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Exercicio De Portugues

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Por:   •  21/9/2014  •  2.141 Palavras (9 Páginas)  •  1.665 Visualizações

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Português

1

(PUCCAMP)

Dona Casemira vivia sozinha com seu cachorrinho. Era um cachorrinho preto e branco que Dona Casemira encontrara na rua um dia e levara para casa, para acompanhá-la na sua velhice. Pobre da Dona Casemira.

Dona Casemira acordava de manhã e chamava:

– Dudu!

O cachorro, que dormia na área de serviço do apartamento, levantava a cabeça.

– Vem, Dudu!

O cachorrinho não ia. Dona Casemira preparava a comida do cachorro e levava até ele.

– Está com fome, Dudu?

Dona Casemira botava o prato de comida na frente do cachorrinho.

– Come tudo, viu, Dudu?

Dona Casemira passava o dia inteiro falando com Dudu.

– Que dia feio, hein, Dudu?

– Vamos ver nossa novela, Dudu?

– Vamos dar uma volta, Dudu?

Dona Casemira e seu cachorrinho viveram juntos durante sete, oito anos. Até que Dona Casemira morreu. E no velório de Dona Casemira, lá estava o cachorrinho sentado num canto, com o olhar parado. A certa altura do velório o cachorrinho suspirou e disse:

– Pobre da dona Casemira...

Os parentes e amigos se entreolharam. Quem dissera aquilo?

Não havia dúvida. Tinha sido o cachorro.

– O que... o que foi que você disse? – perguntou um neto mais decidido, enquanto os outros recuavam, espantados.

– Pobre da Dona Casemira – repetiu o cachorro. – De certa maneira, me sinto um pouco culpado...

– Culpado por quê?

– Por nunca ter respondido às perguntas dela. (...) Agora é tarde.

A sensação foi enorme. Um cachorro falando! Chamem a TV!

– E por que – perguntou o neto mais decidido – você nunca respondeu?

– É que eu sempre interpretei como sendo perguntas retóricas..."

(Luís Fernando Verissimo, O Analista de Bagé. Porto Alegre:

L&PM Editores, 1981, p. 47-8)

Assinale a alternativa em que se analisa corretamente o tipo de humor criado pelo texto.

• a) Combinação entre o macabro e o ridículo.

• b) Contraste entre o lírico e o grotesco.

• c) Seqüência de clímax e anticlímax.

• d) Contraste entre o macabro e o irônico.

• e) Combinação entre o fantástico e o irônico.

2

A BELEZA DAS RUÍNAS

A velha está sentada à mesa. As mãos trêmulas cruzadas à frente, na altura do rosto, como se rezasse. Dessas mãos escorrem veias grossas que parecem carregar em sua seiva a história de muitas décadas. São como troncos, como garras de pássaros, de pele áspera e desenhada por sulcos, veios, nós. Traz manchas de vários matizes, mapas de segredos e descobrimentos. Há beleza nessas mãos, nesses braços desfeitos. É a mesma beleza que vemos nas construções antigas, nas ruínas. Só que ali é a pedra — e não a pele — que nos conta histórias.

(Heloísa Seixas)

Sobre o texto acima, é incorreto afirmar que

• a) predomina a descrição subjetiva pelo uso de comparações na caracterização das mãos da personagem.

• b) a comparação implícita entre “manchas de diversos matizes” e “mapas de segredos e descobrimentos” configura uma metáfora.

• c) o título “A beleza das ruínas” confirma-se na comparação entre as mãos da velha e as construções antigas.

• d) enquanto nas ruínas é a pedra que conta histórias, na velha, é a pele das mãos.

• e) há exemplo de frase nominal no trecho: “Dessas mãos escorrem veias grossas”.

3

(UNIF. FED. FLUMINENSE) – Há exemplo de registro coloquial no seguinte trecho:

• a) O verdadeiro autor da peça foi o escritor de discursos presidenciais H. Daryl.

• b) Cem mil pessoas morreram quase instantaneamente.

• c) A Segunda Guerra acabou, começava a guerra fria.

• d) Aconselhado por Jimmy Byrnes (secretário de Estado), o presidente queria mostrar aos soviéticos que não apenas tinha a bomba, mas tinha peito para usá-la.

• e) A bordo do navio Augusta, no retorno para os EUA depois de participar da cúpula aliada em Postdam (Alemanha), Truman autorizou o bombardeio.

4

(UNISAL) – O texto abaixo encontra-se fora de ordem. Leia-o atentamente e indique que alternativa apresenta a correta organização para ele.

I. Dessa forma, os colonizados de ontem e de hoje são obrigados a assumir formas políticas, hábitos culturais, estilos de comunicação, gêneros de música e modos de produção e consumo dos colonizadores.

II. Atualmente se verifica uma poderosa “hamburguerização” da cultura culinária e uma “rockiquização” dos estilos musicais. Os que detêm o monopólio do ter, do poder e do saber controlam os mercados e decidem sobre o que se deve produzir, consumir e exportar.

III. Toda colonização - seja a antiga, pela invasão dos territórios, seja a moderna, pela integração forçada no mercado mundial - significa sempre um ato de grandíssima violência.

IV. Numa palavra, portanto, os colonizados são impedidos de fazer suas escolhas, de tomar as decisões que constroem a sua

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