Literatura de cordas e carpintaria

Introdução:

A literatura de cordel surgiu na metade do séc. 19, para mostrar a cultura do sertanejo, feito em folhetins com xilogravuras. Eram cantadas com viola ou lidas em declamações animadas que conquistavam a todos e principalmente àqueles que não sabiam ler, sendo ainda hoje de grande importância para o povo nordestino. Os cordéis são assim chamados por serem apresentados geralmente pendurados em cordões nas feiras do nordeste ou nas feiras para nordestino em São Paulo, ou por cordelistas que cantam se apresentando por prazer ou para buscar dinheiro para sobrevivência diminuindo a saudades do povo que saiu do sertão

Os cordelistas narram a vida simples do trabalhador rural, sua luta para sobreviver com a seca insistente, a fome que assombra e a fé nos Santos que sustenta o sertanejo. Desse modo, o cordel transforma o homem do campo em heróis e lhes dá a esperança de que há de vir dias melhores. Ao ler ou ouvir a cantoria, o povo se alegra, socializa, se diverte, depois de um dia cansativo no sol escaldante do nosso sertão.

Partindo dessa premissa, desenvolvemos nosso projeto direcionado as crianças do primeiro ano, , com o intuito de encantar e levar a uma viagem de descobertas onde a rima sensibiliza e prende a atenção, apresentando em forma dramatizada o cordel “Brincadeira de Criança” do autor Tárcio Costa, que narra as peraltices próprias da infância.

No Cordel “Brincadeiras de Criança”, o cotidiano infantil é relatada de forma simples, lembrando ao aluno os momentos de lazer e seu ambiente familiar, fazendo com que sinta prazer na aprendizagem. Trabalhando dessa forma o professor consegue associar a aprendizagem da L. Portuguesa e Ed. Física, interagindo com as crianças nas brincadeiras apresentadas no cordel.

Na língua Portuguesa será destacada a palavra “Cordel”, no papel 40 exposto na sala de aula e estudado na oralidade e na escrita. Em Educação Física, a exploração corporal através das brincadeiras desenvolvidas no cordel, que serão realizadas com os alunos, dando vida aos brinquedos escritos. Usar ainda matérias recicláveis como pet e similares para confeccioná-los.

Objetivos:

Conhecer a Literatura de cordel e a xilogravura, valorizando nossa cultura.

Estimular a curiosidade pela leitura e pela escrita.

Desenvolver as habilidades da Ed. Física com a representação do cordel.

Desenvolvimento:

1ª Etapa:

O cordel será levado para sala e mostrado as crianças, de forma a aguçar a curiosidade pela leitura. Logo após deve-se ler de forma dramatizada o cordel para que os alunos conheçam a rima existente e se envolvam na história, identificando suas brincadeiras nas existentes no cordel. As rimas, as estrofes e a forma cadenciada do cordel devem ser destacadas pelo educador (a)

2ª Etapa:

O cordel será exposto em papel 40, para que a turma possa acompanhar com a professora a releitura do mesmo. Em seguida será mostrado musicalmente com viola, por um cordelista convidado, dando assim a oportunidade ao aluno de reconhecer as formas que o cordel pode ser apresentado. Podendo o cordelista fazer uma amostra de cordeis.

3ª Etapa:

Colocar um varal exposto na sala de aula com outros cordéis, para que a criança se familiarize com o tema estudado, deixando-a livre para olhar, folhear e interagir uma com a outra, sendo auxiliado nas dúvidas que surgir, podendo ser lido