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Grande aventura

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Por:   •  25/2/2014  •  Tese  •  6.902 Palavras (28 Páginas)  •  465 Visualizações

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A LENDA

LUIZ AMATO

A Lenda

(Trilogia)

A Grande Aventura – Vol. I

2.ª edição revista

Revisão:

Roosevelt Silveira e Luiz Amato

PREFÁCIO

Em novembro de 2011 chega-me às mãos, por iniciativa do Dr. Cleber José Coimbra, meu ex-colega de empresa, um exemplar de A Lenda, vol. 1 de uma programada trilogia, a qual tem como título A Grande Aventura. Esse amigo, ciente de minha coleção de obras autografadas, passou a adquirir e a me enviar, gratuitamente, livros com dedicatória dos autores.

Fiquei pensativo. Afinal, que grande aventura seria essa? Percorri com a vista as páginas iniciais para saber como Luiz Amato narrava. E só parei ao concluir a última. Estamos diante de um estreante que sabe como nos cativar.

A trama é diferente. Ainda não tive a oportunidade de ler escritor brasileiro que trilhasse por caminho semelhante. Ele mistura o fantástico com ocorrências do cotidiano. Transforma lendas árabes em realidade, cuja comprovação é guardada sigilosamente por religiosos.

No entrecho deparamo-nos com homens de elevada experiência científica pesquisando o que teria ocasionado um abalo em uma gruta na aldeia de Bordo della Paura, no sul da Itália. Objetos estranhos encontrados no local e em outras partes passam por minuciosa análise, códigos são decifrados. Uma epidemia ceifa a vida de uma quantidade enorme de pessoas, isso no ano de 1420. Muito depois, salas destinadas a torturas, esqueletos, cadáver com a aparência preservada, são descobertos em uma ala subterrânea do cemitério.

Mas a linha de ação não se fixa apenas em seres humanos. Também nos deparamos ora com os alienígenas chamados de “Semeadores Universais”, capacitados a criar vida, ora com alguns que foram criados, de aparência degenerada, horripilante. Acontecimentos inusitados nos surpreendem, fazendo com que queiramos saber o que vem a seguir, uma vez que a humanidade corre perigo de destruição em curtíssimo prazo. A contagem regressiva foi detonada. A cada mistério solucionado surge novo, aparentando que não haverá como sermos salvos.

Isso nos lembra Dan Brown, quando as personagens têm de resolver inúmeros enigmas para a solução esperada. Jô Soares, em seu O Xangô de Baker Street usou, em escala bem menor, esse método de suspense.

Confesso que havia bastante tempo que um ficcionista nacional não me prendia a atenção dessa maneira.

Ao terminar a leitura, escrevi ao romancista sobre a boa impressão que me causara. Atrevi-me, entretanto, a sugerir-lhe que revisasse todo o tomo, pelo fato de que vários cochilos lhe haviam passado despercebidos. Ele, modesto que é, aceitou o desafio. Fiquei surpreso ao constatar que não só tomou conhecimento das sugestões, mas acatou-as todas. Fez-lhe uma varredura completa, podando o que considerou supérfluo. Além disso, eliminou explicações inúteis, palavras repetidas, rimas, advérbios e adjetivos desnecessários. Examinou tudo, frase por frase, palavra por palavra.

Aquele que escreve tem sempre de se aperfeiçoar, sabendo que nunca atingirá a sonhada perfeição. Luiz Amato está se iniciando no ofício. Ainda tem o que aprender rumo ao amadurecimento; a escrita requer um aprendizado constante, que não se acaba. Há quem revise seus trabalhos até quase à hora da morte. O verdadeiro escritor jamais se conforma totalmente com aquilo que produziu.

O que achei interessante nele é que, antes de começar a redigir, tem tudo planejado, seguindo um esquema preestabelecido em sua mente. Ele me antecipou um capítulo do próximo romance, O Retorno, por sinal muito curioso, em início de digitação. Porém já projetou quantas folhas aproximadas poderá gastar para elaborá-lo.

Luiz Amato exerce sua atividade com dedicação. Muito mais agora, a par que está da imprescindibilidade de revisar minuciosamente, excluir textos, fazer retoques, apesar de ser essa uma árdua tarefa. Mas ele se entrega a ela com afinco. E nesse espaço de um ano e alguns meses que passamos nos correspondendo, trocando ideias, vi seu amor pelo que faz; é interessado em crescer, indaga e capta tudo com facilidade, indo mais longe do que poderíamos supor.

Ao chegar ao fim de sua narrativa, vi que muita coisa está por ser desvendada. Trata-se, como disse no princípio, de uma trilogia cujos volumes não são independentes. Fico, portanto, ansioso, esperando pelos que virão. Se eles forem atraentes como o primeiro, com certeza farão sucesso. E é isso o que desejo.

Foi bom conhecer Luiz Amato. Que ele continue firme, que vá em frente, não se perturbando caso algum crítico literário faça restrições à sua ficção. Se algum as fizer – e cremos ser difícil de isso não acontecer, pois nem os renomados intelectuais agradam a todos −, de outros receberá aplausos. Principalmente de seus leitores, do povo.

Dito isso, recomendo, mesmo àquele que leu a primeira edição, que não deixe de ler esta, visto que a redação está outra, enxuta, burilada, embora o enredo permaneça idêntico.

Guaçuí (ES), 07 de fevereiro de 2013.

Roosevelt Silveira

(Da Academia Guaçuiense de Letras e Cultura – AGLC)

Capítulo 1

Itália

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