Eça De Queiroz
Artigo: Eça De Queiroz. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: toico007 • 3/5/2014 • 769 Palavras (4 Páginas) • 318 Visualizações
Eça de Queirós - biografia do autor que trouxe realismo inovador
Um dos mais importantes escritores portugueses de todos os tempos, Eça criou romances e contos que renovaram a cena literária ao criticar profundamente seu país e a sociedade da época
José Maria Eça de Queirós nasceu em Póvoa de Varzim, em Portugal, em 25 de novembro de 1845, filho de José Maria Teixeira de Queirós, magistrado judicial, e Carolina Augusta Pereira d’Eça. Como seus pais não eram oficialmente casados, o pequeno Eça foi registrado como filho de “mãe incógnita”.
Passou a infância na zona rural, longe dos pais, que só viriam a se casar quando ele completara 4 anos. Na verdade, passou a maior parte da vida como filho ilegítimo, pois foi reconhecido somente aos 40 anos. Até 1851 foi criado por uma ama, sendo entregue depois aos cuidados dos avós paternos.
Em 1861 matriculou-se em Coimbra, no curso de direito, que concluiu em 1866. Foi lá que se tornou amigo de Antero de Quental e Teófilo Braga, revolucionários de letras e políticas portuguesas. Na universidade, foi um aluno inexpressivo, não se envolvendo na polêmica conhecida por Questão Coimbrã (1865-1866), que opôs os jovens estudantes aos mais conhecidos representantes da segunda geração romântica. Mas viveu o ambiente de renovação existente em Coimbra, onde a recente ligação ferroviária com a França facilitava a chegada de novidades políticas e artísticas do restante da Europa.
Após a formatura, Eça estabeleceu-se como advogado em Lisboa, mas rapidamente desistiu da carreira. Em 1867 fundou e redigiu integralmente, durante cerca de meio ano, o jornal O Distrito de Évora, com o qual fez oposição política ao governo. Meses depois, passou a colaborar com maior regularidade na Gazeta de Portugal. Os textos daquela época, publicados posteriormente sob o título Prosas Bárbaras, refletem ainda grande influência romântica.
Em 1869, como jornalista, fez uma viagem ao Egito e à Palestina e assistiu à inauguração do Canal de Suez. Foi acompanhado do conde de Resende, com cuja irmã, Emília de Castro Pamplona, viria a se casar, em 1886. As impressões da viagem ficaram registradas nos textos do livro O Egito e forneceram também subsídios para o romance A Relíquia. Ainda em 1869, em parceria com Antero de Quental e Batalha Reis, criou a figura de Carlos Fradique Mendes, que mais tarde se transformaria em uma espécie de alter ego.
GERAÇÃO DE 70
Em 1870 foi nomeado administrador do conselho de Leiria. A estada forneceu o material para criar o ambiente provinciano e devoto em que se passa a ação de O Crime do Padre Amaro. No mesmo ano, escreveu, com Ramalho Ortigão, uma série de folhetins que recebeu o nome de O Mistério da Estrada de Sintra. A colaboração entre os dois continuou no ano seguinte, com uma publicação de crítica política e social: As Farpas.
De volta a Lisboa, formou com Antero de Quental e outros jovens o grupo do Cenáculo, do qual partiu a idéia das Conferências Democráticas do Cassino Lisbonense, em 1871. O próprio Eça pronunciou uma das palestras, sobre o realismo como nova expressão artística. Esses intelectuais inspiravam-se em movimentos de transformação da época, como a Comuna de Paris, buscando atualizar Portugal, atrasado e agrário, com o que ocorria em outros países europeus.
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