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Linguagem Coloquial

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Por:   •  2/3/2015  •  1.170 Palavras (5 Páginas)  •  467 Visualizações

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A linguagem coloquial, informal ou popular é aquela linguagem que não é formal, ou seja, não segue padrões rígidos, é a linguagem popular, falada no quotidiano.

O nível popular está associado à simplicidade da utilização linguística em termos lexicais, fonéticos, sintácticos e semânticos. Esta decorrerá da espontaneidade própria do discurso oral e da natural economia linguística. É utilizado em contextos informais. Tomem-se a título exemplificativo os excertos que se seguem: «Minha santa filha do meu bô coração/ Cá arrecebi a tua pera mim muito estimada carta e nela fiquei ciante e sastifeita por saber que andavas rija e fera na cumpanhia do teu marido.» (Aquilino Ribeiro, O Homem na Nave); «- Ó Tio Luís, ó Tio Luís!.../ - Que é? / - Vossemecê não vê? (...)/ - Ouviste por 'i berrar uma cabra?» (Camilo Castelo Branco, Maria Moisés, pp. 44-45).

A língua portuguesa possui uma relevante variedade de dialectos, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão. Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.

O português europeu padrão (também conhecido como "estremenho") modificou-se mais que as outras variedades. Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português santomense tem muitas semelhanças com o português do Brasil (também conhecido como "fluminense"), também os dialectos do sul de Portugal apresentam muitas semelhanças, especialmente o uso intensivo do gerúndio. Na Europa, o alto-minhoto e o transmontano são muito semelhantes ao galego.

Mesmo com a independência das antigas colónias africanas, o português padrão de Portugal é o padrão preferido pelos países africanos de língua portuguesa. Logo, o português apenas tem dois dialectos de aprendizagem, o europeu e o brasileiro. Note que, na língua portuguesa há dois dialectos preferidos em Portugal: o de Coimbra e o de Lisboa. No Brasil, o dialecto preferido é o falado e muito mais escrito pelos habitantes cultos das grandes cidades.

Maiores dialectos da língua portuguesa:

Açoriano - Açores

Alentejano - Alentejo

Algarvio - (há um pequeno dialecto na parte ocidental)

Alto-Minhoto - Norte de Braga (interior)

Baixo-Beirão; Alto-Alentejano - Centro de Portugal (interior)

Beirão - centro de Portugal

Estremenho - Regiões de Coimbra e Lisboa (pode ser subdividido em lisboeta e coimbrão)

Madeirense - Madeira

Nortenho - Regiões de Braga e Porto

Transmontano - Trás-os-Montes

Calão é o nome que se dá à linguagem ou código linguístico usado por alguns grupos específicos.

Uma palavra de baixo calão, popularmente conhecida como palavrão, é um vocábulo que pertence à categoria de gíria e, dentro desta, apresenta cunho chulo, ofensivo, rude, obsceno, agressivo ou imoral sob o ponto-de-vista de algumas religiões ou estilos de vida. Palavras de baixo calão, ou seja, palavrões, são formas inadequadas na norma culta da língua portuguesa e geralmente usados de forma popular e coloquial, exceto por licença poética.

A gíria (que também pode ser referida como calão em Portugal) é um fenómeno de linguagem especial usada por certos grupos sociais pertencentes a uma classe ou a uma profissão em que se usa uma palavra não convencional para designar outras palavras formais da língua com intuito de fazer segredo, humor ou distinguir o grupo dos demais criando um jargão próprio.

Gírias de Portugal:

Chaveco ou chaço - Automóvel velho e/ou fraco, máquina velha ou obsoleta

Bilhardeira/o (Madeira) - Pessoa conversadora, fofoqueira, mexiriqueira

Queque - Pessoa habituada a viver bem sem nunca ter trabalhado para tal

Snifar - Inalar cocaína

Snife - Preparado de cocaína para inalar

Setôr/setôra - Abreviatura usada nos alunos do secundário para "Senhor Doutor"/"Senhora Doutora"

Chui ou bófia – Polícia

Chular - Pedir quase estorquindo, tomar conta de prostitutas, prostituir-se (masculino)

Estar com os azeites - Estar aborrecido / chateado com algo

Estar de trombas - Estar aborrecido / chateado com algo. Má cara

Acordar com os pés de fora - Estar mal disposta(o) logo pela manhã

Abrir o coração - Desabafar; declarar-se sinceramente

Abrir o jogo - Denunciar; revelar detalhes

Abrir os olhos a alguém - Convencer, alertar

À sombra da bananeira – Despreocupado

Agarrar com unhas e dentes - Não desistir de algo ou alguém facilmente

Água pela barba - Situação desesperante

Aproveito a boleia - Vou contigo, já que vais, eu também vou

Baixar a bola - Acalmar-se; ser mais comedido

Borracho - Rapariga/rapaz bonita/o

Cabeça de alho chocho - distraído, esquecido

Calinada - Pontapé na gramática, gafe, forma jocosa de se referir a erro ortográfico

Cara de caso - estar preocupado

Cortar as vazas - Impedir algo ou alguém

Vá chatear o Camões - Ir chatear outra pessoa

Chorar sobre o leite derramado - Lamentar-se por algo que não tem solução/volta ou fato passado

Dar troco - Dar conversa

Dar a volta ao bilhar grande - Ir chatear outra pessoa

De pé atrás - Desconfiado,

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