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DISTRIBUIÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO

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Por:   •  13/5/2014  •  Tese  •  3.200 Palavras (13 Páginas)  •  336 Visualizações

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NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO E DISSERTAÇÃO

Muito bem, companheiro de estudos, agora que já sabemos o que é um texto, vamos conhecer os três principais tipos. Começaremos pela descrição.

A descrição nada mais é do que apresentar características de algo ou de alguém. Estas características podem ser, no caso de pessoas, físicas (alto, magro, baixo, gordo, loiro, moreno) ou psicológicas (feliz, triste, angustiado, estressado etc.). Pode-se também descrever o tipo de vestimenta que a pessoa se encontra, enfim, tudo o que apresenta características é descrição. Veja o exemplo, retirado da obra O Primo Basílio, de Eça de Queiroz:

Era alto, magro, vestido todo de preto, com o pescoço entalado num colarinho direito. O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva, vasta e polida, um pouco amolgado no alto; tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca - e aquele preto lustroso dava, pelo contraste, mais brilho à calva; mas não tingia o bigode; tinha-o grisalho, farto, caído aos cantos da boca. Era muito pálido; nunca tirava as lunetas escuras. Tinha uma covinha no queixo, e as orelhas grandes muito despegadas do crânio. (Disponível em: <http://lportuguesa.malha.net/content/view/30/1/>. Acesso em: 10 jan. 2011)

Já a narração é o ato de contar histórias com personagens e acontecimentos. Constantemente em nossa vida narramos fatos, sejam eles fictícios ou reais. O simples fato de contarmos ao nosso amigo como foi nosso dia é um exemplo de narração.

Para que haja narração, é necessário que haja um narrador. Em uma narração, o narrador pode ou não fazer parte da história. Ele pode contar a história como se fosse uma terceira pessoa, ou seja, como se ele apenas observasse o que acontece, ou fazer parte dela, contando fatos que o incluem e tendo falas. Veja um exemplo de narração retirada do livro Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll (2002). Neste caso, o narrador não participa da história, apenas conta o que se passa:

Alice estava começando a ficar muito cansada de estar sentada ao lado de sua irmã e não ter nada para fazer: uma vez ou duas ela dava uma olhadinha no livro que a irmã lia, mas não havia figuras ou diálogos nele e “para que serve um livro”, pensou Alice, “sem figuras nem diálogos?” Então, ela pensava consigo mesma (tão bem quanto era possível naquele dia quente que a deixava sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer um colar de margaridas era mais forte do que o esforço de ter de levantar e colher as margaridas, quando subitamente um Coelho Branco com olhos cor-de-rosa passou correndo perto dela. [...]

Já sabemos o que é uma narração e uma descrição. Vamos à dissertação. Dissertar, segundo o dicionário Houaiss da língua portuguesa, é o ato de “expor um assunto de modo sistemático, abrangente e profundo, oralmente ou por escrito” (HOUAISS, 2004). Em uma dissertação, você deve escrever suas ideias sobre um assunto argumentando sobre elas, ou seja, defendendo seu ponto de vista acerca do tema. Geralmente a dissertação é o gênero textual solicitado em concursos e vestibulares.Encerramos mais uma pequena etapa da nossa jornada

CONCORDÂNCIA NOMINAL

A partir daqui falaremos um pouco sobre concordância. O nome concordância já nos remete ao ato de concordar, certo? Então, a concordância nominal é o ato de fazer com que toda palavra variável se adapte ao substantivo ao qual se refere. Parece difícil, não? Na realidade é bem simples. Observe:

As meninas compraram dois pirulitos.

As – artigo feminino plural \ Meninas – substantivo feminino plural (Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo).

Dois – numeral masculino plural \ Pirulitos: substantivo masculino plural. (Neste caso, o artigo concorda com seu substantivo também).

Os carro foram roubados.

Os – artigo masculino plural. Carro – substantivo masculino singular. (Neste caso, o artigo deve concordar com seu substantivo também).

Observe a forma correta: Os carros foram roubados.

No entanto, você deve estar se perguntando: “e quando o adjetivo deve concordar com mais de um substantivo?” Quando isso ocorre, há várias formas de concordar.

Quando o adjetivo aparece depois de substantivos do mesmo gênero:

Pode-se fazer da seguinte forma:

Ele comprou um carro e um caminhão novo. (concorda com o último) Ou

Ele comprou um carro e um caminhão novos. (concorda com os dois, formando, assim, plural)

Quando o adjetivo aparece depois de substantivos de gêneros diferentes:

Pode-se fazer da seguinte forma:

Ele comprou um caminhão e moto nova. (concorda com o último, no feminino) Ou

Ele comprou um caminhão e moto novos. (concorda com os dois, no plural masculino).

Muitas palavras ou expressões podem causar certa dúvida na hora de concordá-las dentro de um texto. É o caso das palavras que apresentaremos, uma a uma, a você, para tentar auxiliá-lo a resolver essas dúvidas que normalmente nos assolam na hora de escrever. Vamos lá?

a.Bastante, meio e mesmo.

Antes de iniciar a explicação, você deve prestar atenção à função que a palavra exerce dentro da frase. Quando elas estão se referindo ao substantivo, concordam com ele.

EXEMPLOS:

Ela tem bastantes bonecas. \ Bebi meia xícara de café. \As meninas mesmas compraram os sorvetes para a festa.

(Bonecas, xícara e meninas = substantivos)

Já quando estão se referindo ao adjetivo ou ao verbo, tomam função de advérbio, Por este motivo não variam.

EXEMPLOS:

O salão estava bastante vazio. \ A mulher anda meio preocupada com o marido.\ Ele chorou mesmo.

(Vazio e preocupada = adjetivos; chorou = verbo)

b. Anexo, obrigado e só.

As palavras anexo e obrigado concordam sempre com o pronome ou substantivo no qual se referem.

EXEMPLO:

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