Educação Ludica
Artigos Científicos: Educação Ludica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Neri • 8/1/2015 • 969 Palavras (4 Páginas) • 217 Visualizações
Educação Lúdica
INTRODUÇÃO
A atividade lúdica desenvolvida por meio do jogo, está fundamentadas na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental. A ludicidade na educação é utilizada como recurso pedagógico na construção do conhecimento, do dialogo, da autonomia e da criatividade, das representações simbólicas. Os brinquedos e as brincadeiras são imprescindíveis para que as crianças compreendam melhor o mundo em que vivem e as relações sociais que estabelecem. Brincando, elas aprendem a conhecer os outros e a se conhecerem melhor, descobrindo as relações que lhes são prazerosas, aprendendo a lidar com saberes, valores e a alteridade. Vivenciar a brincadeira é uma excelente oportunidade de desenvolvimento, pois a criança experimenta, descobre, inventa e exercita a sua imaginação, a linguagem e o raciocínio lógico.
Educação Lúdica
ETAP 1
Obra: Jogos e Brinquedos Infantis, 1560, de Pieter Brueghel.
IMAGEM DA OBRA DE PIETER BRUEGHELhttps://docs.google.com/a/aedu.com/file/d/0B_iQRJWKpWlYTljYjMwMDItZDNjOC00OGUxLTk1N2YtMDM1NWRlZWQ5Njkx/edit?hl=pt_BR
No quadro “Jogos Infantis”, há cerca de 250 personagens participando de 84 brincadeiras. Muitas delas são conhecidas ainda hoje, como por exemplo, a “Galinha Cega” ou” Cabra Cega”. Porém há algo muito diferente nessa obra. Crianças anônimas, nenhuma delas ri. Assemelham-se a pequenos adultos tristes, que apenas se ocupam de uma atividade. “E são justamente as formas assumidas por essa atividade que movem à atenção do artista” (BRUEGEL, 1969, prancha II/III)”.
Ao observar atentamente a obra, pode se tornar impossível não ficar em dúvida a respeito de quem são os personagens nela retratados: adultos ou crianças? É difícil definir, pois, segundo Ariès (1981), “no mundo das fórmulas românicas, e até o fim do século XVIII, não existem crianças caracterizadas por uma expressão particular, e sim homens de tamanho reduzido” (ARIÈS, 1981, P.).
Ao que tudo indica, “essa recusa em aceitar na arte a morfologia infantil é encontrada, aliás, na maioria das civilizações arcaicas” (ARIÈS, 1981, P. 51). Crianças com aparência de adulto. Adultos em atividade de criança. Não passa despercebido, esse dualismo, esse paralelo evidenciado pelo pintor entre infância e idade adulta.
O título também é irônico: Jogos Infantis, como se o pintor nos dissesse que jogos são coisas de criança. Mas nem sempre foi assim. Segundo Ariès, era comum, no século XVI, crianças participarem dos jogos dos adultos: Por volta de 1600, a especialização das brincadeiras atingia apenas a primeira infância; depois dos três ou quatro anos, ela se atenuava e desaparecia. A partir dessa idade, a criança jogava os mesmos jogos e
participava das mesmas brincadeiras dos adultos, quer entre crianças, quer
misturada aos adultos. Sabemos disso graças principalmente ao testemunho de uma abundante iconografia, pois, da Idade Média até o século XVIII, 514 tornou-se comum representar cenas de jogos: um índice do lugar ocupado pelo divertimento na vida social do Ancien Régime. (...) Inversamente, os adultos participavam de jogos e brincadeiras que hoje reservamos às crianças. Um marfim do século XIV representa uma brincadeira de adultos: um rapaz sentado no chão tenta pegar os homens e as mulheres que o
empurram. (...) Logo, podemos compreender o comentário que o estudo da
iconografia dos jogos inspirou ao historiador contemporâneo Van Marle:
“Quanto aos divertimentos dos adultos, não se pode dizer realmente que fossem menos infantis do que as diversões das crianças”. É claro que não, pois se eram os mesmos!”(ARIÈS, 1981, p. 92-93)”. Com o tempo, muitos jogos da corte se transformaram, adaptando-se
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