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Generos Literarios

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Por:   •  28/2/2014  •  9.751 Palavras (40 Páginas)  •  387 Visualizações

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1. Introdução

A forma de escrever um texto literário não possuiu regras fixas, o autor escreve as palavras de um modo em que explore o pensamento dos leitores, que fazem diferentes interpretações, dependendo de seu conhecimento. Dependendo de seu tipo de texto, o escritor pode variar o gênero. Esses gêneros também se subdividem em três, dependendo também de seu texto

2. Conceituação

2.1. Classicismo

A história da criação estética no Ocidente desenrolou-se, em grande parte, com a alternância de períodos "clássicos", em que predominou a busca de harmonia e proporção, e de fases caracterizadas por tendências mais livres, como o barroco e o romantismo, em que se valorizou sobretudo a expressão da subjetividade e da fantasia do artista.

O termo classicismo, a rigor, refere-se a um movimento cultural baseado nos modelos da antiguidade clássica e que impôs em diferentes momentos históricos: Renascimento, século XVII e, em sua versão conhecida como neoclassicismo, entre o final do século XVIII e começo do XIX. Como traços peculiares a essa atitude estética devem ser apontados a importância conferida aos mestres gregos e romanos, o sentido das proporções, a harmonia entre as partes e o todo, a busca do equilíbrio e o desejo de imitar a natureza (mimese). Essa imitação, no entanto, não pretendia apenas a cópia, mas a seleção dos princípios básicos da realidade e sua representação racional. O classicismo, portanto, buscava antes de tudo refletir a ordem do mundo e seus componentes essenciais.

Sob tal perspectiva pode-se dizer, em sentido amplo, que o classicismo constitui uma determinada atitude artística que tem reaparecido continuamente nos mais diversos momentos da história. A decomposição da natureza em suas formas geométricas, postulada pelo neo-impressionista francês Cézanne e levada ao extremo pelos cubistas, ou a arquitetura racionalista do século XX, partilham muitos dos princípios classicistas. Na realidade, os grandes mestres do classicismo nunca se limitaram a imitar modelos do passado: absorveram seu espírito, para adaptá-lo a seu próprio tempo.

Antiguidade clássica. O período clássico por excelência da arte grega foi o século V a.C., quando, principalmente em Atenas, estabeleceram-se os princípios fundamentais do classicismo. Nas artes plásticas, partia-se das proporções ideais do corpo humano para chegar à proporção total no universo. Essa concepção relacionava-se às idéias dos pitagóricos, para os quais a harmonia se fundava nos números.

Na arquitetura, a linguagem clássica difundiu-se com maior intensidade graças ao êxito das duas grandes ordens: a dórica, sóbria e rigorosa, e a jônica, de maior plasticidade. A Acrópole de Atenas, com seu estudado equilíbrio de ambas, constituiu a síntese do espírito grego. Uma mesma preocupação estética marcou os escultores Fídias, Miron e Policleto. Este último, com seu "Doríforo", fixou as proporções ideais do corpo humano.

Embora os poemas de Homero já apresentassem concepções clássicas, foram os filósofos Platão e Aristóteles e os trágicos Sófocles, Ésquilo e Eurípides que estabeleceram as normas e princípios literários fundamentais que reapareceriam ao longo da história nas diversas versões do classicismo. Este encontrou em Platão um caminho para a idealização da realidade, enquanto que Aristóteles, em sua Poética, estabeleceu os princípios da mimese ou imitação da natureza.

O mundo romano, mais pragmático, viu-se atraído pela estética grega, e acentuou seus traços naturalistas (bustos, estátuas-retrato e relevos históricos). Vitrúvio, em De architectura, consagrou o emprego das ordens clássicas. No campo da literatura, o poeta Horácio, no século I a.C. reuniu em sua Ars poetica os ensinamentos de Aristóteles - coerência, ordem, harmonia --, sustentou que a literatura deveria "ensinar e deleitar" e defendeu a necessidade de combinar o talento com o empenho reflexivo: "De que serviria o trabalho sem uma grande inspiração, ou o trabalho sem empenho? Um precisa do outro, e ambos conspiram juntos, amistosamente." A Eneida, de seu contemporâneo Virgílio, representa a expressão poética máxima dessa filosofia.

Na Europa medieval, os ideais clássicos nunca chegaram a desaparecer, graças às ordens monásticas, aos bizantinos e aos muçulmanos, que souberam compilar e difundir as grandes obras da antiguidade. Essa tradição também foi resgatada no Renascimento, por meio do humanismo.

Renascimento. O movimento renascentista, iniciado no século XV, na Itália, recuperou os ideais clássicos e conciliou-os com a tradição cristã. O homem voltou a ser o centro do mundo, ao contrário da visão teocêntrica propagada na Idade Média. Desenvolveu-se o individualismo e o espírito crítico, surgiram múltiplas iniciativas e experiências que deram grande impulso ao panorama cultural. Estudaram-se, na arte, os modelos clássicos, graças em boa parte à recuperação do tratado de Vitrúvio, que tinha espírito científico, e buscou-se uma beleza perfeita, baseada na harmonia, na razão e na perspectiva, idéias que encontraram seu primeiro grande expoente em Leonardo da Vinci. Transformou-se nos principais centros do classicismo a Florença do século XV, com os arquitetos Filippo Brunelleschi e Leone Battista Alberti e o escultor Donatello, assim como Roma no século XVI, com Michelangelo, o arquiteto Donato Bramante e o pintor Rafael.

O alto classicismo do século XVI teve seus mais rigorosos representantes em Bramante, que realizou o tempietto de São Pedro, em Roma, com a planta centralizada e a enorme cúpula de estilo sóbrio e austero, e em Rafael, que pintou composições equilibradas e harmoniosas, com personagens delicadas e de grande beleza ("Retrato de Baltazar Castiglione"). Em Veneza, Andrea Palladio construiu diversas mansões campestres e criou o "motivo palladiano", um vão semicircular entre dois vãos adintelados.

O Renascimento literário italiano teve como seu grande precursor Petrarca, que difundiu os modelos clássicos e renovou a métrica de sua língua. Em seguida foram estudadas as teorias literárias de Horácio, resgatadas por eruditos como Gian Giorgio Trissino e Julius Caesar Scaliger, que em suas Poetice (1561; Poéticas) estabeleceu a regra das três unidades (tempo, lugar e ação), conforme o modelo aristotélico.

Partindo da Itália, essa corrente classicista estendeu-se por toda Europa,

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