Leitura De Textos E Sentidos
Casos: Leitura De Textos E Sentidos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: tomanomeiodocu • 5/3/2015 • 332 Palavras (2 Páginas) • 576 Visualizações
Frequentemente ouvimos falar - e também falamos - sobre a
importância da leitura na nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o
hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação
de leitores competentes, com o que concordamos prontamente.
Mas, no bojo dessa discussão, destacam-se questões como: O que é ler?
Para que ler? Como ler? Evidentemente, as perguntas poderão ser
respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de leitura
decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que
se adote.
Foco no autor
Sobre essa questão, KOCH (2002) afirma que à concepção de língua
como representação do pensamento corresponde à de sujeito
psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Trata- se
de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e
deseja que esta seja "captada" pelo interlocutor da maneira como foi
mentalizada.
Nessa concepção de língua como representação do pensamento e de
sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto
como um produto - lógico - do pensamento (representação mental) do
autor, nada mais cabendo ao leitor senão "captar" essa representação
mental, juntamente com as intenções (psicológicas) do produtor,
exercendo, pois, um papel passivo.
A leitura, assim, é entendida como a atividade de captação das
ideias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos
do leitor, a interação autor-texto-leitor com propósitos constituídos socio-
cognitivo-interacionalmente. O foco de atenção é, pois, o autor e suas
intenções, e o sentido está centrado no autor, bastando tão-somente ao
leitor captar essas intenções.
Foco no texto
Por sua vez, à concepção de língua como estrutura corresponde a
de sujeito determinado, "assujeitado" pelo sistema, caracterizado por
uma espécie de "não consciência". O princípio explicativo de todo e
qualquer fenómeno e de todo e qualquer comportamento individual
repousa sobre a consideração do sistema, quer linguístico, quer social.
Nessa concepção de língua como código - portanto,
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