Intertextualidade - Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho  Vermelho  Sangue.

Ao Norte de Winterfell, vivia uma menina de olhos tão azuis quanto o céu e cabelos loiros como o Sol. Dona de uma beleza única, tão graciosa quanto virtuosa. Seu nome era Arya Stark. Sua família havia sido grande e poderosa, mas com os anos e com a crueldade dos Deuses, restará apenas ela e seu avô, Ned Stark.

Ela se lembrava perfeitamente do dia em que sua família foi destruída. Se lembrava até da roupa que vestia, especialmente de seu chapeuzinho branco como a neve. Foi na hora do brinde em que tudo começou a ir por água a baixo. O novo marido de sua irmã se levantara para brindar aquele momento único, começando a fazer um discurso previamente ensaiado. Até que as janelas foram quebradas e as portas arrombadas, e de todos os cantos saíam os bárbaros que viveriam em seus pesadelos. Num impulso, sua mãe salvará sua vida. Ela a fizera se esconder embaixo da mesa onde eles não poderiam vê-la. Mesmo assim, quando a faca cortou a garganta de sua mãe, todo o seu sangue jorrou sobre ela fazendo seu chapéu ficar vermelho como rubi.

A partir daquele dia todos a chamavam de chapeuzinho vermelho. Ela odiava o apelido, porém só um rapaz chamado Jon Snow não a chamava assim. Ele era um jovem bastardo, a qual os moradores do vilarejo não respeitavam. Apenas Arya sabia que ele possuía grandes habilidades como guerreiro e caçador.

         Chapeuzinho vermelho nunca superou a morte de sua família, mas ela ainda tinha seu avô para apoia-la. Por isso quando os corvos trouxeram uma mensagem da capital dizendo que seu avô teria de ir embora para sempre, Arya ficou devastada. Eram ordens diretas do Rei Joffrey, que era conhecido por sua frieza e falta de paciência. Se ele a desobedece seria condenado a pena de morte.

        Ned ao contrário de Arya não parecia nem um pouco nervoso. Estava mais preocupado com a segurança de sua neta do que com a sua própria. Olhou a nos olhos e disse:

- Chapeuzinho Vermelho, estarei embarcando para a capital. Tome cuidado, pois o inverno está chegando e com ele todos os nossos inimigos estarão mais fortes.

Arya parecia perdida e isolada. Se sentia zonza e as lembranças do pior dia de sua vida. Com os olhos marejados, ela pediu para os deuses não a deixarem sozinha. Encarou seu avô nos olhos, mas não teve coragem de falar nada. Seu olhar dizia tudo, ela não deixaria Joffrey levá-lo.

- O rei Joffrey é cruel e sem coração. Ele fará de tudo para conseguir o que quer. Joffrey é um Lannister e eles…- Ned disse.

- Sempre pagam suas dívidas, é eu sei. – Arya complementou

- Por isso minha neta, cuidado. Nunca confie em ninguém. Prometa-me que não fará nenhuma loucura em meu nome. Se você é a chapeuzinho vermelho, ele é o pior dos lobos maus.

Naquele mesmo dia, Ned partiu. Deixando-a sobre os cuidados da única pessoa em quem ele poderia confiar, Jon Snow.

A pedido de Ned, Jon protege Arya como se fosse sua própria irmã.  Porém com o passar dos meses ela começa a ficar impaciente. Sem notícias de seu avô, ela só pensa no pior. Ela deseja ir atrás dele, mas Jon a impede. Ela não poderia se proteger sozinha, por isso antes de tudo ele a ensina a lutar.

Tempo se passou e ainda sem notícias. Ela e Jon Snow partiram para a capital. Ela nem se lembrava dos conselhos de Ned. O desejo de ver o avô a deixava cega e inconsequente.

Chegando a capital, a primeira coisa que fez foi se dirigir até o grande castelo do rei Joffrey. Lá ele os tratou como nobres, pois ele estava encantado com sua beleza. Sorria demais, dava atenção apenas para ela e Jon até o pegou olhando demais para as curvas. A colocou em seu melhor quarto e fez um banquete em homenagem aos dois.