LEVANTAMENTO HISTÓRICO SOBRE A LEITURA E OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO LEITOR CONTEMPORÂNEO
Ensaios: LEVANTAMENTO HISTÓRICO SOBRE A LEITURA E OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO LEITOR CONTEMPORÂNEO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: culturaidiomas • 16/5/2014 • 1.214 Palavras (5 Páginas) • 531 Visualizações
LEVANTAMENTO HISTÓRICO SOBRE A LEITURA E OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DO LEITOR CONTEMPORÂNEO
Itamar Ramos Sodré
Goiânia
2010
TÍTULO
Levantamento histórico sobre a leitura e os desafios da formação do leitor contemporâneo.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
Área de Estudos Linguísticos
LINHA DE PESQUISA
Língua, texto e discurso
JUSTIFICATIVA E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O homem tem se utilizado da leitura ao longo dos tempos como o principal recurso para aquisição de conhecimento e esse processo tem passado por inúmeros avanços desde que a escrita foi inventada. Hoje, recursos tecnológicos possibilitam a leitura em diversos formatos e com acesso a acervo ilimitado.
O problema é que esses recursos não estão imunes a conteúdos de má qualidade que estão à disposição desses leitores. A Internet, com suas infinitas possibilidades está repleta de textos em blogs, páginas de relacionamentos pessoais, programas de mensagens instantâneas, sites de conteúdo, artigos entre outros.
Como formar um leitor crítico e um escritor de qualidade diante de tamanha exposição a conteúdos de má qualidade? Mas como determinar se um texto é ou não de qualidade? A utilização de textos publicados na Internet para pesquisa acadêmico-científica pode resultar em um trabalho confiável, ou seja, é possível verificar a veracidade das informações apresentadas?
Para responder a esses questionamentos é que se propõe a elaboração deste estudo, tendo como referência obras de autores como Jouve, Lajolo, Freire, Zilberman, Koch, Val, Cavalcanti, Alliende, Micotti entre outros que se
fizerem necessário durante o trabalho.
Mesmo tratando-se de contexto literário, Lajolo e Zilberman (1996, p. 117) expõem:
Num país de tradição escrita tão recente e precária como o Brasil, e consequentemente com uma história de leitura, enquanto prática social, tão incipiente, não deixa de ser curioso que as histórias literárias só muito raramente, e sempre em surdina, se ocupem das condições de produção e circulação dos livros. Esta mal-amada faceta da literatura também faz parte dela, tanto quanto as entrelinhas que a crítica investiga e interpreta e cujo valor se assinala ao longo de um eixo que não só sacramenta certos textos como maiores ou menores, mas também lhes outorga ou denega estatuto de literariedade.
O contexto social é representado nos diversos escritos que podem ser acessados por meio de pesquisas em livros, periódicos, revistas e, hoje, nos recursos tecnológicos como a Internet, que se mostra uma importante ferramenta de armazenamento e disseminação de conteúdos.
A classificação de textos como maiores ou menores exige que o crítico tenha em mente a subjetividade do escritor e do leitor, pois aquilo que pode ser considerado inferior para uns, por ser considerado superior para outros. Sobre essa questão, Cavalcanti afirma que:
O processo de leitura é, portanto, um paradoxo entre as semelhanças e diferenças na interpretação. De um lado, pressupõe comunicação, o que implica interpretações semelhantes por leitores diferentes [...] a tarefa do leitor é buscar o equilíbrio entre as exigências do procedimento de comunicação e a liberdade para criatividade. Essa tensão caracteriza o
processo como primariamente reducionista (CAVALCANTI, 1989, p. 35).
O leitor é influenciado pelas condições sócio-históricas, portanto, a concepção de que a leitura é um processo puramente individual, ou seja, do próprio indivíduo, não procede, visto que ele é influenciado pelo que já vivenciou anteriormente à leitura. Os sentidos influenciam o seu processo de leitura.
Em se tratando de leitura contemporânea, as possibilidades de acesso às informações se multiplicam, tendo a Internet como um dos principais motores dessa nova forma de leitura.
Neste início de século, o desenvolvimento de novas redes de comunicação provocou um aumento expressivo do fluxo de informações. Normalmente se atribuem sentidos altamente positivos à “revolução tecnológica” que possibilitou a emergência de diferentes mídias, afirmando-se que elas seriam responsáveis pela democratização de informações, isto é, permitiriam a um número enorme de pessoas – o que antes era privilégio de poucos – o acesso ao “conhecimento”. No entanto, o aparecimento de inúmeros meios de comunicação não significou necessariamente a criação de espaços que veiculem dados confiáveis ou que contemplem diferentes pontos de vista. Dar-se conta disso é muito importante, já é um primeiro passo em direção a uma interação menos ingênua com os textos que circulam em nosso cotidiano (RODRIGUES CAVALCANTI, 2010, p. 15).
A crítica da autora refere-se à proliferação de recursos tecnológicos que podem ser utilizados para produção e disseminação de informações, mas que não recebem o devido cuidado quanto à confiabilidade dessas informações.
Além dos erros crassos de
digitação, encontram-se entre os textos erros de ortografia, de gramática e de falta de referencial que comprove a veracidade daquilo que está sendo divulgado. No entanto, não há que se impor limites ou
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