Funcionamento Da Lingua E Oralidade
Artigos Científicos: Funcionamento Da Lingua E Oralidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Dpnias • 4/10/2014 • 2.243 Palavras (9 Páginas) • 347 Visualizações
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA E ORALIDADE
Adequação enunciativa ao gênero textual
Quando um determinado gênero textual não atinge o objetivo de promover a interação entre os seus participantes, pode estar ocorrendo algum bloqueio no processo de interlocução. Se por um lado – nenhuma frase se enuncia sozinha –, tendo, portanto, um sujeito produtor do enunciado, por outro lado, o destinatário ou enunciatário da mensagem também é co-autor do que é exposto. Também sobre os diferentes enunciados, é importante sabermos que cada gênero discursivo irá pressupor uma adequação do nosso comportamento para que haja o intercâmbio social. Nesse sentido, atuamos como verdadeiros “atores” nos diferentes cenários da enunciação
Quando não há o estabelecimento da interação entre os participantes da comunicação na realidade ocorre uma falta de adequação dos papéis que deveriam ser desenvolvidos pelo enunciador e pelo enunciatário da mensagem. Por conta dessa peculiaridade na construção dos enunciatários, há um conflito entre os limites de entendimento do leitor “real” dos textos analisados e do enunciatário idealizado pelo produtor dos enunciados. Esse conflito pode ser evidenciado através de alguns conteúdos expostos na superfície textual, que denotarão essa não compatibilidade entre os sujeitos participantes da enunciação.
Construção lingüística da superfície textual: coesão e coerência
O texto é produzido através da organização de palavras que se unem, adequadamente, umas às outras. Assim, os termos vão formando uma oração, e as orações vão constituir períodos. Essaunião ou ligação entre os elementos de um texto deve apresentar um sentido lógico, coerente; para isso é necessário observar as relações semânticas existentes entre eles. Na verdade, há uma relação de dependência entre os termos e as orações que se estabelece pela coordenação ou subordinação das idéias. Um texto torna-se bem construído e coeso quando usamos os elementos gramaticais ou coesivos (conjunções, pronomes, preposições e advérbios), no interior das frases, de forma adequada. Se esses elementos de ligação forem mal empregados, o texto não apresentará noção de conjunto, ou ainda, sua linguagem se tornará ambígua e incoerente.
Identificação das palavras e idéias-chave em um texto
As palavras chave de um texto constituem o alicerce de entendimento do corpo do texto. São palavras que se repetem ao longo do texto, sejam, repetidas, modificadas ou até em seus sinônimos.
Com as palavras chave pode-se montar um esquema ilustrativo do entendimento do texto, e a partir desse esquema geral um texto enxuto, apenas com suas idéias
Análise estilística: pronomes e artigos
É a disciplina lingüística que estuda os recursos afetivo-expressivos da língua, a estilística é uma ciência recente, mas um saber muito antigo, que remonta à tradicional retórica dos gregos. A presença da Estilística nas aulas de português é da maior relevância. Desperta a sensibilidade lingüística e o gosto literário do aluno, além de motivar e tornar menos árido o estudo da matéria gramatical. Vale lembrar que muitas das aparentes irregularidades da língua têm sua origem em motivações denatureza estilística. Por fim, cabe enfatizar que o estudo da Estilística e o da Gramática são perfeitamente compatíveis, por se tratar de disciplinas complementares e afins, e tanto o professor quanto o aluno sairão ganhando com essa dobradinha, sobretudo como subsídio para a pratica da redação e da compreensão de textos.
O valor expressivo dos pronomes possessivos (“O nosso Machado de Assis.”) e demonstrativos (“Esse teu filho não vale nada.”), assim como a caracterização adjetiva por meio de sufixos (“Que filmezinho horroroso!”) e da intensificação (“Ronaldinho fez um gol e tanto.”) podem igualmente ser explorados. O estudo estilístico do artigo constitui outro recurso motivador nas aulas de português, como no seguinte exemplo, em que se contrapõem os valores indefinido e definido dessa classe de palavra: “Pedro não é um professor; ele é o professor”.
Relações entre os estudos de Literatura e Linguagem
De modo geral, os autores literários, ao criticar os lingüistas, preocupam-se com a linguagem como meio de comunicação e, também, do aprender, do construir e do receber e transmitir o conhecimento qualquer que seja ele, poético ou não
O que se disse sobre a relação entre educação e linguagem poderia se repetir no enfoque deste item, por se tratar a literatura de um produto da linguagem. Porém, como certa especificidade da linguagem, o texto poético apresenta características que lhe são próprias e que podem ser enfocadas de modo específico.
O problema com que se depara é de como a literatura tem frequentado, ao menos teoricamente, a sala de aula,e que contribuição ela pode trazer para o ensino e para aprendizagem nos diferentes ramos do saber, mais especialmente nas áreas da Educação e de Letras.
Sabe-se por alguns estudos, principalmente dos programas de pós-graduação, que o texto literário, ao lado de textos de outros gêneros, vem aparecendo com bastante frequência, e não só nos cursos das duas áreas referidas, mas em diversas outras. Muitas vezes, tem a função apenas de ilustração, com frases de autores mais popularizados – não populares - como Fernando Pessoa, Guimarães Rosa, ou letras de compositores famosos. Chico Buarque talvez seja o exemplo mais claro dessa tendência.
Processos interpretativos inferenciais: ironia
São o conjunto de máximas que dão expressão ao princípio da cooperação que rege o comportamento comunicativo dos falantes numa interação verbal. Constituem no seu conjunto, a competência conversacional dos falantes, fundamental para a consecução de uma conversação bem sucedida. São quatro: a máxima da qualidade, a máxima da quantidade, a máxima da relevância e a máxima do modo.
Ironia
A ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos. Na Literatura, a ironia é a arte de gozar com alguém ou de alguma coisa, com vista a obter uma reação do leitor, ouvinte ou interlocutor. Ela pode ser utilizada, entre outras formas, com o objetivo de denunciar, de criticar ou de censurar algo. Para tal, o locutor descreve a realidadecom
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