LINGÜÍSTICA E ESTRANGEIRISMOS
Monografias: LINGÜÍSTICA E ESTRANGEIRISMOS. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 00000112233 • 30/8/2014 • 248 Palavras (1 Páginas) • 344 Visualizações
Um empréstimo representa generalizadamente a utilização de
algo que pertença a outrem. Uma unidade lexical estrangeira, ao
integrar a língua nacional, representa um empréstimo lingüístico. A
esse neologismo intitula-se estrangeirismo. À medida que passa a
fazer parte da língua nacional, não mais sendo considerado estranho,
esse empréstimo passa a constar, inclusive, nos dicionários. Para
Garcez e Zilles:
Estrangeirismo é o emprego, na língua de uma comunidade, de
elementos oriundos de outras línguas. No caso brasileiro, posto
simplesmente, seria o uso de palavras e expressões estrangeiras no
português. Trata-se de fenômeno constante no contato entre comunidades
lingüísticas, também chamado de empréstimo. A noção de
estrangeirismo, contudo, confere ao empréstimo uma suspeita de
identidade alienígena, carregada de valores simbólicos relacionados aos
falantes da língua que originou o empréstimo (Garcez; Zilles, 2004, p.
15).
Essa enriquecedora utilização de unidades lexicais de outros
sistemas lingüísticos muitas vezes é adotada no momento em que se
importam objetos ou modelos que não possuem nomenclatura
equivalente na língua portuguesa. Para Câmara Júnior (1989, p. 269),
os empréstimos abrangem “(...) todas aquelas aquisições estrangeiras
que uma língua faz em virtude das relações políticas, comerciais ou
culturais, propriamente ditas, com povos de outros países”.
A língua portuguesa falada no Brasil a partir de sua
colonização fez aquisições da língua africana e da língua tupi. Essa
adoção, além de enriquecer a língua portuguesa, distanciou-a da
língua portuguesa em Portugal. É interessante notar, como bem
adverte Bagno (2004, p. 74), “que os estrangeirismos não alteram as
estruturas da língua, a sua gramática”.
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