfeitos, em estado emocional considerado estável, motivação normal, instrução adequada, com a mesma idade de seus colegas e que, no entanto, é incapaz de ler e es¬crever com a mesma facilidade. Os disléxicos podem apresentar problemas de lateralidade, orientação espacial e temporal, esquema corporal, distúrbios de atenção e dificuldades na capacidade de análise e síntese.

Torna-se custoso a um disléxico armar contas, se¬guir as linhas do caderno, respeitar margens e, por vezes, confundem as formas das letras e números e seus sons (d com t; v com f; b com d; p com q). Tais problemas acompanham muitas crianças no início do aprendizado, contudo as crianças disléxicas não os superam. Necessário é acrescentar que não se de¬vem confundir erros e vícios de alfabetização com dislexia. Na dislexia, as dificuldades de leitura persis¬tem até a idade adulta, bem como as dificuldades de ortografia, por serem habilidades relacionadas.

Usualmente, a história de vida de um disléxico é: ter algum parente próximo com o mesmo problema (pai, mãe, avós, tios); ter nascido de um parto difícil (no qual pode ter ocorrido anoxia - falta de oxigênio no cérebro -, prematuridade ou hipermaturidade); ter adquirido alguma doença infectocontagiosa que te¬nha produzido convulsões ou perda de consciência; ter sofrido atraso para andar ou na aquisição da fala; ter problemas de dominância lateral (distinção entre direita e esquerda). Esse problema afeta os meninos em uma proporção maior que as meninas (em um universo de cem disléxicos, sessenta são meninos, e quarenta, meninas); além disso, esse é um problema que tende a se agravar após os 12 anos, na fase de transformações da adolescência.

Quando precisa ler silenciosamente, a pessoa dis¬léxica não consegue deixar de mover os lábios ou murmurar; costuma acompanhar a1eitura, palavra por palavra, com os dedos, pois precisa pronunciar cada palavra para poder entender o seu significado e ir construindo o pensamento. Dessa maneira, essa pessoa tem dificuldade na intelecção de textos e demorará mais tempo que os outros para produzir um texto com significado, com coerência, clareza e coesão.

Assim, grande parte das pessoas disléxicas acaba por perder o gosto pela leitura e não será capaz de dominar a leitura e a escrita de uma segunda língua (língua estrangeira), apresentará um baixo rendi¬mento escolar e acabará, inevitavelmente, sendo rotulada

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