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Linguagem Informal

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Por:   •  5/5/2014  •  2.341 Palavras (10 Páginas)  •  497 Visualizações

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5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os últimos anos têm sido marcados pelo constante avanço dos recursos tecnológicos e de adeptos as essas tecnologias. Dentro desse panorama, encontra-se a internet com suas inúmeras utilidades. Segundo o IBOPE, dos mais de 67,5 milhões de internautas brasileiros, 35,8 milhões navegam em páginas de redes sociais, dentre elas, as salas de bate-papo.

O acesso às salas de bate-papo é fácil e pode ser feito por qualquer pessoa, como descreve Amaral (2003) citando ........ (000):

O significado da palavra chat vem do inglês e quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece em tempo real, e, para isso, é necessário que duas ou mais pessoas estejam conectadas ao mesmo tempo, o que chamamos de comunicação síncrona. São muitos os sites que oferecem a opção de bate-papo na internet, basta escolher a sala que deseja “entrar”, se identificar e iniciar a conversa. Geralmente, as salas são dividas por assuntos, como educação, cinema, esporte, música, sexo, entre outros. Para entrar, é necessário escolher um nick, uma espécie de apelido que identificará o participante durante a conversa. Algumas salas restringem a idade, mas não existe nenhum controle para verificar se a idade informada é realmente a idade de quem está acessando, facilitando que crianças e adolescentes acessem salas com conteúdos inadequados para sua faixa-etária.

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Essa grande facilidade de interação, atrai usuários em busca de novas amizades e/ ou outros tipos de relacionamentos.

Por ter um alto caráter de interatividade, as salas de bate-papo (os chamados chat rooms ou somente chats) logo se tornaram uma verdadeira na internet. Através desses chats, é que se tornou possível conversar, em tempo real, com uma pessoa em qualquer parte do planeta através do computador. (OTHERO, 2002 p.)

Observando a forma que as pessoas têm utilizado da escrita para se comunicar nas salas de bate-papo, percebemos que a interação entre os usuários é feita de forma diferenciada, dominada pelo uso de linguagem informal.

Temos, agora, uma comunicação “falada pelas pontas dos dedos”, contextualmente livre, mas sensível ao contexto. No processo de digitação e de transmissão/recepção, não só devido às inúmeras estratégias criadas pelos usuários como também ao avanço da tecnologia, a interação tem se tornado mais veloz e, dependendo da modalidade adotada, aproxima-se do discurso falado. A organização frasal do chat é bastante informal; a sua gramática identifica-se com a gramática da língua falada. (PAIVA, 2001, p. 71_72).

Na tentativa de tornar a linguagem escrita o mais próximo possível da linguagem falada, surge a necessidade do uso de linguagem informal, pois como já afirmou Smith (1989, p.54): “... a linguagem escrita é diferente da linguagem falada pela boa razão de que esta última adaptou-se a ser ouvida, enquanto a linguagem escrita é mais apropriadamente lida”. Portanto, nota-se que a linguagem escrita passou a ser adaptada às necessidades dos usuários das salas de bate-papo, buscando facilitar as expressões o máximo possível, sofrendo influência da oralidade, surgindo assim, o emprego de letra minúscula predominante, a falta de pontuação, as abreviações de palavras, o uso de palavra em caixa alta, os erros ortográficos, enfim, várias possibilidades de modificação da língua.

Abaixo, o trecho de diálogos extraídos da sala de bate-papo, do site UOL, da cidade de Montes Claros-MG, em uma visita realizada em outubro de 2010, demonstra a predominância do uso de linguagem informal pelos emissores:

(19:57:03) SOLTEIRO fala para TODOS: Alguma gata afim de tc???

(18:57:15) GOSTOSA: entra na sala...

(18:57:26) 100% Ativo: entra na sala...

(18:57:26) SOLTEIRO fala para GOSTOSA: curte h casados?

(18:57:41) g@ta fala para Teco: tc de onde???????

(18:58:06) Teco fala para g@ta: centro e você?

(18:58:44) g@ta fala para Teco: tbm

(18:59:03) GOSTOSA fala para SOLTEIRO: NÃOOO!!!!

(18:59:16) teco fala para Manhosa: qtos anos

(18:59: 22) SOLTEIRO fala para TODOS: a GOSTOSA tá estressadinhaaa kkkkkkkkk

(18:59:37) HxH fala para 100% Ativo: AFIM DE TC

(18:59:47) GOSTOSA: sai da sala...

(19:00:02) Teco fala para g@ta: ker fazer algo no fds?

19:00:17) g@ta: fala para HxH: sim oq sugere? rsrs

(19:01:09) 100% Ativo fala para HxH: sim q bairro?

(19:02:09) Teco fala para g@ta: adivinha?!hehehe...

(19:02:32) SOLTEIRO fala para Manhosa: curte um casado safado?

(19:02:36) Manhosa fala pra SOLTEIRO: DEPENDE há há

Dentro de uma sequencia ordenada da esquerda para a direita, indicam uma sucessão de sons musicais que é chamada de melodia. Assim como os algarismos colocados dentro de uma sequencia ordenada indicam um numero inteiro, as notas musicais colocadas dentro de uma sequencia ordenada indicam uma melodia. A melodia é a alma, a essência da música. Entretanto a melodia não vive sem o ritmo. São como a flor e o perfume que se unem intimamente. (COTRIM, 1999-A, p. 99).

Muitos pesquisadores do campo cientifico pegou como alvo de estudo a música pelo fato de que a música é a única ciência artística que utiliza os sons, levando muitos pesquisadores a encontrar outras atividades que também são utilizadas pela música, a física e a matemática por exemplo.

Por ser uma arte tão antiga e tão particular (por ser a única a trabalha com os sons), a música acabou sendo objeto de inúmeros estudos científicos durante a evolução da humanidade, e tais circunstâncias demonstraram em que medida ela era uma disciplina que envolvia, em seu espectro interno de relações próprias, referenciais de outras disciplinas. Assim, a música ajudou diversos estudiosos a provarem aquilo que afirmavam dentro da área em que atuavam. (FERREIRA, 2002, p. 25).

A Matemática e a Música têm seus laços diretamente ligados, uma vez que, a Música necessita da existência da Matemática para que possa existir, pois para a criação de uma musica é necessário ter uma definição de notas e particularidades que somente com a ajuda da Matemática isso se é possível.

Abdounur (1999, p. 1) citando Rameau (1722): “a música é uma ciência que necessita de um estatuto definido. Suas regras devem ser extraídas de um principio claro, inconcebível sem o auxilio da Matemática.”

Não se encontra nenhum documento que se comprova exatamente quando esta relação se teve inicio, o que se sabe é que existe desde muito tempo e que nos tempos mais antigos a musica e a matemática eram encontradas em separado, não se imaginavam que estavam tão próximas, tão ligadas uma na outra. Assim, pode-se afirmar que tanto a Matemática quanto a Musica têm presenças definidas desde os mais remotos tempos e ambas nem ao menos demonstravam nenhuma provável relação e interação.

O inicio da manifestação de aspectos interativos dos campos supracitados perde-se como dizem os historiadores, na noite dos tempos, uma vez que em quase todos os povos da Antiguidade encontram-se manifestações destas áreas em separado. (ABDOUNUR, 1999 p.2)

A possível interação matemático-musical se torna explicita quando se encontra uma necessidade que a partir de equações matemáticas fossem encontradas soluções para problemas na música, problemas esses relacionados a consonância e dissonância buscando com base na ciência comprovar o conceito, o que tem presença de vários fatores externos, como fatores físicos e matemáticos. Muitos teóricos e estudiosos fizeram inúmeras experiências e vários estudos na busca e desejo de encontrar significativas descobertas e muitos sempre encontravam fatores de relação comum entre a matemática e a musica, a partir da criação de um objeto para que a pesquisa fosse mais objetiva e aprimorada e para ir muito mais a frente em relação às escalas musicais, o tetracordes, objeto criado e citado anteriormente, fez com que muitas pesquisas tivessem um desenvolvimento surpreendente, muitos teóricos basearam-se em algumas afinidades para solucionar suas descobertas.

Abdounur (1999, p. 3): “Os gregos desenvolveram o tetracordes e depois escalas com sete tons. Teóricos musicais dedicaram-se à construção de escalas desenvolvendo diferentes critérios por afinidade.”

As escalas musicais têm diretamente traços matemáticos, pois tem como base frações matemáticas, por mais que eram feitas a partir de uma corda mas com a utilização de uma simbologia numérica encontra-se traços matemáticos, mais específico as frações, que assim definem e concebem as escalas musicais. Cada povo do mundo desenvolvia suas próprias conclusões a respeito das escalas musicais uns ligavam-nas aos elementos de uma filosofia natural e outros com escalas musicais com uma sequência maior de notas. Os primeiros sinais de interação matemático-musical que se comprovam, surgiram no século VI a.C. com Pitágoras e suas grandiosas descobertas onde foi colocado, ou melhor, considerado a musica como o quarto ramo do campo matemático.

Pelo menos em ênfase registrada, os primeiros sinais de casamento entre a matemática e a musica surgem no século VI a. C., quando Pitágoras, através de experiências com sons do monocórdio, efetua uma de suas mais belas descobertas, que dá à luz, na época, ao quarto ramo da matemática: a música. (ABDOUNUR, 1999, p. 4)

A partir de um experimento possivelmente criado por Pitágoras, os pitagoricos tentaram fundamentar a música cientificamente e assim somente eles tiveram interesse por este assunto até a fase de Aristóteles. Foi a partir da utilização de uma corda que Pitágoras desenvolveu as consonâncias pitagóricas o que mostrou muito significado no desenvolver, na evolução, de uma relação matemático-musical isso tudo é sempre voltado a ser uma descoberta de Pitágoras, mas já havia uma grande e possível desconfiança de que já eram conhecidos muito antes, mas só Pitágoras que conseguiu provar tudo cientificamente. Depois de absorver varias curiosidades orientais que influenciaram diretamente os estudos e descobertas feitas por Pitágoras e a partir de visitas ao oriente que Pitágoras influenciou muito o pensar dos pitagoricos que passaram a acreditar que tudo em conhecimento era reduzido em números e relações numéricas, e assim desenvolveu um sistema dos números inteiros.

Pitágoras realizou viagens a Palestina, grande parte da Arábia e da Pérsia, bem como o Egito, onde permaneceu alguns anos iniciando seus estudos em Ciências Ocultas e aprendendo regras de calculo, influenciada fortemente pela cultura oriental, a doutrina pitagorica sustentava que “tudo é numero e harmonia”. (ABDOUNUR, 1999, p. 7)

O que se percebe com as observações feitas é que Pitágoras teve grande influencia no desenvolver da interação matemático-musical.

É muito difícil encontrar alguém, uma pessoa que não goste de curtir um bom som, mesmo que seja advindo de uma canção ou até mesmo da natureza como os sons dos animais, sons feitos por fenômenos naturais e com essas ações chegam, alcançam um estado de espírito muito bom e tranquilo, transcendendo a um estado relevante e agradabilíssimo e muito prazeroso.

É bastante raro encontrar no mundo alguma pessoa que não aprecie algum som, seja ele originado da natureza, como o canto de um pássaro, seja ele produzido pelo ser humano, como uma canção qualquer. Indo a extremos, há mesmo quem chegue a afirmar que o som do mar, com as ondas batendo umas nas outras, na areia ou nas rochas, ou o som do motor de uma motocicleta são “verdadeira musica” para os ouvidos. (FERREIRA, 2002 p. 9)

A forma de utilizar os sons em nosso favor é muito simples uma vez que, pode- se manipulá-los para alcançar o que se deseja. A possibilidade de utilização da música, som, ritmo no ensino é muito importante, pois é uma forma de fazer com que, a quem for passado o conteúdo por meio da música, aprenda muito mais fácil sendo que se grava mais rápido o conteúdo e alem de que os papéis escritos somem, rasgam e a musica não, fica gravada na memória, em nossa cabeça.

O valor que o som organizado por nós, seres humanos, pode alcançar quando deseja por meio dele exprimir algo a outra pessoa. Muitas vezes é mais eficaz perpetuar um pensamento transmitindo-o verbalmente pelo canto que pela escrita no papel, papiro, pergaminho ou pedra. Todo papel, papiro, etc., ou até mesmo toda pedra tocada e trabalhada pelo homem, um dia se acaba. (FERREIRA, 2002, p. 9)

O processo de musicalização no ensino torna-se cada vez mais visível, nítida, originando contribuições concretas que vem propiciar novos rumos aos subsídios técnicos para o ensino da matemática e também de outras disciplinas, assim ocorrendo uma mudanças nos paradigmas que sustentam o ensino desta disciplina.

Segundo Begley (2000) citando Gardner (1995): “crianças ao estudarem esta disciplina por meio da música, simplesmente não se destacam em matemática apenas por efeitos sociais ou por dedicação, há algo especifico entre a música e a matemática”. Pode-se considerar que a relação entre a matemática e a música como um estatuto definido porque é feita de proporções e sequências matemáticas, sendo que estes fatores têm uma grande e significativa influencia para o desenvolver, o evoluir do raciocínio matemático.

A música pode ser muito eficiente quando aplicada em sala de aula, uma vez que com a música se memoriza melhor, absorve melhor e muito mais rápido determinados conteúdos. E pode-se buscar desenvolver as varias competências intelectuais buscando sempre ter bases para tudo o que se utilizar e com a música aplicada em sala de aula pode fazer com que os educandos assimilem melhor e a matemática que é considerada como uma disciplina difícil se torna muita mais fácil e tranqüila quando apresentada de forma diversificada, afastando o que se pensava de ruim a respeito da matemática, alem de determinados bloqueios e deficiências encontradas em relação à disciplina.

A estrutura/dinâmica pode servir de base a uma reorganização de fundamentos e estratégias educacionais, sugerindo particularmente a cada individuo o estabelecimento de um perfil afetivo/cognitivo emergente de florescer. Faz-se necessário, portanto, desenvolver táticas para estimular a manifestação das distintas competências intelectuais oferecendo solo fértil as suas germinações, a fim de evitar deficiências e bloqueios intelectuais, seja pela falta ou excesso de estimulação a uma capacidade. (ABDOUNUR, 1999, p.28).

A matemática com relação com a música pode desenvolver inúmeras funções que viriam a desenvolver vias bidirecionais e alem de constituir alguns aspectos que reconfiguram a maneira de enredar as dimensões da rede.

Assim como diversas outras relações em matemática/música tal como a de som com função matemática, altura musical com freqüência, intensidade musical com amplitude de onda, Temperamento com progressão geométrica, Serie Harmônica com Series de Fourier, constituem vias bidirecionais e aspectos reconfiguradores no enredamento de significados nas três dimensões da rede – a conexão, o nó e a rede. (ABDOUNUR, 1999, p. 290).

Depois de todas afixadas anteriormente pode-se afirmar que a música não pode ser considerada somente como entretenimento e sim utilizá-la como um novo recurso didático buscando a melhor forma de obter a mais significativa aprendizagem.

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